16 de abr. de 2018

Criação de Tarin Pintassilgo Venezuelano (CARDUELIS CUCULLATA)



Ele está entre os pássaros mais apreciados pelos passarinheiros devido ao seu jeito dócil e seu canto melodioso. Já ocorreu risco de extinção, mas em conjunto, criadores e autoridades se dedicam a preservação da espécie.

O Pintasilgo da Venezuela está entre os mais conhecidos do mundo. Ele é encontrado principalmente na Venezuela pois a altitude variável e o ambiente árido, são de preferência dessa espécie.

Seus costumes são parecidos com os dos Pintasilgos brasileiros, pois gostam de regiões tropicais e vegetações abertas com pequenos arbustos.

No Brasil já existem diversos criadores comerciais e amadores que se dedicam a criação desses pássaros.

O Tarim da Venezuela também é o responsavel pela pigmentaçao vermelha nos Canários que hoje existem.



Como Criar

É bem fácil criar essa espécie para quem tem os fundamentos básicos de criação. É necessário adquirir pássaros de procedência de criadores sérios e que tenham experiência na área.

Ao adquirir uma ave, deve coloca-la em quarentena para observar se há algum pássaro doente.

Feito isso é hora de preparar as aves para a criação. É necessário colocar os machos em gaiolas individuais e as fêmeas, a principio, podem ser colocadas em um gaiolão todas juntas. Ao chegar no mês de julho, devemos começar a separar as fêmeas em gaiolas e introduzir ninhos e material para ela poder confecciona-lo. A partir do momento em que a fêmea começar a pegar os fiapos de juta e voar de um lado para o outro da gaiola é a hora de soltar o macho.

Com o decorrer do tempo a fêmea irá fazer o ninho e botará aproximadamente de 2 a 4 ovos, as fêmeas fazem até 3 posturas por temporada. Alguns criadores usam algumas canárias para chocar e criar os ovos de Tarim, possibilitando algumas fêmeas a fazerem até 4 posturas no ano. Quando as fêmeas botarem é necessário retirar os ovos e sustitui-los por ovos de plástico. Quando a fêmea colocar o último ovo é a hora de colocar os ovos retirados para que possa nascer todos no mesmo dia dando possibilidades de sobrevivencia iguais para todos os filhotes. 

Alimentação

Basicamente se alimentam de grãos como: alpiste, niger, perila, chia, linhaça, erva-doce, etc. Cada criador tem preferência por um tipo de misturas de sementes.

Existem no mercado diversos tipos de farinhada adequadas para esse tipo de pássaro, particularmente uso a da marca Protein e da Angercal.

Ninhos, Gaiolas e Acessórios



As gaiolas podem ser usadas a do tipo argentinas que também são usadas na criação de canários por ser de fácil manuseio e limpeza.

Comedouros e bebedouros devem ser externo pois além de facilitar o dia a dia, evitam contaminação com as fezes dos pássaros. Devem se trocar os comedouros e os bebedouros a cada 15 dias, lavando-os com cloro e higienizando-os com Lisoform.

O ninho usado é o de corda ou o de bucha utilizados na criação de curió.

Cuidados

Mesmo sendo fácil o manejo dessas aves, é necessário alguns cuidados:

Alguns machos tem por costume furar os ovos postos pela fêmea. Quando isso acontece é necessário usar uma grade divisória para separar o casal quando a fêmea estiver próxima à postura. Tenho como costume colocar a divisória toda tarde anterior a postura de cada fêmea para evitar que isso aconteça. Feita a postura não há mais necessidade de apresentar o macho à fêmea.

Outro cuidado que devemos ter é que quando as fêmeas estiverem próximas a postura, devemos observar se o ninho não está sujo, pois algumas fêmeas, quando encontram o ninho sujo tem o hábito de botar fora do ninho.

Também é necessário usar algumas canárias como amas-seca para eventual abandono do ninho. Isso acontece devido a variadas situações.

Por fim é necessário que cada criador conheça algumas manias  e custumes que cada pássaro particularmente possuem para obter o sucesso na sua criação.

Dicas

Vários criadores dizem e já li também em vários lugares que criar tarim não é difícil, mas por outro lado tem alguns segredos e macetes para ter êxito na criação, os quais descreverei mais abaixo.

Na minha opinião criar tarim não é difícil, mas também não é fácil como criar canários por exemplo, alias criar canários também têm os seus macetes, mesmo assim é mais fácil de criar do que o tarim.

Uma valiosa dica para você começar é estudar a fundo o tarim. Conhecer a sua origem, seus hábitos, sua alimentação, seu comportamento em cativeiro, enfim tudo que você puder reunir de informação antes de comprar o primeiro casal.

Tenha em mente que este tipo de criação custa caro, não vou ser hipócrita e dizer que são só maravilhas, pois não são. A compra de matrizes muitas vezes leva os iniciantes e entusiastas a desistirem por serem de custo elevado. E porque o custo elevado? Bem a população de tarim em cativeiro no Brasil não é tão grande assim e como eu disse acima ele não é tão fácil assim de criar, muitos filhotes morrem já no primeiro ano por falta de conhecimento de quem compra ou quem esta criando e muitos morrem depois de um ano, por serem mal alimentados ou mal cuidados, mas isso são pequenas pedras no caminho e não se desanime com estes relatos, pois a criação de tarim é muito prazerosa também, alem de serem lindos, tem um comportamento interativo com seus donos e criadores, então vale a pena investir no tarim.

Ambiente de criação.

O ambiente ideal para criação de tarim é um lugar limpo, bem iluminado, e bem ventilado ou que ofereça troca de ar constante, isso é o básico. O ambiente para criar tarim deve ser para criar tarim e não outra ave. E porque?

Primeiro que é para preservar o canto e não haver mistura de com outros cantos, ex: canários. Tenha em mente que em longo prazo o tarim começa a aprender algumas notas que não fazem parte do seu canto original e isso para o criador não é interessante.

Segundo, se você criar no mesmo ambiente dos canários, o tarim esta sujeito a pegar doenças que também não seriam adquiridas se ele estivesse em ambiente próprio.

Existem criadores de canários que usam o tarim para tirarem híbridos, e com isso eles convivem no mesmo ambiente, alias foi a partir deste cruzamento que surgiu o canário com fator, mas isso é outro assunto. Então prefira fazer um ambiente só com a finalidade de criar tarim e não com outras espécies misturadas.

As gaiolas. Recomendo que tenham em media o tamanho da gaiola de criação de canários, 63 de comprimento, 34 de altura e 27 de profundidade em centímetros, isso porque às vezes o espaço no criadouro é limitado, mas se você tiver mais espaço poderá optar por uma gaiola com mais comprimento, assim eles desenvolvem mais a musculatura e a capacidade respiratória e não se esqueça que ela tem que ter divisória.

Compra das matrizes.

A compra das matrizes é um ponto importante para ter sucesso na criação.

Você deve adquirir matrizes de criadores e não de atravessadores, ou seja, de quem traz o tarim recém capturado e com pouco tempo de cativeiro. Porque?

Bem, este tarim recém colocado em cativeiro é muito atraente por estar em estado natural e muitas vezes com preços mais baixos, mas o problema deste tipo de ave é que muitas delas não se acostumam em cativeiro e logo acabam morrendo. Muitas vezes já chegam muito debilitadas pelos maus tratos e viajem. Cuidado, esse atravessador tem artimanhas para iludir possíveis compradores.

Primeiro nunca dizem onde é o criadouro deles, fazem questão de levar os tarins até você.

Segundo, o tarim é uma ave hiperativa, então quando os atravessadores vão lhe mostrar o tarim eles deixam a ave bem perto e começam a mexer com ela ou na gaiola, assim o tarim não para, dando a falsa impressão que a ave esta saudável, mas não esta. Então tome cuidado com os atravessadores.

Por isso procure adquirir matrizes de criadores. Mas qual seria a vantagem de comprar com quem cria? A meu ver são muitas e influenciara no seu sucesso.

Comprando do criador você terá certeza que a ave é nascida em cativeiro, logo as chances de sobrevivência são muito maiores. Você também poderá aprender muitas dicas que este criador ira lhe passar, tais como: manejo, alimentação, possíveis medicamentos, dicas para os períodos de criação, etc...

Fazendo isso alem de você ter maiores chances de sucesso, também estará prestigiando uma pessoa que aprendeu com erros e acertos a criar o tarim e agora pode lhe oferecer o fruto desses acertos, então prestigie o criador, ele merece.

Chegada no criadouro.

Quando o tarim chegar no seu criadouro você deve deixar previamente desinfetada a gaiola em que será colocado, eu utilizo o Kilol L para este fim. Também coloque um pouco de piolhicida na bandeja da gaiola. Troque a gaiola a cada seis meses.

Você deve fazer quarentena, mas como fazer a quarentena no tarim?

Quarentena como o nome diz são quarenta dias, mas nas aves esse tempo não é necessário, pois as doenças que elas são acometidas não chegam a este tempo de incubação, bastando fazer a quarentena por 20 a 25 dias.

Quando o tarim chegar aplique plumas kleen (repelente natural de insetos e piolhos) e repita a aplicação no décimo e vigésimo dia. Após a aplicação coloque na gaiola e deixe separado do resto das aves que você possa ter. Se você tiver possibilidade de fazer exames de fezes eu aconselho.

Coloque um polivitamínico na água por quinze dias.

Na parte de alimentação, lembram que eu disse para comprar de um criador? Pois bem, você deve fornecer a mesma alimentação nos primeiros dias que era usada pelo criador, porque a quarentena também é uma adaptação de uma nova forma de manejo e alimentação. Você também pode continuar com esta alimentação, se for saudável ao tarim.

Neste período não forneça nenhum tipo de medicamento para não mascarar possíveis doenças. A não ser que tenha feito exame de fezes e neste foi detectado algum problema.

Converse sobre isso também com o criador e pergunte se ele forneceu algum medicamento.

No período de quarentena se faz necessário muita observação: comportamento da ave, fezes, se esta se alimentando bem, se esta alegre, etc...

Após vinte cinco dias se nada foi constatado coloque a ave com o resto do plantel. Lembre-se bem, muita observação neste período.

Alimentação.

Uma boa alimentação é tudo para qualquer ave, então forneça água fresca e limpa livre de cloro e outros produtos. As sementes devem ser de boa qualidade e procedência garantidas, eu recomendo colocar nas sementes um absorvente de micotoxinas (uso o Agromanol).

O tarim tem algumas manias na alimentação, as quais você deve ficar atento. A maioria dos tarins não se alimenta no fundo das gaiolas criadeiras, então você deve colocar os comedouros e bebedouros na altura dos poleiros. Alguns tarins não tiram as cascas dos comedouros e pensam que acabou a comida e ficam sem se alimentar, então fique atento e sopre sempre as cascas dos comedouros. Não são todos que tem essas manias e você deve observar e adequar o seu manejo conforme as necessidades do seu tarim.

Época de criação.

O ninho.

O ninho deve ser na forma de taça tipo usado na criação de canários, mas deve ser um pouco menor e não tão profundo. O material usado pela cardinalita para confeccionar o ninho geralmente é a juta, fibra de coco, pelos de animais e algodão.

A posição do ninho deve ser em lugar alto da gaiola. Alguns criadores usam camuflar os ninhos. Eu recomendo você a usar com e sem camuflagem e deixe a cardinalita decidir qual lhe agrada mais, lembrando que a camuflagem deve ser discreta para não atrapalhar a visão da fêmea, pois a cardinalita gosta de ver o que se passa ao seu redor.

Quando a fêmea for iniciar a postura dos avos o ninho deve estar limpo, se não estiver a fêmea pode ficar embolada ou agitada ou ainda colocar o ovo fora do ninho, então fique atento a este fato e limpe o ninho se necessário, continue verificando isso até o fim da postura. Após o nascimento dos filhotes quando a fêmea não estiver mais limpando as fezes do ninho você deve fazer esta limpeza, por este motivo prefira os ninhos rasos que são mais fáceis dos filhotes evacuarem.

O casal.

Os tarins são muito fogosos na época de reprodução, principalmente o macho, então quando o casal começar a copular fique atento ao macho, pois muitas vezes a fêmea começa a fazer a postura e o macho vem galar ela no ninho e com isso pode acontecer do ovo quebrar, para que isso não ocorra é aconselhável substituir os ovos por replicas de plástico, após o termino da postura colocar os ovos verdadeiros para serem chocados. Lembrando também que durante a postura você deve ao final de cada dia colocar a divisória da gaiola até no outro dia que for feita a substituição com o ovo de plástico, depois disso você pode tirar a divisória até chegar o final do dia novamente, faça esse processo ate o fim da postura.

Alguns criadores deixam o casal juntos o ano inteiro e também durante toda a criação sem ter nenhum problema com isso, mas nos casos em que o casal é muito fogoso isso não é possível, pois ira trazer problemas, tais como: quebra de ovos, fêmea abandona o ninho, fêmea abandona os filhotes recém nascidos para começar nova postura, etc...

Por este motivo eu recomendo que o macho fique com a fêmea somente até ela deitar em choco, ficando assim a tarefa de criar os filhotes somente com a fêmea.Apos o término da criação dos filhotes, introduza o macho novamente para que se inicie uma nova postura.

Fique atento a isso então, e observe bem o seu casal para ver qual é o caminho a seguir.

O uso de Amas.

Eu não recomendo o uso de “amas”. Quem deve criar os filhotes são os pais. E porque?

Ao longo do tempo que for usado “amas” o cardinalito vai perdendo a capacidade de criar seus próprios filhotes, ficando parecido com o diamante gold que para poder criar necessita de manons. Também a alimentação das “amas”, que geralmente são canários, não é a mesma do tarim. Outro problema com o uso sucessivo de “amas” é a perda do canto original do cardinalito. Então se você precisar usar “amas”, só as use em casos como:

As fêmeas abandonam os ninhos com poucos dias de incubação para iniciar uma nova postura. A fêmea se assusta com o nascimento dos filhotes e os abandona. Em dias muito frios, a fêmea não dorme mais em cima dos filhotes a partir do sexto dia do nascimento, isso é natural, porque algumas fêmeas ainda trazem isso dos seus ancestrais do equador. Fêmeas que se assustam com visitas, barulho, etc... Nestes casos e somente nestes, sempre é bom ter “amas” à mão.

Para terminar.

Na época de acasalamento a temperatura ideal é entre 20 e 30ºC. A umidade deve estar em torno de 40 a 70%. Entre 14 a 16 horas de luz. A anilha usada é de diâmetro 2,5.

Um mês antes de começar as criações você deve fornecer cálcio e um polivitamínico que contenha um teor mais alto de vitamina E, mas só até iniciar a postura.

A fêmea coloca entre três e cinco ovos e a incubação é entre treze a quinze dias.

Durante o período de criação não recomendo receber visitas em seu criadouro.

Nascimento dos filhotes.

O nascimento dos filhotes é o auge da criação, mas nem por isso devemos descuidar nesta época, os cuidados têm que se manter em dobro.

Como citado acima, algumas fêmeas podem não dormir mais sobre os filhotes a partir do sexto dia e você terá que colocá-los em “amas”.

Observe bem este período para ver se a fêmea esta alimentando bem os filhotes e se eles estão se desenvolvendo por igual. Ofereça uma alimentação rica e variada, use uma farinhada rica em proteínas. Eu recomendo adicionar a esta farinhada um medicamento encontrado em farmácias com o nome de LEIBA, que nada mais é do que Lactobacillus acidophilus que ajuda no melhor funcionamento do intestino e não deixando desenvolver bactérias patogênicas que fazem mal a qualquer ave. Misture três a quatro cápsulas de LEIBA por kilo de farinhada.

Separação dos filhotes.

Após 30 a 35 dias geralmente os filhotes já estão aptos a comer sozinhos e devem ser separados da mãe.

Este período é muito traumático e estressante para os filhotes podendo acorrer mortes.

Esta fase aumenta muito o nível de stress das crias e isso aumenta o nível de coccidios e respectivamente a coccidiose.

Para amenizar este período de stress podemos auxiliar as crias a se adaptarem melhor tomando alguns cuidados e precauções, tais como:

- Quando separar os filhotes colocar em uma gaiola igual a que foram criados, ou seja, em uma criadeira e não em voadeiras.

- Devem-se observar os primeiros dias em que as crias foram separadas. Se notar algum triste ou encorujado, deve voltar com este para a gaiola da mãe.

- Observe se todos estão comendo, se não estiverem devem retornar por mais dias com a mãe.

- Usar utensílios parecidos com o que tinha na gaiola com a mãe e se possível nas mesmas posições.

- A alimentação muitas vezes não é mantida a mesma, sendo isso um erro grave. A alimentação deve ser igualmente rica e variada como eles tinham na gaiola da mãe.

- As crias recém separadas devem ficar na gaiola com os seus irmãos de ninho e não com aves mais velhas.

Isso deve ser mantido por pelo menos 15 dias após a separação, neste período inicial deve se manter constante vigilância com as crias.

Os tarins são aves muito delicadas especialmente nos primeiros seis meses de vida e são vitimas fáceis de coccidiose e enterite. As sementes de alface lisa e crespa têm se mostrado grandes aliadas para deixar o intestino em bom funcionamento, também recomendo que o uso do medicamento LEIBA seja mantido constantemente neste período.

O tarim é uma ave muito ativa e seu sistema digestivo leva em torno de 20 minutos para digerir o alimento, então forneça uma alimentação saudável, água limpa, frutas e verduras bem lavadas e desinfetadas. Não abuse de antibióticos para fazer prevenção e sim somente quando a ave estiver doente. Se quiserem usar preventivos, use os naturais.

COMO ALIMENTAR SEU PINTASSILGO


Muitas vezes me perguntam como alimentar corretamente seus carduelis(pintassilgos).

Lembro a todos que os relatos abaixo são um apanhado de dicas dadas por vários criadores de todo o mundo e adaptadas para a nossa realidade aqui no Brasil.


Todos sabem dar comida a pintassilgos. Também todos sabemos que os pintassilgos se alimentam principalmente de sementes. 

O problema é acertar na escolha da comida e das sementes. Fazendo as escolhas acertadas teremos aves saudáveis e predispostas a cantar e a criar. 

Tradicionalmente os pintassilgos capturados são alimentados só com alpista ou níger.

O níger eu não recomendo, pois mais abaixo irão saber porque.

Aqueles que resistiam e se adaptavam a esta alimentação com alpista tinham uma vida longa. Alguns relatos apontam para idades de 10 anos de vida em gaiola. 

Se alimentarmos um homem só com pão, provavelmente não morrerá de fome. Também não irá sofrer de diabetes, nem terá crises de fígado causadas por excessos na alimentação. Nas sociedades modernas, sabemos que os doces, os fritos prejudicam a saúde de quem abusa destes alimentos, ricos em açucares ou gorduras.

Por isso não recomendo o níger para pintassilgos, por se tratar de uma semente muito gordurosa.

Atualmente existem no mercado misturas de sementes feitas para pintassilgos ou ditas apropriadas para pintassilgos.

Nestas misturas predominam sementes com alto teor em gordura. Sendo este tipo de sementes mais apetitoso para os pássaros. As sementes brancas ricas em hidratos de carbono, como por exemplo a alpista, são ignoradas.

Quando ingerimos muitos alimentos ricos em gordura, obrigamos o fígado a um trabalho suplementar, para as decompor e expulsar do organismo. Também no corpo há uma acumulação de gordura que prejudica o cio dos machos. 

Não é por acaso que na tradição os machos de pintassilgo que eram alimentados só com alpista cantavam mais e eram mais apreciados o seu canto. O canto do macho predispõe a fêmea a ovulação.

Alimentar um pintassilgo macho só a alpista não o prejudica. O problema é alimentar as fêmeas só com alpista, pois nem todas irão ter as reservas necessárias para formar os ovos, nem depois poderão alimentar as crias só com alpista.

No repouso durante Inverno fornecer um mistura “light”, onde a alpista é a semente predominante. Acrescento em dias alternados uma colher de chá de mistura balanceada

Com sementes de: perila, cardo,alface, chicória e sementes selvagens. Algumas destas sementes são difíceis de achar aqui no Brasil então poderiam ser substituídas por:

Semente de alface crespa que é parecida com o niger, semente de alface lisa, semente de almeirão, semente de repolho e couve, semente de grama bermuda, semente de jiló, etc...

Lembrando que estas sementes tem que ser classificadas para pássaros e não para plantar, pois a que é para plantar já vem com agrotóxicos.

A intenção é obrigar os pintassilgos a comer alpista nos dias em que não se fornece a as outras sementes. 

Na Primavera comece a fornecer sementes germinadas misturadas com um pouco de papa que tenha um bom nível de proteína animal.

Estes alimentos são importantes para as fêmeas alimentarem as crias. 

Verduras e frutas também são muito benéficas.

Eu recomendo o brócolis, espinafre, dente de leão, maçã etc... Forneça as que você tem a diposição. Sempre sem exageros e sempre diversificar e não ficar em uma só fruta ou um só legume.  

E claro não esqueça de fornecer no mínimo uma vez por mês o vinagre de maçã.

O método de alimentar é simples, cabe a Natureza fazer o resto.




Nenhum comentário: