27 de dez. de 2017

Como criar Bichenovi ou Corujinha



Características

Bichenovi ou Corujinha como são popularmente conhecidas, são aves com marcas muito características, tais como a grande mancha branca em volta dos olhos que lhes dá um ar de corujas. 
Tamanho: 10cm
São aves resistentes, mas não suportam o frio e a umidade. Um abrigo noturno tem q ter um bom isolamento caso as aves sejam criadas no exterior, no inverno, as aves devem ser transferidas para o interior.
É extremamente sociável, é possível criar um casal ou um grupo pequeno. Mas durante a gestação o macho não tolera a presença de intrusos nas imediações de ninho.
O macho da espécie canta.

Confinamento

Podem ser criadas em gaiola, em recinto fechado ou num aviário ao ar livre com vegetação abundante, tais como arbustos.
No caso do alojamento ser no exterior é necessário um abrigo noturno com bom isolamento. 
Durante o inverno, convém aquecer o abrigo noturno.

Alimentação

Pode servir de alimentação uma mistura de sementes para aves tropicais de pequeno porte, base com suplemento de milho painço italiano, semente germinadas e pequenas quantidades de alimentos verdes.
Antes e durante a época de gestação as aves têm uma necessidade acrescida de proteínas animais sob a forma de alimento à base de ovos e insetos vivos. Deve sempre haver areia em quantidades suficientes para que possam satisfazer suas necessidades digestivas

Reprodução

Estas aves gostam de um ninho fechado, com medidas a rondar os 10 x 10 x 10 cm. 
Em liberdade os Bichenovis constróem um ninho esférico em espaços verdes abrigados. 
Para a construção deste tipo de ninhos, fazem uso de pequenos pedaços de fibra de coco, talos de ervas, penas e corda de sisal desfiada.
Durante a época de gestação, estas aves têm uma necessidade acrescida de proteínas animais sob a forma de alimento à base de ovo e insetos vivos
Identificação: O macho e a fêmea são idênticos visualmente, dificultando o trabalho de distinção dos sexos.
Freqüentemente, os machos possuem as marcas mais acentuadas na cabeça, mas isto não se aplica a todos os exemplares. 
Por isso, a forma mais segura de identificar o gênero da ave é observar o seu comportamento: ao contrário das fêmeas, os machos cantam.
Postura e Nascimento: Põem cerca de 4 a 5 ovos, que são chocados alternadamente pelos pais, durante 12 a 13 dias.
A plumagem das crias surge ao fim de 3 semanas, mas só ao fim de 3 meses é que adquirem a plumagem definitiva. 
Os pais continuam alimentá-las durante algumas semanas e as crias capazes de cuidar de si próprias. Um casal de criação que se apresente em boas condições físicas pode ter várias gestações por época.
As crias continuarão a dormir no ninho até serem capazes de se alimentar sozinhas 

24 de dez. de 2017

Criação do Bavete (POEPHILA ACUTICAUDA)



História

O Bavete foi descoberto pelo inglês naturalista e ornitólogo John Gould no ano de 1839.

Características

Há três espécies de Bavetes. Todas apresentam subespécies, originadas por mudanças devido à influência geográfica. Há também mutações nas quais a única diferença ocorre na coloração.



CAUDA LONGA

Original (Poephila acuticauda). 

Conhecido como Long-tailed Grassfinch e Shaft-tail Finch. É o mais tranqüilo dos três. Tem o rabo mais comprido, formado por dois filetes de penas - Bico: Amarelo.Babadouro: Preto. Olhos: Pretos. Demais cores: Preto nos loros e cauda. Cinza no topo da cabeça e nuca. Marrom nas costas e asas. Fulvo-rosado no manto e partes inferiores. Branco no abdômen, na região central da cauda e sob a cauda.

Subespécie

Hecki Grassfinch (Poephila acuticauda hecki). Muito popular - Bico: Vermelho. Babadouro: Preto. Olhos: Pretos . Demais cores: tons mais intensos que os do Cauda Longa.

Mutações

Canela - Bico: Vermelho claro. Babadouro: Marrom-café. Olhos: Canela. Demais cores: bege-claro no corpo. Marrom-café nas marcações

Cores derivadas da mutação canela: 
Isabel - Bico: Vermelho claro. Babadouro: Marrom-café (diluição parcial) ou Marrom-conhaque (diluição total). Olhos: Canela-avermelhados. Demais cores: Bege-claro no corpo. Marrom-café nas marcações (diluição parcial) ou marrom-conhaque (diluição total).
Branca - Bico: Vermelho. Babadouro: bege-claro. Olhos: Canela-avermelhados. Demais cores: corpo esbranquiçado. Marcações bege-claras.
Albina - Bico: Vermelho. Babadouro: não visível. Olhos: vermelhos. Demais cores corpo totalmente branco.



CAUDA CURTA

Original

Conhecido como Black-throated Finch e Parson Finch - Bico: Preto. Babadouro: Preto.Olhos: Pretos. Demais cores: Preto na garganta, faixas dos flancos, loros, rabo e traseira. Cinza na cabeça e nuca. Cinza-claro na fronte, região dos ouvidos e bochechas. Marrom-claro atrás do pescoço, costas e parte inferior. Branco no abdômen, nas penas que cobrem a cauda e por baixo dela. 

Subespécies

Diggles Finch (Poephila cincta atropy-gialis) - Bico: Preto. Babadouro: Preto. Olhos: Pretos. 
Demais cores: iguais ao Cauda Curta, exceto pelas penas que cobrem a cauda, que são pretas.
Dark Diggles (Poephila cincta nigrotecta) - Bico: Preto. Babadouro: Preto. Olhos: Pretos.
Demais cores: cores do corpo mais escuras. Tem pretas as penas que cobrem a cauda.
Parson Light (Poephila cincta vinotinctus) - Bico: Preto. Babadouro: Preto. Olhos: Pretos. 
Demais cores: de coloração mais clara de todos. As penas que cobrem a cauda são brancas.

Mutação

Canela - Bico: Marrom. Babadouro: Marrom-café. Olhos: Canela. Demais cores: Corpo branco com marcações marrom-café.

Cor derivada da mutação canela: 
Branco - Bico: Marrom. Babadouro: Marrom-claro. Olhos: Canela-avermelhado. Demais cores: corpo branco com marcações marrom-claros.



MASCARADO

Original

(Poephila personata) Chamado de Masquê ou Masked Finch, em vez de babadouro tem uma máscara. É o mais agitado e de reprodução menos fácil. Sua postura é menor e irregular e a identificação do macho mais difícil - Bico: Amarelo. Máscara: Preta. Olhos: Pretos. Demais cores: Preto nas laterais da fronte, loros, extremidade do queixo e no rabo. Canela na área qual vai da fronte à parte superior da traseira e nas asas. Branco no abdômen, na parte inferior da traseira e nas penas sobre e sob a cauda. 

Subespécie

White-Eared Grassfinch (Poephila personata leucotis) - Bico: Amarelo. Máscara: Preta. Olhos: Pretos. Demais cores: A única diferença do Mascarado é uma faixa branca na região dos ouvidos, abaixo dos olhos.
Babadouro = marcação que pega a região do queixo, garganta e parte superior do peito.
Loro = faixa lateral que une o bico aos olhos.

Reprodução

Os Bavetes vivem em grandes bandos no ambiente natural, porem em cativeiro podem se mostrar agressivos se estiverem em muitos em um mesmo viveiro. Vivem pacificamente com outras espécies, desde que não pertençam à mesma linha de parentesco, como por exemplo, o bavete pescoço preto e o bavete mascarado. Preferencialmente, estas aves devem ser mantidas juntamente com outras ligeiramente maiores do que elas.

16 de dez. de 2017

Criação do Bico de Lacre



História

Originário das savanas Africanas, no século XIX, durante o reinado de Dom Pedro I, foi trazido para o Brasil, em navios negreiros, para servir como pássaro de estimação aos nobres Europeus. Após escapar do cativeiro, espalhou-se pelo Rio de Janeiro, daí, infiltrando-se em outras regiões brasileiras, hoje é encontrado no Espírito Santo, Bahia, Pernambuco, Pará, Amazonas, Mato Grosso, Distrito Federal, São Paulo, Minas Gerais, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Também é conhecido como Beijo-de-moça.

Características

Tamanho e ou envergadura:  de 6 a 10 cm  de comprimento  e  7,5 g de peso.
Cores tipos ou Variedades: Apresenta cor cinzenta ou acastanhada; bico vermelho-vivo; uma marca vermelha ao redor dos olhos; linhas escuras evidentes na região dorsal. Machos e fêmeas são semelhantes, porém, os machos possuem coloração mais viva no peito. Os jovens apresentam plumagem incompleta e o bico preto.

Comportamento

Calmo e sociável; vive em bandos de 6 ou mais indivíduos, bandos que podem chegam a conter 1000 indivíduos, que vocalizam durante o vôo. Adapta-se facilmente a regiões próximas às habitações humanas.

Reprodução

Vivem e reproduzem melhor em viveiros arborizados.
durante o ano todo, exceto nos meses mais frios.
Identificação: Machos e fêmeas são semelhantes, porém, os machos possuem coloração mais viva no peito.
Ninhos: Em liberdade, engenhosamente faz seu ninho em arbustos fechados, de forma esférica ou oval, com paredes grossas feitas de capim, penas de galinha e algodão, acessível por um tubo estreito. A entrada é geralmente virada para baixo, dificilmente é vista por quem o vê de cima. É comum haver uma entrada falsa mais exposta, para despistar os predadores. Em cativeiro usa-se a Cabaça, oferecendo-se material para que o casal faça a forração.
Postura & Nascimento: de 3 a 5 ovos, que são chocados pelo casal durante 11 dias, os filhotes permanecem no ninho por 18 dias.
Alimentação: Alpiste, Painço, Sementes de gramíneas.
Filhotes: apresentam plumagem incompleta e o bico preto.

Comecei a reproduzir bicos de lacre, em viveiros de 60x60x60 com resultados positivos. Um dos primeiros obstáculos é o facto de a sua reprodução não ser aparentemente fácil, requer tempo e muita paciência, mas assim que estes se começam a reproduzir, muito dificilmente o deixarão de fazer. Agora tenho-os a reproduzir com muita facilidade e com elevados níveis de sucesso. Para colmatar esse obstáculo, devemos juntar os casais cerca de um ano antes da época de reprodução, de modo a que as aves se familiarizem e mesmo assim, no meu primeiro ano não tirei muitas crias, apenas 3. No ano a seguir (2000) tirei 7 aves, dos quais 4 machos foram ao Campeonato do Mundo (evento que foi acolhido em Portugal em 2001), sendo estes consagrados com uma medalha de prata.

São aves que apesar de resistentes, preferem ambientes temperados, com bastante luz natural. É crucial que os viveiros não disponham rede de fundo, pois são aves que adoram passear pelos fundos dos mesmos, devendo ter também, sempre grite á disposição.

Um dos factores a ter em atenção é que quando estabelecemos um casal, nunca o deveremos desfazer na época de reprodução, pelo que pode por em causa o sucesso desse ano. Não se deve utilizar sistema de rotação, como no caso dos canários em que podemos ter um macho para várias fêmeas, no caso dos bicos de lacre isso não é aconselhável, pelo menos comigo nunca resultou. São aves que gostam de muito sossego quando iniciam a postura, pelo que podem abandonar o ninho facilmente.

Em termos de ninhos, os meus preferem ninhos de java, como poderá verificar na fotografia abaixo. Material para o mesmo uso fibra de côco e alguma vegetação seca.
Ninho
Ao nível da alimentação, dou uma mistura de exóticos com uma maior percentagem de paínço, paínço vermelho e milho japonês.

São aves que gostam de verduras, em observação no seu habitat natural verifiquei que estes gostam bastante de espigas de milhã (não sei o nome científico, mas é assim que os antigos da minha região lhe chamam) e de capim, coincidindo a sua reprodução também em estado selvagem com o aparecimento destes. Não é fácil ter um casal que goste muito de papa, na verdade os meus não lhe pegam muito bem, é uma coisa que deve ser feita gradualmente.

Atualmente e depois de uma interrupção de 6 anos, mudei o sistema de criação. Sou apologista do sistema em colónia, os meus resultados levaram-me a optar por esta via, tem um fator negativo que é o controlo das crias, mas em termos reais, as aves criam muito melhor. Agora tenho-os num viveiro de 2m2 com vegetação natural, isto não permite só fontes de cálcio naturais, como também tem algum alimento vivo.

Estou neste momento a tentar produzir mutações, sendo o próximo ano decisivo para a fixação das mesmas. Tudo porque há uns anos atrás ofereceram-me um macho pastel selvagem, simplesmente explêndido, mas aprendi da pior forma que não devemos trocar casais durante a reprodução. Actualmente existe a variação cromática de bico amarelo, mas em nada me seduzem. Espero um dia ter aves isabéis e quem sabe algo ainda mais revolucionário, sei que estou no bom caminho.

9 de dez. de 2017

Criação de Agapornis roseicollis



O Agapornis roseicollis é uma das espécies do género Agapornis, originários da África. Descoberta no sudoeste da África em 1793, os pesquisadores pensaram ser um subespécies de Agapornis pullarius, mas em 1817 foi reconhecida como uma espécie diferente
O A. reseicollis mede cerca de 15 a 16cm e apresenta grande variedade de mutações. Os filhotes são semelhantes em aparência, mas as fêmeas podem ter a cabeça de coloração mais pálida.
É encontrado no sul da África em populações selvagens em Simon's Town, África do Sul. Os escapes de cativeiro são freqüentes em muitas partes do mundo então aves selvagens têm habitado áreas metropolitanas por exemplo no Phoenix, no Arizona

Reprodução de Agapornis Roseicollis

 Na reprodução de Agapornis Roseicollis um dos "espinhos" é a diferenciação entre o machos e as femeas, visto que os mesmos não apresensentam dimorfismo sexual, ou seja, não existe do ponto de vista fisico diferenças entre machos e femeas. 
Esta é básicamente uma das maiores dificuldades na criação destas aves.
Embora não exista diferenciação aparente entre as aves de sexo diferente,podemos ter algumas pistas quanto ao seu sexo.Mas o grau de sucesso é de cerca de 20 a 30% .
1) Através da apalpação dos ossos da bacia e em aves adultas, que são mais largos e arredondados nas fêmeas e mais apertados e pontiagudos nos machos       (* Ver imagem 1 no final da folha)
2) As fêmeas normalmente são ligeiramente maiores, têm a cabeça e o abdomen mais arredondado que os machos. Fazem também mais barulho. 
Se pretendermos saber de forma exacta qual o sexo da ave, o único metodo infalivel é analise de DNA por amostra de sanguesou penas. Eu pessoalmente quando não consigo determinar o sexo utilizo os serviços da STAB VIDA, que é um laboratório existente em Portugal

Uma vez formado o casal, desenvolvem um relacionamento cheio de caricias,  permanecendo maior parte do tempo juntos. Os agapornis atingem sua maturidade  sexual por volta dos 7/8 meses. Desta forma é desaconselhável a reprodução com menos idade. Um casal é formado pela própria escolha das aves.  Ter um casal junto não significa obrigatoriamente que eles irão   reproduzir-se. Embora as chances aumentem não são absolutas.  Os casais formam-se naturalmente.
Os agapornis podem reproduzir-se o ano inteiro mas é aconselhável deixar que tenham apenas 2  ou 3 ninhadas anuais. Há um grande desgaste dos pais no tratamento e  cuidados dos ovos e filhotes levando-os à exaustão caso fiquem  efectuando reproduções uma após a outra. Notar que nas épocas de  procriação deve ser fornecido papa de ovo diariamente, sobretudo quando  nascerem os filhotes. Procure fornecer também de forma regular (dia sim , dia não) as verduras. Os pais, na época da reprodução, podem ficar  mais arredios e mesmo agressivos.  Isto é natural devido ao instinto básico de cuidado e protecção das  crias. Será sempre bom lembrarmo-nos disto .
Por vezes é observado um  comportamento diferente dos pais abrindo as asas e ameaçando bicar, tal  qual uma águia preparada para atacar. Nestas épocas o simples barulho à  noite pode acarretar este comportamento.
A colocação de um ninho  próprio para agapornis (vendido nas pet shops) fornece o estímulo  necessário para a reprodução. Se possível é aconselhável colocar o ninho no lugar mais alto possível. Isto porque, desta forma, estaremos a simular o mais possível o ambiente natural de nidificação na  natureza onde os agapornis criam os ninhos no alto das árvores.
Uma fêmea pode ter de 3 a 5 ninhadas anuais se procriar ininterruptamente,  mas, para descanso, é aconselhável que, após 3 ninhadas, os ninhos sejam removidos. Além dos poleiros, devem ser colocados na gaiola galhos de árvores, palha, pedaços de  madeira, etc., que os pássaros usarão para a construção do ninho. O  ninho, propriamente dito, deve ser de madeira com um orifício frontal. A fêmea geralmente põe 4 a 6 ovos, com intervalos de dois dias entre um e outro. O período de incubação é de aproximadamente 23 dias após a colocação do 3º ovo e, com 35 dias  aproximadamente, os filhotes estão emplumados e começam a abandonar o  ninho.

Mesmo durante o período do cio, os Agapornis não lutam entre  si, excepção feita para quem se aproxima da entrada do ninho.Não  obstante o seu tamanho reduzido, adoram ninhos grandes, do tipo usado  para Caturras e Roselas. Carregam materiais para o ninho, pelo que na  época de nidificação devem tê-los sempre ao seu dispor. Destes, vai  depender o seu sucesso como criador. O material correcto é a folha de  palmeira, porém, na sua falta, uso com excelentes resultados a agulha do pinheiro, que se manterão húmidas por muito tempo. Cabe aqui um parêntesis e informar que a humidade é um elemento primordial na reprodução de Agapornis. Sem esta estar presente nos ninhos, não há qualquer sucesso.  Não esquecer ter sempre água para o banho.

Para aqueles que vivem nas  cidades e os dois citados materiais estejam fora do seu alcance, podem  usar papel absorvente, que se corta em tiras. Com este, os Agapornis  fazem pequenas bolas que transportam para o ninho. Com os banhos, as  penas molhadas, o papel irá absorver a humidade e os resultados  aparecerão.Uma excepção, quanto ao tipo de ninho a fornecer aos  Agapornis: os Pullaria. No habitat natural, nidificam nas termiteiras,  que são morros construídos pelas formigas térmitas. Como estes estão  cheios de galerias e câmaras, os S. Tomé usam-nos para nidificar. Como  vencer o problema? Os Ingleses usam blocos de turfa, e, entre nós, sei  de excelentes resultados com blocos de cortiça. Se o viveiro for  espaçoso, por que não construir um morro com argila?
Prefira matrizes de criadores renomados e pássaros anilhados. Escolha aves com no máximo com 2 anos, sabendo que poderão criar até os 7 anos ou mais.
Logo  formado o casal, começará a montagem do ninho, nesta época forneça  material (folhas de palmeira, agulhas de pinheiro, etc.) para as aves fazerem os  ninhos, se isso não acontecer (as aves não se entenderem) em 3 ou 4  semanas, ocorreu alguma incompatibilidade e o casal deve ser desfeito.  Acontecendo tudo correctamente dar-se-a o inicio da postura.
Os ovos são postos dia sim dia não, normalmente variam de 4 a 6 ovos, a  incubação começa no terceiro ovo, o nascimento ocorre 23 dias após o 3º ovo. A fêmea garante a alimentação dos filhotes até que comam  sozinhos, os machos ajudam na tarefa, passando comida para as fêmeas ou  até alimentando os filhotes. Aproximadamente com 10 dias de vida deve-se anilhar as crias com as anilhas invioláveis para facilitar sua  identificação, estas anilhas são obtidas nos Clubes Ornitológicos ou em lojas da especialidade. As crias devem ser separadas dos pais o mais tarde possível, isso ocorre quando a fêmea inicia uma nova postura e acaba por expulsá-las do  ninho.
Em viveiros, colocar os ninhos o mais distantes possivel  e 50% a mais ninhos que de  casais, para evitar que os casais lutem entre si .
Híbridos - é bom  falar um pouco nesta situação ou opção - A hibridação de duas espécies,  não deverá ser feita, pois ajuda a acabar com as linhagens puras, a  hibridação além de ter como resultado aves não férteis, apesar de alguns cruzamentos originarem aves férteis(personatas vs fichers), não terão valor para nenhum  criador sério. A conservação de um fenótipo puro é muito importante pois irá ajudar no apuramento de mutações.
A fêmea de Agapornis é  habituada a cuidar bem de filhotes com diferentes idades. Na fase  reprodutiva é aconselhável que a alimentação seja reforçada,  acrescentando-se um pouco mais de aveia à dieta, aumentando-se a  variedade de frutas, legumes e verduras, e acrescentando-se suplemento  vitamínico na água ou ração.
Para saber se o ovo esta fecundado, pode utilizar  uma lanterna atrás do ovo num local escuro para observar após  cerca de 10 dias e ver se o ovo é fértil. Se houver algo escuro o ovo é  fértil, se o ovo for totalmente claro, então não é. Ovos não  fertilizados não significam que os pássaros não são bons, apenas que eles  podem ser muito jovens (ou velhos) ou eles não tiveram boas condições  para o acasalamento. A maioria dos Agapornis são óptimos pais.
Quando é a primeira postura de uma fêmea é preciso cuidado porque pode haver  dificuldades a pôr os ovos e também na construção do ninho, por outro  lado quando as crias nascem, muitas vezes as fêmeas inexperientes não  as alimentam, geralmente na segunda postura o problema resolve-se e a fêmea corrige as falhas anteriores.
Algumas vezes as fêmeas depenam as crias, se não for possível resolver o problema alterando a  dieta ou fornecendo mais material para o ninho, é melhor vender ou  trocar a fêmea e colocar outra fêmea com o macho,se existir interesse em fazer uma criação selectiva as crias devem ser anilhadas com anilhas  oficiais, quando as crias saem do ninho , e se tratar de uma colônia  devem ser vigiadas para evitar agressões de outros casais.
As crias  podem ser separadas assim que começam a comer, mas podem ficar com os  pais até as crias da ninhada seguinte estarem para nascer, quando forem  separadas devem ser postas junto com aves da sua idade e nunca com aves  adultas. Dentro de uma ninhada os maiores serão geralmente fêmeas e os  mais pequenos machos.

A partir dos 5 anos a produtividade de um casal  começa a diminuir e será melhor substitui-lo por um casal novo, no entanto  os casais podem criar pelo menos ate aos 8 anos de idade.
Quando  estão preparados para criar, à que fornecer uma dieta variada, será  necessário uma fonte cálcio fresca e limpa, uma boa fonte de proteínas e ao mesmo tempo em dias alternados a quantidade suficiente de vitaminas  A, D e E na sua dieta. A maioria dos loros não se afastam demasiadamente dos seus ninhos.
        O mesmo sucede com os agapornis. Podem  nidificar sobre o solo de uma simples caixa de madeira, no entanto,  deverá oferecer material para que possam construir o seu próprio ninho  dentro da caixa: Ramas de Pinheiro, Folhas de Palmeira, Tufa e mesmo  aparas de pinheiro verde.
As fêmeas novas, poderão não conseguir chocar convenientemente os primeiros ovos, nomeadamente por falta de  experiência, porém, com alguma paciência da nossa parte, podemos  constatar que na segunda postura conseguem tirar filhotes. É necessário  observarmos as nossas aves nesta altura porque com o frio podem ter  problemas na postura e o ovo pode ficar preso na cloaca, podendo vir a ser  fatal para a ave. Quando isto acontece, podemos auxiliar a fêmea  utilizando água morna e ajudando com os dedos a expelir o ovo. 
No caso de anilhar as suas aves deverá fazê-lo por volta dos sete  aos dez dias, de forma a que a anilha ainda possa passar na pata e não  possa cair no ninho sem que nos possamos aperceber.
Quando saem do  ninho ainda vão  aprender a comer sozinhos e desenvolverem os instintos  de defesa para com os outros pássaros.  Se criar em colônia tenha  atenção aos filhotes, pois estes apesar de serem defendidos pelos pais  em particular pelo macho, estão sujeitos a serem atacados pelos outros  membros da colônia. Eu pessoalmente só separo os filhotes quando a fêmea está no fim do próximo choco ou  quando começam a nascer os filhotes. Raramente acontece os pais atacarem os filhotes quando estes abandonam o ninho, mas caso isto aconteça a  única solução é mesmo a separação dos filhotes dos pais

Alguns tipos

Roseicollis verde

Temos também
em verde jade.

Roseicollis arlequim jade

Temos também
em verde, oliva
e violeta.

Roseicollis golden americano verde

Temos também
em verde, jade
e violeta.
Roseicollis golden japonês oliva

Temos também
em verde, jade
e violeta.
Roseicollis lutino 

Roseicollis pastel cobalto

Temos também em azul.

Roseicollis pastel arlequim violeta

Temos também em  arlequim azul, arlequim cobalto e arlequim malva.

Criação

Antes de começar sua criação, verifique o local onde irá colocar as suas aves para que elas habitem de maneira satisfatória.
Não tome decisões precipitadas, na aquisição de aves.
Adquira aves de qualidade, sexadas, anilhadas e de preferência em criadores que garantam uma boa alimentação, higiene nas aves e instalações, que usem uma habitação correcta e adequada para a criação e descanso das mesmas, e que prezem o seu bem estar e saúde.
Escolha aves jovens com idade até dois anos, apesar das aves reproduzirem até aos 8 anos de idade (+-) quando são bem tratadas.
A questão mais complicada que existe na criação dos agapornis é distinguir os machos das fêmeas (espécies onde não há dimorfismo sexual). Esta é a maior dificuldade que muitos encontram quando desejam iniciar a sua própria criação. 
Mesmo para criadores mais experientes é díficil distinguir o sexo das aves, principalmente em aves jovens e que ainda não criaram. Um método infalível onde as probabilidades são de 99,9% para a determinação do sexo dos agapornis, é a analise por DNA que por amostra de sangue ou de penas. 
Alguns cruzamentos tem mutações auto sexadas, ou seja, ligadas ao sexo, e a partir daí, pela cor, pode-se determinar desde pequeno o sexo das crias, 100% fiável. 

Exemplo: Macho Verde portador de Lutino vs Fêmea Verde = As crias verdes são machos e fêmeas, e as crias Lutino são todas fêmeas.

Nas aves adultas consegue-se diferenciar mais facilmente o sexo por apalpação dos ossos da bacia que são mais largos e arredondados nas fêmeas e mais apertados e pontiagudos nos machos. As fêmeas também são ligeiramente maiores e têm a cabeça e o abdomen mais arredondado que os machos. Mas mesmo assim é um método onde podem existir algumas falhas.


Roseicollis Selvagem



Agapornis é um género de aves psitaciformes, onde se classificam os inseparáveis, pássaros-do-amor ou periquito-namorado. São aves barulhentas e activas em liberdade e cativeiro, e dadas a demonstrações de afecto para com membros da sua espécie e donos humanos.

Vivem em regiões secas relativamente arborizadas. É uma ave colorida e pequena, que atinge por volta de 15 cm (variando pouco de espécie para espécie).

Vivem em pequenos bandos. Alimentam-se essencialmente de fruta, vegetais, ervas e sementes.

Esperança média de vida: 10 anos

Distinção entre os sexos: Não é fácil, embora haja algumas formas mas não muito seguras, exemplo:

Observar os ossos pélvicos os machos tem os mais fechados e pontiagudos, e a fêmea mais abertos e arredondados.

As fêmeas carregam os materiais para o ninho entre as asas e a rabadilha, o macho normalmente transporta

com o bico.

Elas gostam mais de picar papel.

Normalmente são maiores, mais barulhentas e mais bravas do que os machos, mas existem excepções.

Geralmente estas aves dão-se bem em conjunto. Ocasionalmente, podem brigar, mas estes confrontos raramente são graves. Podem ser criadas juntamente com outras espécies de periquitos, mas não aconselhável. Se está a pensar fazer criação destas três espécies não é aconselhável junta-las todas no mesmo aviário, derivado a poderem acasalar espécie com espécie, exemplo: (Fischeri x Personata) ou (Roseicollis x Fischeri), e os filhos destes nunca poderem fazer criação e nem sequer ter nenhum valor no mercado. Não devem ser mantidas também aves mais delicadas ou mais pequenas no mesmo aviário ou gaiola.



   Alojamento

  Pode colocar estas aves numa gaiola ou aviários em recintos fechados ou ao ar livre, mas evite correntes de ar. Tanto as gaiolas como os viveiros devem ser feitos de materiais resistentes derivado aos poderosos bicos destas aves. Deve evitar de colocar plantas uma vez que as aves destroem-nas num ápice. Estas aves não necessitam de nenhum aquecimento se estiverem ao ar livre durante o Inverno, mas é aconselhável ter um abrigo nocturno para as proteger dos dias mais frios e da geada. Deve ter em atenção a forma de colocar os viveiros ou gaiolas, estes devem ficar virados para o amanhecer uma vez que estas aves adoram o sol pela manhã, evitando assim o sol e o calor que se faz à tarde.



   Alimentação

  Dê a estas aves uma mistura de sementes própria, existente nas lojas de animais e complemente com frutos mas sem sementes, algumas delas são venenosas. Dê também mistura de pombos demolhada em água durante dois dias no frigorífico, espinafres, cenoura, agrião, ¼ de massaroca de milho verde eles vão adorar, nunca dê alface a estas aves, pode causar problemas intestinais.

  As verduras devem ser muito bem lavadas, por causa dos insecticidas. Devem ser fornecidas frescas e mudadas diariamente.

  Nunca esquecer em época de criação, muda da pena, ou como estimulo à criação, dar sempre suplementos e alimentos à base de ovos e papa de criação.

  Em relação aos comedouros e bebedouros, os ideais são os redondos, em barro vidrado, com rebordo para facilitar

o pouso. Além de práticos, também são de fácil limpeza.

  Enquanto à água, tanto a de beber como a do banho deve ser sempre fresca, limpa, e mudada diariamente.

  Conselho: Adquira a alimentação das suas aves sempre em lojas especializadas, além de conter mais Variedade e Qualidade, também fica mais barato. Verifique também se no fundo do saco ou pacote de sementes se contem pó, se tiver não traga, pode causar doenças nas suas aves.



   Criação

  Os Roseicollis são destas três espécies de Agapornis, os mais fáceis de criar, no entanto em qualquer delas pode ser difícil acasalar as aves derivado a ser difícil distinguir os sexos e estes darem se bem em simultâneo, fêmeas com fêmeas e machos com machos. O melhor a fazer se quiser fazer criação destas aves é em vez de comprar duas aves, compre quatro ou mais pares, assim de certeza que conseguirá obter alguns casais.

  Se já adquiriu as aves e lhe aconteceu comprar por engano um casal que no fundo não é um casal, evite de trocar uma dessas aves, cujo o sexo você já sabe, por uma que você não sabe de que sexo será. Em vez de trocar, adquira outra ou mais aves, e não se esqueça que não basta ser macho e fêmea para acasalar, é preciso as aves gostarem uma da outra, o que por vezes não acontece. Siga este conselho e verá resultados, se não será sempre tempo perdido.

  Coloque as aves num viveiro e deixe que sejam eles a escolher os companheiros, após verificar que os casais já estão formados, retire-os e coloque-os em gaiolas individuais, tamanho aconselhável da gaiola por casal é de 80 x 50 x 50. É aconselhável não fazer criação de aves com menos de um ano de idade. Coloque os ninhos, estes devem ter 25 x 20 x 15 como medida.

  Quando em viveiro, devem ser colocados em número superior ao dos casais, para que possam escolher livremente. Após a escolha poderão ser retirados os excedentes para evitar abandonos.

  As fêmeas Roseicollis transportam os materiais para o ninho entre as asas e as penas da rabadilha, mas sendo este um processo demoroso e cansativo para ela, deverá ajuda-la a colocar algumas aparas de madeira (já à venda em lojas especializadas), e coloque na gaiola uma folha de palmeira. Em relação aos Fischeris e Personatas, estes são verdadeiros artistas na construção do ninho, ficando muito mais elaborado.

  As fêmeas colocam entre 3 a 6 ovos, que chocam durante um período de 20 a 23 dias aproximadamente.

  Após 40 dias do nascimento, as crias começam a sair dos seus ninhos, sendo a cor destes mais pálida e com manchas negras no bico, obtêm a cor definitiva após 6 meses.

  Um casal em boas condições poderão ter várias criações por ano, até atingirem uma idade de 8 anos, mas não é aconselhável permitir-mos mais de três criações por ano, para isso retire o ninho da gaiola ou viveiro, se isso não for o suficiente e a fêmea continuar a colocar ovos e choca-los no chão, tente virando a gaiola de posição.

Espécies e habitats
Oito das nove espécies de Agapornis podem ser encontradas na África continental. Uma é originária de Madagascar (Agapornis canus. A. roseicollis pode ser encotrada em Angola e na Namíbia. A espécie A. personata encontra-se na Tanzânia. Cada espécie tem uma distribuição geográfica distinta.

As espécies de Agapornis são:

Agapornis canus
Agapornis pullarius
Agapornis taranta
Agapornis swinderniana
Agapornis roseicollis
Agapornis fischeri
Agapornis personatus
Agapornis lilianae
Agapornis nigrigeni

5 de dez. de 2017

Agapornis personatus



Agapornis personatus (por vezes grafado Agapornis personata) é uma das nove espécies de Agapornis, pequenas aves da família dos louros (Psittacidae). A espécie é nativa do nordeste da Tanzânia e amplamente criada sob cativeiro como mascote.

Caracteristicas
O “inseparável mascarado” é um dos Agapornis mais pequenos, com um tamanho médio entre 12,5 e 15 cm. A sua principal característica é a cor negra ou "marrom" quase negro da cabeça, com cada olho rodeado de um anel branco, que o faz parecer estar mascarado. O bico é vermelho brilhante. O dorso é de um verde mais escuro que o ventre e nas asas tem plumas de voo negras. Tem o peito amarelo, que se continua no pescoço, incluindo a nuca. Machos e fêmeas têm idêntica aparência externa, mas os jovens têm cores mais pálidas.

A mutação azul foi descrita originalmente em aves selvagens, na década de 1920, mas já foram descritas outras mutações, em termos de cor, resultantes de seleção em avicultura.

Alimentação
Estes periquitos exigem uma dieta variada, principalmente de sementes, fruta ou vegetais frescos. Não convém dar-lhes nada salgado, nem contendo cafeína ou chocolate. O abacate e algumas outras frutas dessa família são venenos para os papagaios em geral

Reprodução
No seu ambiente natural, os inseparáveis fazem normalmente o ninho num buraco de uma árvore, que forram com folhas e outros elementos vegetais. A postura consiste em quatro ou cinco ovos brancos, que a fêmea incuba por cerca de 20 dias, sendo alimentada pelo macho.

PERSONATAS.

É uma das quatro espécies que apresenta um aro branco em volta dos olhos ( personata, fischers, lilianae e nigrigenis) e é também conhecida por “Black” devido á sua cabeça ser preta.. Mede aproximadamente 16 cm e pesa de 48 a 55g, sendo que as fêmeas são sempre maiores que os machos. Não apresenta dimorfismo sexual e é a segunda espécie de agapornis em maior número no mundo.


A criação de personatas é um pouco mais difícil que os roseicollis , mas sem maiores problemas . Os personatas são a espécie de agapornis que constrói o ninho de forma mais elaborada, fazendo ninhos cobertos com material carregado pela fêmea no bico
A postura é de 4 a 5 ovos, podendo chegar aos 8, e o período de incubação é de 22 dias. Os filhotes abandonam o ninho com 5 a 6 semanas de vida.











28 de nov. de 2017

Criação do Calafate - LONCHURA (PADDA) ORYZIVORA



O Calafate é originário das da ilhas indonésias como Java, Sumatra e Bornéo, costumam voar em bandos e são vistos como uma praga nas plantações de arroz. Seu nome científico significa "comedor de arroz". É chamado também de Pardal de Java ou Pada. O nome popular Calafate vem dos calfat, como eram chamados os marinheiros encarregados de vedar as juntas das embarcações, na função de calafetar o navio, normalmente com estopa para impedir a passagem de ar ou água.À sua semelhança, o Calafate faz seu ninho como se fosse uma bola oca e o fecha bem, de forma que sobre apenas uma pequena abertura para entrada de forma que a luz não se infiltre muito.

A Indonésia e suas ilhas pertenciam, desde o século 17, à Holanda, cujos marinheiros espalharam o Calafate pelo mundo. Na trilha de difusão da espécie começaram por Zanzibar, Ilhas Maurício, Santa Helena e continuaram pela Índia, Malásia e parte da China. Só em 1890 chegaram  à Europa, e na Suíça sua primeira criação amadora bem-sucedida foi realizada.

No Brasil, o Calafate está há mais de 40 anos. Vive e se desenvolve muito bem já que é uma ave de clima quente. Chegou aqui através de criadores brasileiros que foram buscá-lo na Europa e de marinheiros orientais que aportavam trazendo exemplares na bagagem.

Características

Possuem diversas variações de cores e penas sedosas. São ativos e curiosos e na natureza vivem em bandos. Sua coloração original é a cabeça preta e branca, com o restante do corpo em dois tons de cinza. Com os cruzamentos selecionados encontramos uma grande variedade de cores, incluindo pássaros inteiramente brancos.
Tamanho: Podem chegar a 15 cm.
Estas aves adaptam-se perfeitamente à vida num aviário misto. É possível adquirir casais destas aves, mas é aconselhável juntá-las em pequenos grupos.
Desde que exista espaço suficiente para todas as aves, não deve haver problemas. De um modo geral, não importunam outras espécies.

Confinamento

Em local protegido de ventos e chuvas, com bastante claridade. Viveiro: até 5 casais - 1,5 m (comprimento) x 1 x 1 com tela só na frente, coberto totalmente com telhas de barro.
A gaiola deve ser grande (mínimo de 70 cm de comprimento x 40 cm de largura e 30 cm de altura) para o casal e, se possível, possuir alguma planta ou camuflagem. Um ninho semelhante ao usado para Periquitos Australianos (20 x 20 x 20 cm) é recomendado. 
Os Calafates adoram banhar-se e esta atividade deve ser permitida diariamente para refrescá-los e deixar suas penas em boas condições. O banho relaciona-se também com o comportamento coletivo destes pássaros, pois quando um começa a banhar-se os outros o seguem. 
Mantê-los em local iluminado longe de correntes de ar e frio é muito importante já que são aves tropicais. Limpe sempre os recipientes de água e comida, bem como a gaiola. 

Reprodução

A identificação sexual pode ser feita pelo canto do macho, já que a fêmea não canta, é esta a forma mais segura para a distinção dos sexos, existe também o dimorfismo sexual, no macho adulto o bico ocupa uma área maior na face e tem o anel em volta dos olhos mais vermelho, mas este tipo de identificação requer um pouco de experiência com a espécie
Início de março até final de outubro. Botam de 4 a 10 ovos que eclodem após 14 a 18 dias. Os filhotes são separados dos pais aos 40 dias, quando se inicia uma. Os calafates são grandes criadores, cuidam dos filhotes como poucos pássaros e reproduzem com muita facilidade. São pássaros que não devem ser misturados com outras espécies, por serem muito agressivos, mas podem ser criados em colônias sem problemas. Para que façam o ninho deve-se fornecer farto material, como grama japonesa, sisal, grama preta ou capim barba de bode que é o preferido deles.
Tipos de calafate


O Calafate, cujo nome científico é Lonchura oryzivora, pertence a família Estrildidae e em inglês é chamado de Java sparrow. Ele é popularmente conhecido como Pardal-de-Java e Pássaro-do-Arroz. São pássaros pequenos, bonitos e tranquilos, fazendo com que o adorável Calafate seja muito popular em gaiolas e aviários por muitos anos. Por serem aves que não necessitam de contato físico com os donos, ao contrario de uma Calopsita por exemplo, eles são muitas vezes procurados como opções maravilhosas para proprietários de aves que sejam muito jovens ou idosos.

O pássaro Calafate é uma ave originária das ilhas de Java, Bali e, provavelmente, Madura, na Indonésia. Posteriormente foram amplamente introduzidos em muitas partes do mundo, tornando-se “nativos” destas regiões. Antigamente, era difundido e abundante na sua região natal, mas os números caíram desastrosamente. O Calafate pode ser difícil de ser encontrado, principalmente em Java. As populações selvagens (na Indonésia, pelo menos) também aparentemente estão caindo rapidamente.

Características físicas do Calafate
Os Calafates são aves pequenas, com média de 12 a 15 centímetros de comprimento do bico à ponta dos penas da cauda. Por causa de seu pequeno tamanho, eles tornaram-se aves de estimação muito populares entre aqueles que não têm espaço suficiente para abrigar uma grande espécie de ave.
Eles têm bicos impressionantes, que parecem poder fazer alguns danos sérios, no entanto, os Calafates são inofensivos. Os machos e as fêmeas de Calafate são praticamente idênticos na aparência. Há uma série de maneiras de distinguir entre machos e fêmeas. Os machos, por exemplo, normalmente vão cantar e executar uma dança característica.
A melhor maneira de diferenciar o sexo dos Calafates é olhando o macho na época de reprodução, neste caso, o cúlmen (parte superior do bico, em especial quando o bico se encontra com a cabeça) fica com um inchamento bem aparente. A cor da região vai ficar num tom de vermelho vivo nos machos, além disso o anel ao redor dos olhos também ficará mais forte nos machos do que nas fêmeas, contudo o bico é mais fácil de perceber.
Diferenças do Calafate Macho e Fêmea
Normalmente o Pardal de Java têm costas cinzentas, cabeça e penas da cauda pretos, tórax de barrigas num tom cinzento-canela, e grandes manchas brancas em suas bochechas. Algumas pessoas dizem que eles se parecem com pinguins em miniatura. Eles têm bicos laranja-avermelhado brilhantes e pele cor de laranja em suas pernas e pés.
Outra característica distintiva do Calafate é o fino anel laranja ao redor de seus olhos. Os machos e as fêmeas da espécie apresentam a mesma coloração em sua plumagem. Existem várias mutações de cor disponíveis no comércio de animais.
Quando adequadamente tratados em cativeiro, o Pardal de Java podem viver até 10 anos. É claro que existem alguns relatos de pássaros que tem vivido por mais tempo.
A Alimentação do Calafate
Estes pássaros se tornaram famosos por comerem basicamente arroz quando estão soltos na natureza. Em cativeiro ele prefere comer uma boa mistura de sementes de alta qualidade. Muitos proprietários relatam sucesso alimentá-los com misturas de sementes que são vendidos para Periquito-Australiano. Para uma alimentação equilibrada, a alimentação do Calafate deve ser complementada com itens como frutas, legumes e verduras frescas.
Criando e reproduzindo o Calafate
O Calafate reproduz melhor quando estão em uma colônia, onde os pássaros prontamente podem estimular um ao outro para se reproduzir. O macho vai carregar pedaços de palha para o ninho antes de realizar a dança do acasalamento para a fêmea. Ele, muitas vezes, curva-se diante dela, estala seu bico, e salta no poleiro para exibir-se para a fêmea.
Alguns machos podem não cantar durante a exposição para a fêmea. Fêmeas receptivas irão solicitar a cópula ficando abaixada no poleiro e tremendo o rabo. Uma pequena briga pode ocorrer após o acasalamento. A fêmea de Calafate irão botar de 4 a 6 ovos, que irão nascer após 15 a 16 dias, estando os filhotes prontos para serem separados dos pais após os 35 dias de vida.
Você deve colocar caixas ninho do tamanho usado pelos Periquitos Australianos, e material de construção grosso, como a fibra de coco ou capim seco. Os casais podem construir um ninho volumoso e redondo, feito de grama e fibra, com uma entrada lateral. Alguns casais podem revestir o interior do ninho com penas.
Ambas as aves irão incubar os ovos durante o dia, mas só a fêmea incuba durante a noite. Após o nascimento dos filhotes, forneça alimentos de forma abundante, especialmente ovo cozido ou farinhada a base de ovo, e até mesmo larvas de tenébrio. Os filhotes irão dormir no ninho até que eles estejam prontos para serem separados.
Comportamentos sociais do Calafate
Eles são pássaros sociais, mas são muito tímidos para ter uma verdadeira interação humana direta. Em vez disso, eles são mais indicados para serem criados em casais ou em pequenos bandos dentro de uma gaiola espaçosa ou num aviário. Se você está pensando em comprar um Pardal de Java, seria ideal que você pudesse ter, pelo menos, dois ou até mesmo três. Estas aves não podem ser mantidas isoladamente ou irão ficar muito deprimidas, sem ter outro passarinho para lhes fazer companhia!
Atividades para o Calafate
O Calafate, como a maioria das espécies de tentilhões, são pássaros pequenos e extremamente ativos, que parecem ter quantidades infinitas de energia. Devido a isso, e porque eles não gostam da manipulação humana, eles devem ter a disposição uma gaiola de voo que seja alta, para que eles tenham espaço para voar, brincar, escalar, saltar, e fazer exercícios físicos. Estas aves são animais de estimação ideais para pessoas que não têm tempo suficiente para se relacionar e interagir com um papagaio ou outro pássaro, porque não é necessário que o retire da gaiola para brincar.
Potenciais problemas na criação de Calafate
Se você está interessado em manter o Pardal de Java como animal de estimação, é importante fazer uma boa pesquisa, tanto quanto possível, e aprender tudo o que puder sobre esses passarinhos, e ler este guia já é um ótimo sinal. Eles são conhecidos por serem uma espécie muito resistente e raramente adoecem, se cuidadas adequadamente. Se você estiver empenhado em oferecer os melhores cuidados possíveis aos seus Pardais de Java, certamente será recompensado com animais de estimação saudáveis e felizes, que serão muito divertidos de assistir e ouvir.
Aonde comprar Calafate
Antes de trazer para casa um casal ou um pequeno bando de Calafates, converse com criadores locais e reunir suas dicas sobre como fornecer o melhor ambiente em casa para estas aves. Você pode até considerar juntar o seu clube sociedade avicultura ou aves locais para que você possa aprender com as experiências dos outros membros.