30 de set. de 2015

Coeficientes Técnicos na Criação de Caprinos e Ovinos de Corte



Toda e qualquer atividade agropecuária precisa ser economicamente viável. Para tanto, são propostos alguns passos que, se seguidos, irão proporcionar um instrumental de acompanhamento e análise da viabilidade econômica de sistemas de produção de caprinos e ovinos para corte.
Para avaliar economicamente a viabilidade de se investir na atividade da caprinocultura e da ovinocultura de corte são necessárias informações relacionadas às diversas etapas do processo produtivo descrito neste sistema. Considerando que a viabilidade econômica tem papel-chave na tomada de decisão sobre os investimentos a serem feitos dentro da empresa rural, apresentamos aqui alguns aspectos a serem considerados.

Custos


Os custos são elementos importantes na análise da eficiência dos sistemas de produção implantados. Desta forma, o controle dos custos fixos e variáveis é fundamental para quem está iniciando a produção de ovinos de corte e para quem já se encontra na atividade. Os custos de produção dos ovinos variam de acordo com os insumos usados e práticas de manejo adotadas.


Custos fixos são aqueles que ocorrem independente de haver produção ou não. Entre os principais custos fixos da produção de ovinos de corte está a depreciação.

As benfeitorias e sua depreciação - Compreendem benfeitorias as construções/instalações, açudes, cercas, etc. A Tabela 3 auxilia no levantamento das benfeitorias.


Custos variáveis são aqueles que dependem da escala de produção, ou seja, sua ocorrência está ligada diretamente à produção – não há custos variáveis se não houver produção. Compõem os custos variáveis itens como: mão-de-obra, alimentação, medicamentos, energia, combustíveis, reparos em benfeitorias, máquinas e equipamentos, além da remuneração do capital de giro.
Mão-de-obra - Referem-se aos custos com o pessoal envolvido no processo de produção de ovinos de corte. Pode ser mão-de-obra permanente ou temporária. Para fazer este levantamento, a tabela 9 deve ser utilizada.


O lucro anual da atividade é obtido subtraindo-se o total de despesas (fixas e variáveis) (Parte 2) do total de receitas (Parte 3). O lucro por kg de carne produzido é obtido pela divisão do lucro anual pela produção anual de carne. A tabela 21 poderá facilitar estes cálculos.

Para calcular a sua rentabilidade, o produtor poderá dividir o seu resultado anual obtido com a ovinocultura de corte pelo total do capital investido, assim:
Considerar-se-á como “rentável” a atividade que proporcionar um índice de rentabilidade igual ou superior à aplicação financeira, na qual o produtor poderia ter investido o seu capital.




29 de set. de 2015

Mercado e Comercialização de Caprinos e Ovinos



O Brasil apesar de deter um rebanho de 6.590.646 cabeças de caprinos e 13.954.555 de ovinos, dos quais 93,7% e 48,1%, respectivamente, na Região Nordeste (IBGE, 2002), continua importando carne de ovinos e, principalmente, peles de caprinos (COELHO, 1999). CARVALHO (2002) cita que as importações de carne ovina no Distrito Federal têm aumentado entre 1992 e 2000. Mesmo sendo um negócio economicamente rentável, a produção/oferta de carnes caprina e ovina não tem aumentado na mesma proporção da demanda em todo o País (SANTANA, 1999). Estes dados justificam a importância do agronegócio da caprino-ovinocultura como estratégia para o desenvolvimento rural, visto que este é uma atividade chave e pode gerar um grande impulso na economia nordestina, caso a sua integração agroindustrial seja adequadamente localizada, conduzida e estimulada.

O mercado tem se mostrado consumidor tanto no Brasil como no exterior. A tendência do mercado é de aumentar o consumo de carne fresca ou resfriada em substituição à carne congelada. Esta tendência do mercado consumidor poderá favorecer as regiões que tenham maior presença no mercado durante maior número de meses ao ano. Assim, os efetivos de caprinos e ovinos precisam ser aumentados rapidamente para diminuir as importações e cobrir as ociosidades existentes nos abatedouros/frigoríficos e nos curtumes Portanto, planejamento adequado aliado à organização dos produtores e à pesquisas bem orientadas poderão aumentar o período de oferta de animais para abate por maior número de meses do ano (MCT/CNPq/CGAPB, 2001).
Presume-se que um dos principais entraves ao desenvolvimento da cadeia produtiva seja a estacionalidade na oferta. Esta é decorrente, dentre outros fatores, da quase completa ausência de organização e gestão da unidade produtiva em forma empresarial. Particularmente, na zona semi-árida da Região Nordeste, esta é fortemente influenciada pelos fatores climáticos que afetam a produção, quantitativa e qualitativa de forrageiras, com fortes conseqüências no desempenho produtivo e no desfrute dos rebanhos.
Tendo em vista a estacionalidade na produção e, conseqüentemente, na oferta, a demanda permanece reprimida. Entretanto, os consumidores buscam fontes de proteína que estejam disponíveis durante todo o ano. Sendo o consumidor o elo final das cadeias sendo, pois, os demais elos focados nele. (FURLANETTO, 2000; GUIMARÃES FILHO, 1999; GUIMARÃES FILHO & CORREIA, 2001).
Atualmente, o cenário interno e externo apresenta alguns fatores que favorecem o desenvolvimento do agronegócio de caprinos e ovinos, viabilizando a agregação de valor à produção tanto no âmbito doméstico quanto internacional, numa escala sem precedentes, dadas às oportunidades reais de mercado. No cenário externo, pode-se citar a manifestação da gripe do frango nos países asiáticos e, a incidência da encefalopatia espongiforme bovina (EEB), conhecida como o mal da vaca louca, nos rebanhos de vários países da Europa e dos Estados Unidos. No cenário doméstico, a estabilização econômica, a melhoria do nível de renda da população e, às políticas sanitárias e de regulamentação do comércio interno de produtos agropecuários, são alguns dos fatores favoráveis, dentre outros.
Ademais, está acontecendo uma mudança de atitude por parte dos consumidores de alimentos, existindo uma tendência principalmente nos países desenvolvidos, de que as preocupações com a saúde e bem-estar em geral, incluindo receios ambientais, passem a ter cada vez mais importância no processo de escolha dos consumidores. Este cenário, aliado ao fenômeno da globalização poderá impulsionar o consumo mundial de carne caprina. Ressalte-se que dentre as carnes mais consumidas no mundo, a carne caprina é a mais magra (contém o menor teor de gordura), sendo inclusive mais magra que a carne de frango. Por exemplo, em cada 100 gramas de carne assada ao forno, a carne caprina apresenta 2,75 gramas de gordura, contra 3,75 gramas da de frango, 17,14 gramas da bovina e 25,74 gramas da suína. Este diferencial, aliado às estratégias de conquista de novos mercados poderá impulsionar consideravelmente o consumo mundial de carne caprina (MARTINS, 2002).
Pelo que se observa as condições dos mercados externo e interno são favoráveis ao desenvolvimento da caprino-ovinocultura. Entretanto, para criar, manter e/ou ampliar parcelas nos mercados externo e interno há que se produzir com qualidade total.










28 de set. de 2015

Manejo Sanitário de Caprinos e Ovinos



Os caprinos são acometidos por várias doenças, entre as quais, a linfadenite caseosa (mal-do-caroço), o ectima contagioso (boqueira), a pododermatite (frieira), além das doenças causadas por ectoparasitas, como piolhos, miíases (bicheiras) e sarnas e, principalmente, aquelas causadas por endoparasitas (verminose). 


Verminose


A verminose é uma doença causada por helmintos ou vermes que vivem, principalmente, no abomaso (coalho) e intestinos dos animais, podendo atacar todo o rebanho. Quando acometidos pelos vermes, os caprinos se tornam fracos, magros, com pêlos arrepiados, apresentando diarréia, edema submandibular (papada) e anemia.

A verminose é a doença que mais mata caprinos, sobretudo, os animais mais jovens. Os seus principais prejuízos são:
  • Diminuição dos índices de parição.
  • Diminuição do crescimento dos animais.
  • Diminuição da produção de leite.
  • Aumento do número de mortes no rebanho.
Recomenda-se vermifugar periodicamente todos os caprinos da propriedade, a fim de evitar que animais não medicados venham a contaminar os pastos com os ovos dos vermes presentes nas suas fezes. Pesquisas realizadas sobre o controle da verminose no Estado do Piauí ressaltam a necessidade de se realizar cinco vermifugações por ano, sendo três no período seco e duas no período chuvoso. Na época seca há poucas condições de sobrevivência das larvas dos vermes nas pastagens. A vermifugação, nesse período, reduz a infecção no animal e evita que o mesmo fique com uma carga muito grande de vermes na época das chuvas.
Verificar na embalagem do produto, a quantidade de dias que o produtor deve esperar para utilizar o leite e a carne dos animais vermifugados (carência), se o produto é indicado para o rebanho caprino e qual a quantidade que deve ser aplicada em cada animal. É importante observar, no momento da compra do vermífugo, a validade ao produto.
A dose do vermífugo depende do peso de cada animal. Se o criador estimar o peso do animal de modo empírico (no olho), ele deve ter o cuidado de calcular a dose do produto para um peso superior ao estimado, já que uma dose abaixo das necessidades do animal, além de não controlar os vermes, causa também a resistência destes ao produto.
Os produtos utilizados no controle da verminose dos caprinos são anti-helmínticos com vários princípios ativos (Tabela 17). Recomenda-se mudar o princípio ativo a cada ano, a fim de evitar que os vermes adquiram resistência. O criador poderá optar por produtos que apresentem preços menores ou por produtos que sejam encontrados mais facilmente nos locais de venda.


Tabela 17. Principais anti-helmínticos utilizados no controle da verminose dos caprinos.

 


A melhor maneira de aplicar vermífugos nos caprinos é por via oral, porque é mais prático e evita o uso de injeções, que podem ajudar a espalhar o "mal-do-caroço" ou outras doenças (Figura 19). Além disso, o vermífugo administrado por via injetável pode provocar intoxicação e matar o animal, se a dose aplicada for maior do que a recomendada.



 
Figura 19. Forma de aplicação de vermífugo por via oral.


No sistema modelo conduzido na comunidade Boi Manso, a implementação do programa de vermifugação estratégica, com vermifugações nos meses de janeiro, abril, junho, agosto e outubro resultou em redução significativa da carga parasitária nos caprinos, estimada pelo número de ovos por grama de fezes (OPG), obtido antes e após o início das vermifugações (Figura 20).


Figura 20. Representação do ciclo de vida dos principais vermes dos caprinos.

Dentre as medidas que auxiliam no controle da verminose, destacou-se:
  • Limpeza das instalações diariamente (Figura 21)
  • Desinfecção das instalações uma vez por mês, utilizando produtos como: formol comercial a 5%, cal virgem a 40%, Iodophor a 1% e hipoclorito de sódio a 2%.
  • Remoção e manutenção das fezes acumuladas em locais distantes.
  • Vermifugação do rebanho ao trocar de área.
  • Rotação de pastagens.
  • Controle da superlotação nas pastagens.
  • Incorporação ao rebanho de animais adquiridos em outros locais, somente após a sua vermifugação.
 

Figura 21. Higiene das instalações.


Linfadenite caseosa ou mal-do-caroço

É uma doença contagiosa, causada por uma bactéria que se localiza nos linfonodos ou landras, produzindo abscessos ou caroços. Os caroços podem aparecer em vários locais e sua presença causa desvalorização da pele e também da carne.

É importante evitar que os abscessos se rompam naturalmente. Portanto, quando o caroço estiver mole, ou maduro, o criador deve fazer o seguinte:
  • Cortar os pêlos e desinfectar a pele, no local do caroço, com solução de iodo a 10%.
  • Abrir o abscesso para a retirada do pus.
  • Aplicar a tintura de iodo a 10% dentro do caroço.
  • Aplicar o mata-bicheiras para evitar varejeiras.
  • Queimar o pus retirado e limpar os instrumentos utilizados.
  • Isolar os animais doentes.
Além do corte do caroço, deve-se examinar os animais no momento da compra, tendo o cuidado para não adquirir aqueles que apresentem tal problema. Quando animais do rebanho apresentarem caroço por duas ou três vezes seguidas, devem ser descartados.

Ectima contagioso ou boqueira


É uma doença contagiosa causada por vírus, que ocorre com mais freqüência nos animais jovens podendo, entretanto, atingir também os adultos.

Inicialmente, aparecem pequenos pontos avermelhados nos lábios. Posteriormente, há formação de pústulas que se rompem, secam e se transformam em crostas, semelhantes a verrugas.
Além dos lábios, pode haver formação de pústulas na gengiva, narinas, úbere e em outras partes do corpo. Os lábios ficam engrossados, sensíveis e os cabritos têm dificuldade de se alimentar, vindo a emagrecer rapidamente.
Para evitar que os animais atingidos por essa doença venham a contaminar o rebanho, os seguintes cuidados devem ser tomados:
  • Isolamento dos animais doentes.
  • Retirada das crostas com cuidado.
  • Uso de glicerina iodada:
  • Iodo a 10% - 1 parte
  • Glicerina - 1 parte
  • Uso de pomadas cicatrizantes.


Pododermatite ou frieira

É uma doença contagiosa, causada por bactérias. Provoca uma inflamação na parte inferior do casco e entre as unhas. Ocorre com maior freqüência no período chuvoso, quando os animais são mantidos em áreas encharcadas.

O sinal mais evidente da doença é a manqueira. Os animais têm dificuldade para andar, permanecem quase sempre deitados, se alimentam mal e emagrecem, podendo vir a morrer.
Para o tratamento da frieira, são recomendados os seguintes procedimentos:
  • Separação dos animais doentes do restante do rebanho.
  • Realização da limpeza dos cascos afetados.
  • Tratamento das lesões com alguns desinfetantes.
  • Solução de tintura de iodo a 10%.
  • Solução de sulfato de cobre a 15%.
  • Solução de ácido pícrico (cascofen).
Nos casos graves, recomenda-se a aplicação de antibióticos. Entretanto, existem meios para prevenir a ocorrência de frieiras, tais como:
  • Manutenção das criações em lugares secos e limpos.
  • Aparação periódica dos cascos deformados.
  • Construção de pedilúvio na entrada dos chiqueiros, devendo abastecê-lo uma vez por semana, com desinfetantes específicos. O pedilúvio deve ser construído e localizado de modo a forçar os animais a pisarem nesses materiais quando de sua entrada nos chiqueiros. O volume da solução a ser utilizado com qualquer dos produtos deve ser suficiente para cobrir os cascos dos animais.
O pedilúvio consiste em um tanque feito de tijolos e argamassa de cimento, que deve ser construído na entrada do curral, aprisco ou chiqueiro. Tem a finalidade de fazer a desinfecção dos pés dos animais.
Dimensões do pedilúvio:
  • 2,0 m de comprimento.
  • 0,10 m de profundidade.
  • Largura: correspondente à largura da porteira.
  • Proteção lateral com cerca de arame liso ou ripas de madeira de 1,20 a 1,40 m de altura.
Os seguintes desinfetantes podem ser utilizados no pedilúvio:
  • Solução de formol comercial a 10%.
  • Sulfato de cobre a 10%.
  • Cal virgem diluída em água a 40% (alternativo de criação de caprinos).


Pediculose (piolhos)

As criações de caprinos que não possuem as condições higiênicas satisfatórias, geralmente apresentam-se infestadas por piolhos. Existem dois tipos de piolhos: mastigador (Malófago) e sugador (Anoplura).

Os piolhos ocorrem durante todos os meses do ano, porém, com maior intensidade na época seca. A presença dos piolhos em um rebanho pode ser facilmente detectada pelo exame dos pêlos dos animais, preferencialmente, na linha dorso lombar e na garupa. No entanto, os piolhos podem se localizar em outras regiões do animal, causando coceira e irritação da pele, inquietação e emagrecimento, podendo levar os animais à morte.
Os piolhos podem ser controlados mediante pulverização ou banho dos animais com produtos a base de piretróides (produtos de baixa toxicidade). Também pode ser utilizada uma calda a base de Melão-de-São-Caetano. Essa calda deve ser bem forte, podendo ser obtida a partir de um quilo de folhas verdes de Melão-de-São-Caetano para cada 10 litros de água. As folhas devem ser maceradas ou trituradas e misturadas à água. Após esse processo, a mistura deve ser filtrada (coada) com pano e utilizada para banhar os animais.
Quando da aplicação de produto químico para controle dos piolhos, os seguintes cuidados devem ser tomados:
  • Aplicar o produto de preferência pela manhã.
  • Misturar o produto com água, de acordo com a recomendação do fabricante.
  • Repetir o tratamento após dez dias.
Para evitar a ocorrência de piolhos nos caprinos, devem ser realizadas inspeções periódicas do rebanho, para detectar a possível ocorrência do parasita. Além disso, deve-se evitar a entrada de animais com piolhos na propriedade.


Miíases ou bicheiras

As miíases ou bicheiras são causadas por larvas de moscas conhecidas como varejeiras. As bicheiras podem causar problemas sérios, como a destruição do úbere e dos testículos, além de causar otites e outras complicações, desvalorizando a pele do animal. A mais importante causadora de miíases é a mosca Cochliomyia hominivorax, de coloração verde-metálica (mosca varejeira). Os animais com bicheiras ficam sem apetite, inquietos e magros. Se não forem tratados podem morrer.

As bicheiras devem ser tratadas com substância larvicida, limpeza da ferida, retirada das larvas e aplicação de repelentes e cicatrizantes no local afetado, diariamente, até a cicatrização. Entretanto, estas podem também ser evitadas pelo tratamento do umbigo dos animais recém-nascidos com tintura de iodo a 10% e mediante o controle das moscas, através da limpeza nas instalações. Devem-se tratar todas as feridas que forem vistas nos animais, principalmente na época chuvosa.
A tintura de iodo a 10% pode ser obtida através dos seguintes ingredientes:
  • Iodo em pó 10 g
  • Iodeto de Potássio 6 g
  • Álcool 95 ml
  • Água destilada 5 ml
Caso o criador não disponha dos ingredientes necessários à confecção da tintura, pode adquirir o produto já pronto nas farmácias.


Sarna

A sarna é uma parasitose causada por ácaros, que são parasitas muito pequenos, medindo menos de 1 mm.

Os caprinos, geralmente, são acometidos pela sarna auricular, conhecida como caspa do ouvido, e sarna demodécica, conhecida como bexiga, que danifica o couro do animal.
a) Caspa do ouvido
  • Realizar a limpeza do ouvido, retirando as crostas com algodão embebido em uma solução de iodo a 10%.
  • Usar sarnicida no local.
  • Usar repelentes para evitar bicheiras.
b) Bexiga
  • Não comprar animais com bexiga.
  • Controlar a superlotação nos apriscos.
  • Tratar os animais doentes com ivermectin, aplicado por via subcutânea, a uma dose de 0,2 mg por quilograma de peso vivo, em uma única dose.
Os animais doentes devem ser separados e tratados com sarnicida de uso tópico ou geral. Aqueles animais que, porventura, não melhorarem com a aplicação do remédio devem ser descartados do rebanho.












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26 de set. de 2015

Manejo Produtivo para Caprinos e Ovinos



Para o bom funcionamento de um sistema de produção uma série de medidas de manejo geral devem fazer parte das atividades de rotina da propriedade rural. Neste capítulo estão abordadas as principais práticas gerais de manejo necessárias para a produção de caprinos e ovinos de corte.


Práticas Gerais de Manejo

Neste item os principais aspectos que serão abordados são: a escrituração zootécnica e o descarte orientado.


A escrituração zootécnica consiste no conjunto de práticas relacionadas às anotações da propriedade rural que possui atividade de exploração animal. É o mecanismo de descrição formal de toda a estrutura da propriedade: localização; acesso; área; relevo; clima; divisões; áreas de pastagens; benfeitorias; máquinas e equipamentos; funcionários; rebanhos; práticas de manejo geral e alimentar, sanitário e reprodutivo; produtos e comercialização; anotações contábeis etc.
Em um sentido restrito, escrituração zootécnica consiste nas anotações de controle do rebanho, com fichas individuais por animal, registrando-se sua genealogia, ocorrências e desempenho. Nestas anotações são registradas as datas, a condição e a extensão de importantes ocorrências como nascimento; coberturas; partos; enfermidades; morte; descarte etc. além dos registros de desempenho produtivo como pesagens, entre outras importantes mensurações, tais como as medidas morfométricas (altura, comprimento, circunferência escrotal e condição corporal e medidas de tipo e conformação). Sua importância encontra-se no fato de manter-se sob controle tudo o que ocorre na propriedade, e assim tomar decisões mais acertadas, corrigindo erros que porventura venham a ocorrer. Quanto maior o detalhe das anotações maior será o benefício que poderá ser extraído destas informações.
A escrituração zootécnica pode ser feita de maneira manual ou informatizada. Na escrituração manual, o produtor utiliza fichas individuais para o registro do desempenho de cada animal e fichas coletivas para o controle das práticas de manejo, tais como coberturas, partos etc. Estas fichas são armazenadas em arquivos físicos na propriedade.
Na escrituração informatizada, as fichas estão contidas em programas específicos de computador. Os benefícios da escrituração informatizada são grandes, pois afora permitir maior controle, detalhe e integração da informação, favorece a disponibilização fácil e rápida para o usuário. Entretanto, na sua impossibilidade, a escrituração manual pode muito bem atender aos objetivos propostos, desde que tomada de forma prática e eficiente. O mercado disponibiliza diversos programas de gerenciamento de propriedade. Esses softwares apresentam várias formas de entrada de dados, controle e níveis de utilização da informação.

Descarte Orientado


O percentual anual de descarte deve variar entre 15 a 20%/ano. Devem ser descartados os animais velhos, portadores de taras (defeitos) genéticos, animais improdutivos, defeituosos, fêmeas portadoras de mastite crônica, fêmeas com baixa habilidade materna, fêmeas com baixa taxa de sobrevivência das crias.

Manejo Geral das Matrizes


Deve-se anotar a data da cobertura e data possível do parto das fêmeas cobertas. Após a cobertura observar o retorno ou não do cio pela matriz. No terço final da prenhez separar as matrizes em piquetes maternidades e melhorar sua alimentação conforme recomendação no capítulo de manejo alimentar.
As matrizes devem ser mantidas em lotes homogêneos e o local onde o parto deverá ocorrer deve ser tranqüilo e higienizado. Deve-se evitar a presença de outros animais (gato, cachorro e ratos) no local do parto.
Após o parto a matriz deve fazer o reconhecimento da cria e o tratador deve observar se a mesma expulsou a placenta.

Manejo Geral das Crias


É muito importante o manejo da cria para a eficiência do sistema. A mortalidade das crias deve ser evitada através de medidas de manejo.
Logo após o nascimento a cria deve mamar o colostro, que é o primeiro leite. O colostro é rico em proteínas e anticorpos, que irão proteger a cria de doenças. O colostro deve ser ingerido nas primeiras 48 horas de vida da cria.
Deve-se, proceder também, logo após o parto, o corte e cura do umbigo. O umbigo deve ser cortado, deixando-o com um tamanho de três a quatro centímetros. O coto umbilical deve ser em seguida mergulhado em um frasco, com boca larga, contendo iodo a 10%.
Faz parte dos cuidados com a cria, a pesagem da mesma ao nascer, anotar junto com esse dado o dia do nascimento, o número da mãe e o número do pai. A partir daí é importante o acompanhamento periódico através de pesagens mensais, do desempenho das crias.
Exame de fezes e vermifugação periódica conforme orientação do manejo sanitário descrito nesta publicação.
Além destas práticas, existem outras que são bastante importantes no sistema de produção.

Desmame

O desmame no sistema extensivo é realizado aos seis meses de idade. No entanto, para que haja eficiência no sistema de produção. A Embrapa Caprinos propõe em seu pacote tecnológico a redução de seis para no máximo três meses. Sendo que para o atual sistema de três partos em dois anos, o período ideal é de 60 a 75 dias. Para conseguir este período é necessário o uso da amamentação controlada e da prática do creep feeding que são detalhadas no capítulo de manejo alimentar.

Marcação

Existem várias maneiras de marcar os animais de um rebanho. É importante que o produtor tenha todos os animais marcados e identificados de modo que possa acompanhar sua vida produtiva e reprodutiva dentro do rebanho.
O uso de brincos e chapas metálicas é bastante utilizado por ser de baixo custo, e pode ser usado logo após o nascimento da cria. No entanto, tem o inconveniente dos animais constantemente perderem este tipo de identificação.
A tatuagem é outra forma de marcação. Geralmente tatuam-se os animais puros que possuem registro genealógico. Para proceder a prática utiliza-se um alicate tatuador.
A marcação de ferro a fogo é realizada na tábua do queixo ou base do chifre. O método é barato, no entanto, de difícil execução.
Os sinais chamados piques ou mossas, que são feitos nas orelhas quando os animais possuem entre dois e três meses de idade, constituem um dos tipos de marcação mais característicos dos sistemas extensivos de criação.

Castração

A castração tem por objetivos melhorar a consistência e o sabor das carnes, tornar os animais mais dóceis, engordar os animais mais rapidamente e possibilitar a criação de machos e de fêmeas juntos, sem que ocorram coberturas indesejáveis.
Existem vários métodos de castração. O método cirúrgico, burdizzo e anel de borracha são os mais conhecidos.
O método cirúrgico é o mais seguro, porém de maior custo. O método do anel de borracha é muito simples e consiste em colocar um anel de borracha na base do saco escrotal de modo que não haja circulação sanguínea e com o passar dos dias os testículos caem.
O burdizzo consiste no esmagamento dos cordões sem que haja o corte da pele. É um processo rápido, prático e simples. A eficiência deste método depende bastante do operador. Este deve estar atento para o funcionamento do alicate. Na hora de fazer a castração deve fazer o esmagamento de um lado do testículo e depois do outro. Não se deve fazer o esmagamento da região total. Ao final do processo o operador deve se certificar de que os dois cordões foram rompidos.


A descorna tem por finalidade facilitar o manejo dos animais, evitando a ocorrência de lesões causadas por chifres no rebanho. A prática é mais destinada para caprinos. O método mais comum e eficiente é a descorna utilizando ferro quente aos dez dias de nascido. Deve-se prestar bastante atenção para que o ferro cauterize apenas o botão do chifre.
As pastas cáusticas são perigosas por causar muitas vezes cegueira e intoxicação nos animais. A descorna cirúrgica só é recomendada após oito meses de idade.








25 de set. de 2015

Controle de cupins de montículo em pastagens



INTRODUÇÃO

Os cupins ou térmitas são insetos pertencentes, atualmente, à ordem Blattodea, infraordem Isoptera. Existem na natureza diferentes espécies, como cupins subterrâneos, que atacam raízes e partes vegetais subterrâneas, como cana-de-açúcar, eucalipto e gramados, causando grandes prejuízos; cupins arborícolas, que constroem os seus ninhos e vivem em árvores; cupins que atacam e vivem em madeira seca, como em móveis, assoalhos e forros de madeira; e cupins de montículo (Fig. 1). Este último é muito comum em pastagens das propriedades rurais brasileiras.
Os cupins são insetos sociais que vivem em colônias populosas, representadas por castas de indivíduos ápteros e alados (CONSTANTINO, 2011). Sua sociedade é constituída de um grande número de indivíduos, abrigados em ninhos denominados termiteiros ou cupinzeiros (Fig. 2). Outros exemplos de insetos sociais e que formam colônias são as abelhas, que vivem em colmeias; as formigas, que vivem em formigueiros; e as vespas. Formigas, abelhas e vespas pertencem à ordem cumulansHymenoptera dos insetos, uma das mais evoluídas da classe Insecta.
No cupinzeiro, a colônia populosa é organizada em castas de indivíduos ápteros (sem asas) e alados (com asas). Os indivíduos alados possuem asas semelhantes, membranosas, daí o nome da asa. Os grupos de indivíduos das castas apresentam forma e função semelhantes. No caso dos cupins, são identificadas, basicamente, duas categorias: 

Categoria dos reprodutores

O casal real (rei e rainha), adultos e ápteros, que possui a função reprodutora dentro do cupinzeiro, e o casal de adultos, alados, machos e fêmeas, darão origem a novas colônias, sendo comumente conhecidos como siri-siris, aleluias ou formigas-de- asas.
O casal alado é encontrado somente em determinada época do ano, na enxameagem, sendo a quase
totalidade comida por predadores, como pássaros e mamíferos. Deve-se mencionar que a rainha, quando completamente desenvolvida, apresenta notável crescimento abdominal, podendo atingir cerca de 200 vezes o volume do resto do corpo, medindo assim em torno de 34 mm. Isso se deve à pressão exercida pelas bainhas ovarianas cada vez mais cheias de ovos. A esse fenômeno dá-se o nome de fisogastria.
Uma característica nos cupins ou térmitas é que quando falta o casal real, a proliferação dentro do cupinzeiro é mantida à custa de indivíduos que se apresentam como formas jovens e sexualmente
pouco desenvolvidas. São os reis e rainhas de substituição, originários de indivíduos especiais que
possuem apenas tecas alares (asas rudimentares).
Essas rainhas de substituição nunca atingem o desenvolvimento de uma verdadeira rainha. Assim,
nesses cupinzeiros, encontram-se muitas rainhas de substituição, na falta da verdadeira rainha.

Categoria dos operários e soldados

Categoria das formas jovens, estéreis, ápteras, de ambos os sexos, constituídos pelas castas dos operários e soldados. Na casta dos operários, esses, em geral, são de coloração branca ou amarelo-pálida e ápteros e geralmente desprovidos de olhos compostos e ocelos (GALLO et al., 2002)
(Fig.5). Constituem a maior parte da população do cupinzeiro, desempenhando todas as funções da colônia, menos a de procriação.
A casta dos soldados, semelhantes aos operários, por ser na maioria espécimes ápteras e usualmente
cegas, diferencia-se morfologicamente destes por ter a cabeça muito mais volumosa (grande), de
coloração marrom-amarelada e as mandíbulas mais desenvolvidas, não servindo, entretanto, para mastigação. Sua função é de defesa da colônia, colaborando também com os operários em seu trabalho.

Em suma: O trabalho está disponível neste slideshare, completo com fotos explicativas, sugiro então que expandam este slide, clicando na setinha, para visualizares em tela cheia.








24 de set. de 2015

Manejo Reprodutivo de Caprinos e Ovinos



A base da organização de um sistema para produção de carne e pele está na adoção de épocas de acasalamento bem definidas ao longo do ano, de tal forma a proporcionar um intervalo entre partos médio de oito meses.
Para tornar isso possível, é indispensável à seleção dos animais ao longo dos ciclos de produção, buscando manter no rebanho apenas animais férteis, prolíficos, precoces sexualmente, com alta velocidade de ganho de peso, fêmeas parideiras e boas mães. Sabe-se também, que sem uma escrituração zootécnica eficiente, fica difícil a tomada de decisões e a definição de metas a serem atingidas na produção.

Escolha das Fêmeas para Reprodução

Devem ser escolhidas as fêmeas jovens que tiverem atingido 70% do peso adulto das fêmeas do rebanho, e da mesma raça, bem como as ovelhas e as cabras primíparas e pluríparas do rebanho, selecionadas quanto à fertilidade, prolificidade e amabilidade materna, mensurada através da taxa de sobrevivência de crias ao desmame. Todas as fêmeas devem ser vistoriadas, no mínimo, 21 dias antes do início da estação de acasalamento, quanto a aspectos sanitários, clínicos e ginecológicos, e quanto ao aspecto nutricional. É preconizado o uso de fêmeas com condição corporal entre 2,0 e 2,5, de forma que, ao serem submetidas a uma suplementação protéico-energética, iniciem a estação de acasalamento ganhando peso, atingindo o escore corporal entre 3,0 e 3,5. Fêmeas com escore corporal acima de 3,5, devem ser submetidas a uma dieta de restrição alimentar, para que possam perder peso previamente ao início da estação de acasalamento e atingirem a condição corporal desejada.
Para se elevar os índices de concepção e implantação dos embriões no útero, é recomendado prolongar a suplementação alimentar por até três a quatro semanas após o início da estação de acasalamento, podendo depois reduzir para os níveis de mantença até 100 dias de prenhez.
Não se recomenda o uso de vermífugos nos primeiros 45 dias da estação de acasalamento para evitar o desenvolvimento de fetos anormais.
Escolha dos Machos para Reprodução

Devem ser escolhidos machinhos jovens a partir 7 a 8 meses, devendo para estes reduzir a relação macho/fêmea para, no máximo, 1:15, bem como reprodutores adultos, em torno de 18 meses.
É necessária a realização de exame clínico e andrológico 60 dias antes do início da estação de acasalamento e poucos dias antes de seu início, para que se possa identificar a capacidade fecundante dos animais. É também nesta época que se deve iniciar uma suplementação dos animais visando a melhoria da qualidade do sêmen que será liberado durante a estação de acasalamento. Vale salientar que o sêmen que é liberado “hoje” no ejaculado, foi produzido há 46-54 dias atrás, daí tecer cuidados com 60 dias de antecedência.

Estação de Acasalamento

Para melhor definir a duração das estações de acasalamento, são necessários alguns conhecimentos acerca da fisiologia reprodutiva das fêmeas.
As fêmeas ovinas e caprinas apresentam uma ciclicidade média de aparecimento de estro (cio) de 17 e 21 dias, respectivamente. Encontrando-se estas espécies em um bom estado sanitário, nutricional e em ambiente favorável, esta ciclicidade é observada ao longo de todo o ano nas regiões de clima tropical, onde o Nordeste está inserido.
Baseada nessa periodicidade do aparecimento do estro dimensiona-se a estação de acasalamento para proporcionar a estes animais duas a três chances de emprenharem por ciclo de produção. Geralmente, no primeiro ano de implantação da prática de manejo, se dá três oportunidades à fêmea, ou seja, uma estação de acasalamento com duração média de 51 e 61 dias para ovelhas e cabras, respectivamente. A partir da segunda estação reduz-se para dois ciclos, isto é, 34 dias para ovelhas e 42 dias para cabras.
Objetivando concentrar o aparecimento de estro entre as fêmeas do lote a ser acasalado, pode-se fazer uso do “efeito macho”, técnica de sincronização do estro baseada na utilização de machos vasectomizados. Para que seja induzido o efeito nas fêmeas, os rufiões, bem como os reprodutores e outros indivíduos do sexo masculino, devem ser retirados do contato auditivo, visual e olfativo direto ou indireto com as fêmeas por, no mínimo, 21 dias. Ao serem reintroduzidos no plantel, provoca-se uma descarga hormonal nas fêmeas, suficiente para provocar a ovulação. Em ovinos, uma alta porcentagem de animais chega a ovular, porém o cio não é percebido pelo reprodutor em muitas delas. Baseado nesta particularidade destas espécies, preconiza-se a introdução dos rufiões no plantel, na proporção de 1:25 fêmeas, 20 dias antes de dar inicio às coberturas com os reprodutores, dando a chance de todas as fêmeas apresentarem o estro pela primeira ou segunda vez, concentrando este aparecimento nas primeiras duas semanas da estação de acasalamento, o que facilitará, também, o manejo na estação de parição.

Manejo do Rufião

Há duas possibilidades de manejar os rufiões. Uma é o contato direto desse com as fêmeas ao longo de todo o dia. Nesse caso, é necessário o uso de tinta marcadora no peito dos animais, para que, ao saltarem sobre as fêmeas, esta fique marcada. A tinta deve ser reforçada no início da manhã e final da tarde, quando devem ser retiras as fêmeas identificadas com a mancha de tinta. Estas fêmeas são então levadas ao reprodutor, 12 horas após a identificação do cio. Após a retirada do plantel só deverá retornar após 24 horas de sua separação, ou seja, após o término do cio, para não atrapalhar a identificação pelo rufião de outras fêmeas em estro. Nessa prática de manejo de rufiões, os animais são mais exigidos, necessitando de maiores cuidados quanto ao aporte nutricional para os mesmos.
Uma outra possibilidade é a observação direta da rufiação em apriscos ou piquetes. Esta deverá ser realizada duas vezes ao dia, no início da manhã e no final da tarde, durante um período mínimo de 30 minutos. As fêmeas identificadas em cio pelo rufião são retiradas do lote imediatamente, prosseguindo-se a observação. Esta prática potencializa o uso do rufião no plantel, de forma a aumentar a relação rufião/fêmea, a qual poderá vir a ser de 1:40. Após o término do tempo de observação, os rufiões são apartados das fêmeas e levados a piquete separados destas, onde são suplementados para nova utilização 12 horas depois. As fêmeas em estro podem ser reincorparadas ao plantel após a identificação, sendo separadas novamente à tarde, antes da nova observação, para serem cobertas.
O uso de piquetes pequenos para a observação, facilita a identificação das fêmeas em estro, pois aumenta a proporção de fêmeas por m² de área de identificação, reduzindo o desgaste do rufião e elevando a eficiência do tempo de observação.

Relação Macho:Fêmea

O uso da monta controlada possibilita uma relação de um reprodutor para até 40 fêmeas. Com o uso do rufião essa relação pode ser incrementada, sendo possível o uso de um reprodutor para até 60 fêmeas.
Vale ressaltar, a necessidade de se ter no rebanho o número mínimo de dois reprodutores, pois somente dessa maneira se poderá comparar a eficiência do rebanho entre reprodutores e selecionar indivíduos que realmente estão elevando os índices produtivos, ou seja, que fazem diferença.

Diagnóstico de Prenhez

Caso seja possível, é aconselhada sua realização de forma a direcionar os aportes nutricionais de maneira diferenciada com estado fisiológico das fêmeas, vazias e prenhes. Com o uso de equipamento como o ultra-som, é possível, também, identificar o número de fetos por fêmea prenhe, podendo-se formular dietas baseadas nas exigências nutricionais de uma fêmea com um ou mais fetos. O diagnóstico com o ultra-som transretal, módulo B, pode ser realizado com bastante brevidade, 22-25 dias após a cobertura, permitindo uma alta acurácia na identificação do número de fetos aos 40-45 dias de prenhez. O produtor pode pela ausência de cio em cabras e ovelhas que foram cobertas na estação de monta inferir que elas podem estar prenhez.