De corpo volumoso, o peru pode ser considerado a mais bela ave de quintal.
Atualmente, essa ave ocupa papel preponderante na avicultura brasileira, pois já não é mais consumida somente nas grandes festas anuais, como Natal, Ano Novo e Páscoa, mas durante o ano todo.
Antigamente, a criação de perus era uma espécie de tabu. Diziase que era muito problemática, porque uma grande porcentagem de aves morria antes de atingir os três meses de idade. (Era até comum dizer que, entre dez perus que nasciam, nove não completariam os três meses).
O peru é uma ave originária dos Estados Unidos e do México. Seus antepassados viviam em plena liberdade, em estado selvagem, alimentando-se do que a natureza lhes proporcionava: insetos, vermes, grãos, caramujos, capins e outros verdes, e também grãos de areia para auxiliar a digestão dos alimentos.
Para a reprodução, ou seja, a incubação, o peru se abrigava em capoeiras e lugares bem seguros que o protegiam dos outros animais, o que colaborou para a preservação da espécie. Atualmente ainda existem perus selvagens.
Vemos assim que se trata de uma ave de grande rusticidade, já que sobrevive muito bem em plena liberdade.
Levado para a Europa por volta do século XVI, o peru era conhecido na época como “galinha da Índia”.
Com sua domesticação — e cruzamentos para formação de raças mais rendosas —, a criação de perus como fonte de renda complementar dentro de uma propriedade agrícola, quando bem planejada, pode ser conduzida a contento.
Os três primeiros meses de vida são muito importantes na criação de perus. Nesta fase, eles deverão ficar a salvo de chuva, umidade e frio. Deve-se evitar o forte calor, para que não contraiam a “crise do vermelho”, uma espécie de insolação.
Após esse período de máximo cuidado, a rusticidade do peru é muito grande, e ele pode viver em plena liberdade, desde que haja espaço suficiente para seu desenvolvimento. Áreas com pastagens são mais recomendáveis, pois o peru se alimenta de capim, insetos e outros bichinhos. Temos observado criações em que os perus permanecem livres, sempre em pequenos bandos. Até mesmo os abrigos são substituídos por árvores. A alimentação é constituída apenas do que encontram nos campos; numa criação com melhor manejo, porém, será necessário alimentá-los com ração pelo menos duas vezes ao dia, não só para suprir as necessidades de proteínas como para habituá-los à convivência com o criador.
A melhor maneira de carregar um peru.
Raças
Todas as raças de perus domésticos descendem dos perus selvagens, cuja origem, como já vimos, é dos Estados Unidos e do México. Os índios daquelas regiões caçavam os perus, enriquecendo sua alimentação e aproveitando as penas em seus adornos.
Com a domesticação dos perus, por meio de cruzamentos e trabalhos de genética, conseguiu-se chegar a várias outras raças com características próprias, não só na mutação de cores como também no peso de cada espécie.
Há uma raça de peru que está em grande evidência nos Estados Unidos e não atinge um peso exagerado, servindo mais, como se costuma dizer, para o consumo familiar: é o peru beltsville branco. O macho chega a pesar 8 quilos quando adulto e a fêmea, 6 quilos. Perus jovens, com seis meses de idade, pesam cerca de 3,5 quilos e uma fêmea com um ano, 5 quilos.
Essa raça pode ser encontrada à venda com facilidade. Os exemplares com 21 dias já passaram pela fase crítica da vida, mas não queremos dizer com isso que se-jam aves às quais não deverão mais ser dispensados os devidos cuidados. Até os três meses o peru é muito delicado e precisa de resguardo, principalmente quanto a chu-vas, umidade, frio e calor. Depois dessa fase crítica, os perus readquirem seus hábitos ancestrais, tornando-se aves bem resistentes quando tratadas com os princípios básicos de higiene e alimentação.
Além do peru beltsville branco, as raças mais criadas no Brasil são as do peru standard bronzeado, a bronze peito largo, a holandês branco, a bourbon vermelho, a narragansett, a negro de Norfolk e a ardósia. O macho holandês branco chega a pesar 15 quilos, e sua fêmea, 8 quilos.
Já o macho bourbon vermelho atinge 16 quilos, enquanto sua fêmea pode ter até 9 quilos.
Originário do continente americano, o peru foi domesticado há mais de 200 anos pelo povo nativo do México. Apesar do peru comum ser o mais conhecido, há uma grande variedade de espécies. Neste artigo, conheça 8 delas.
O peru é uma ave conhecida mundialmente. Sua carne, apesar de ser
considerada sem graça por alguns, é a mais vendida no período natalino. Por
isso, a criação de perus tem se estendido por todo o mundo. Você sabe quais
tipos de peru existem? Contaremos a seguir!
8 tipos de peru
Certamente há duas espécies que você já conhece, o peru comum e o pavão. Porém, estas não são as únicas. Vamos apresentar muitas outras a seguir.
Bronzeado americano
Esse tipo de peru – imagem principal do artigo – é muito parecido com o
peru selvagem, porém seu tamanho é muito maior. Ele pode chegar a pesar até 15
kg, um tamanho que provavelmente não cabe em nenhum forno durante o Natal.
Suas asas são brancas, sua cauda é negra e partes do pescoço e da cabeça
apresentam tons avermelhados. Um arco-íris de plumagem!
Holandês branco
Como seu próprio nome sugere, a maior parte de sua plumagem é branca,
possuindo poucas manchas de outras cores alterando essa uniformidade. Sua
cabeça parece se unir completamente à sua papada e ambas possuem uma cor
vermelha intensa.
Peru holandês branco
Raça negra
Ao contrário do peru branco, esse é totalmente preto. Sua cor é
brilhante, quase metálica, com um reflexo esverdeado que o caracteriza. Talvez
esta seja a raça que mais se parece com o peru comum, o mais conhecido.
Peru negro
Vermelho bourbon
Esta raça possui uma mistura explosiva de cores. Sua plumagem brilhante
possui um tom marrom chocolate, fazendo com que o branco em suas asas e cauda
se destaque.
Peru vermelho Bourbon
Sua pequena cabeça com bico largo, seu pescoço e sua papada avermelhada
são muito pequenos em relação ao resto do corpo, que se assemelha a um pompom
gigante.
Branco de Beltsville
Esses perus chegam a pesar quase 8 kg e são animais caracterizados por
serem muito saudáveis, possuindo um forte sistema imunológico. Por isso, muitos
criadores escolhem essa espécie para começar sua produção.
Peru Branco de Beltsville
Possui grandes aptidões para a reprodução, sendo capaz de colocar até
158 ovos por época, dos quais 70% chegam a nascer. Incrível!
Bronzeado gigante
Esse tipo de peru é capaz de chegar aos 20 kg. Caracteriza-se por seu
peito duplo, que é gigantesco, como é de se imaginar. Sua cauda em forma de um
pequeno abanador possui a mesma cor uniforme de sua plumagem, que geralmente é
marrom.
Perus bronzeados gigantes
As bordas das plumas possuem um tom grisalho, e na parte superior de seu
pescoço destaca-se uma cor roxa, ressaltada com o vermelho da região.
Branco gigante
Esse também pode pesar entre 15 e 20 kg e, curiosamente, sua plumagem
pode variar de tons dourados ao branco puro. No entanto, esta última cor foi
mais aceita e os dourados foram descartados, dando lugar a uma raça totalmente
branca.
Peru branco gigante
Esta escolha foi feita porque as plumas brancas fazem com que o animal
tenha menos imperfeições na pele, algo muito mais aceito entre os consumidores
da carne.
Ardósia
A cor de sua plumagem geralmente é cinza, apesar de algumas partes serem
brancas. Seu pescoço é vermelho e sua cabeça possui uma tonalidade azulada.
Peru ardósia
Na cauda, ele apresenta uma bela linha preta que separa claramente as duas cores, o cinza e o branco, como se fosse um desenho da natureza.
É curioso que, apesar de haver muitas raças de perus, as mais utilizadas para consumo são as geradas em incubadoras, que são híbridos criados pelo homem. A maioria destes híbridos é descendente do Holandês branco.
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