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30 de jul. de 2015

A ARTE DE INCUBAR OVOS



Sala de Ovos

Na Sala de Ovos, os cuidados vão desde o recebimento, até o momento de colocar os ovos na incubadora. Como fazer o recebimento, classificação, armazenagem e momento de incubação dos ovos.
Recebimento dos ovos
O ideal para se receber os ovos no incubatório é no período em que os funcionários possam executar os procedimentos de fumigação de forma correta, evitando-se que os ovos permaneçam no fumigador por muito tempo, quer sejam fumigados ou não.
Os cuidados no armazenamento dos ovos na granja devem ser estendidos ao transporte, evitando-se que os ovos sofram durante o trajeto da granja para o incubatório, principalmente quando as distâncias forem superiores a 30 km e estradas ruins.
Ovos estocados na granja em salas climatizadas devem ser transportados em caminhões com isolamento térmico para evitar possíveis condensações da casca em função das diferenças de temperatura.
Na fumigação de ovos resfriados na granja, deve-se evitar os aquecimentos prolongados no fumigador, também para evitar possíveis condensações da casca e aumentar a ação de desinfetante nos pontos condensados e que possam causar mortalidades embrionárias acima do normal.
a) Fumigação
No recebimento dos ovos são necessários alguns cuidados específicos para que os ovos não sofram interferências de temperatura e fumegantes que podem causar mortalidades embrionárias.
 Temperatura de Fumigação: 25 à 30 graus Celsius
 Umidade relativa: 55 à 70%
 Tempo de exposição: 10 à 20 minutos
 Concentração de desinfetante: A concentração de desinfetante não devem ultrapassar a DOSE TRÍPLICE (quando os ovos não foram fumigados nas granjas) e DOSE SIMPLES (para ovos fumigados nas granjas).
Obs .: Os cuidados com a temperatura e umidade devem ser observados e sempre que possível mantidos porém, quando os sistemas instalados não atenderem a necessidade de aquecimento e umidificação em até 10 minutos antes de iniciar FUMIGAÇÃO, é melhor para o embrião que não se espere mais tempo e a FUMIGAÇÃO seja iniciada imediatamente (épocas de frio e ovos mantidos em câmara fria nas granjas).
Fumigação Simples/MT3
Formol: 14 cc
Permanganato de Potássio: 7 g
Paraformaldeído: 2 g
Obs .: não deixe os ovos dentro do fumigador mais do que o tempo necessário para a fumigação e exaustão (máximo de 50 minutos totais), pois podem aumentar a ocorrência de mortalidades embrionárias precoce devido ao tempo exposto ao formol e à temperaturas não ideais para o estoque dos ovos.
b) Conferência de Ovos
Os ovos após a fumigação são levados para a sala de ovos onde devem ser separadas por lote e data da produção conferidas as quantidades e comparadas com as informações recebidas da granja, depois devem aguardar o momento de classificação.
Obs. 1 : algumas empresas conferem os ovos antes da fumigação.
Obs. 2 : cuidados para não misturar lotes e datas de produção.
Classificação dos ovos
As classificações dos ovos variam de acordo com as atividades afins de cada empresa, obedecendo a regras nem sempre consideradas como ideais, atendendo muitas vezes a necessidade de redução de mão de obra, os gerentes são envolvidos e, nem sempre a qualidade do produto final é considerada.
A classificação dos ovos deve atender a critérios básicos como:
a) Separação por faixa de pesos
Mercado Aberto (Vendas)
1) 50 a 56 g
2) 57 a 66 g
3) 67 g ou acima
Integração
1) 48 a 54 g
2) 55 a 62 g
3) 63 g ou acima
Obs: as faixas acima descritas podem ser alteradas de acordo com condições de vendas e ou de bases de aproveitamento de ovos e também o tipo de equipamentos (incubadoras e bandejas) disponíveis.
b) Qualidade da casca
(porosa enrugada, trincas)
Limpeza
A higiene dos ovos é fator primordial para que os pintos possam nascer sem problemas sanitários (onfalite, aspergilose).
Ovos de postura de chão ou limpados, devem ser de preferência incubados separados, pois o risco de apodrecimento é maior, levando a contaminações das incubadoras.
Idade das matrizes
Manter os ovos de diferentes idades de matrizes, incubados em máquinas diferentes para que se possam controlar os horários de carregamento e também as temperaturas e umidades das máquinas é importante para se conseguir melhor qualidade dos pintos no nascimento.
Estocagem
As condições de estocagem dos ovos podem determinar uma eclosão BOA ou RUIM.
A condição ideal para a estocagem dos ovos deve atender a:
 Dias de estoque
 Idade das matrizes
 Linhagens (postura ou corte)
Como padrão médio podemos considerar como condições boas as temperaturas entre 18 a 21 graus Celsius para ovos estocados até 7 dias e umidade relativa entre 70 a 85%.
Quando a estocagem for superior à 7 dias, a temperatura deve ficar entre 16 à 18 graus Celsius.
Lotes de matrizes novas devem ser incubados a partir do terceiro dia de produção e lotes de matrizes velhas (mais de 48 semanas) devem ser incubados entre 2 e 4 dias de produção para que se obtenha o melhor resultado de eclosão.
Obs. 1 : Estoques maiores devem ser considerados com perdas na eclosão.
Obs. 2 : Ovos considerados comerciais ( defeitos de casca, sujos, etc ), podem e devem ser incubados como ovos reaproveitados, otimizando os custos de produção; Estes ovos necessitam de cuidados específicos como incubação em máquinas separadas e acompanhamento da parte sanitária.
Preparação da carga
É importante que alguns itens sejam considerados para o carregamento dos ovos:
 Datas de produção
 Idade das matrizes
 Horário previsto para a retirada dos pintos
 Época do ano
 Pré-aquecimento
 Linhagem
 Número de pintos por cliente
Incubação de ovos sala de máquinas
Neste encarte técnico sobre incubação, vamos analisar vários procedimentos e lembrar alguns detalhes muitas vezes esquecidos no dia a dia do incubatório.
Após a preparação da carga, os ovos devem ser transferidos para a sala de máquinas incubadoras para os procedimentos de incubação.
Horário de incubação O horário para a incubação dos ovos deve ser determinado em função da idade da matriz, tempo de estocagem dos ovos, época do ano, horário previsto para o início dos trabalhos com os pintos e também os horários predeterminados para a entrega dos pintos nas granjas.
O tempo previsto para o nascimento dos pintos (período de incubação + nascedouros) gira em torno de 496 horas para épocas de verão a 510 horas no inverno; Outros fatores poderão influir também no tempo total de incubação:
1. Temperatura e umidade das salas A temperatura ideal das salas de incubação gira em torno de 22 a 28 graus Celsius com uma umidade relativa em torno de 60%;
Obs. : Temperaturas abaixo ou acima das faixas recomendadas poderão causar atrasos ou adiantamentos no nascimento;
A umidade relativa das salas com níveis abaixo de 50% poderá exigir um tempo de funcionamento maior dos bicos pulverizadores das incubadoras mantendo a temperatura de operação da incubadora abaixo do normal e aumentar o tempo de incubação.
2. Renovação de ar das salas
A taxa de renovação de ar das salas deve atender as necessidades de troca de ar das incubadoras mais a troca de ar do ambiente; Podemos considerar que para cada 1000 ovos incubados, precisamos de aproximadamente 200 m³ de ar por dia.
Exemplo:
Casp CM125 = 200x124.000/1000 = 24.800 m³ /dia ou
1000 m³ /hora
Petersime 576 = 200x57.600/1000 = 11.520 m³ /dia ou
500 m³ /hora
Obs. : A taxa de renovação de ar total da sala de incubação deve ficar entre 15 trocas para épocas frias e até 30 trocas para épocas de calor. Com temperatura estável em 24 graus Celsius a taxa de renovação de ar pode ficar em torno de 22 trocas/hora.
3. Tipo de Incubadora
As incubadoras podem influir no tempo total de incubação em função de regulagens de ventilação, perdas de caloria nas incubações e nas transferências.
Incubadoras de grande capacidade de ovos quando mal reguladas, podem variar o tempo total de incubação com maior intensidade que incubadoras de média capacidade.
4. Temperatura de operação das incubadoras
As temperaturas das incubadoras podem interferir no tempo de incubação em até 2 horas por fração de graus Celsius.
Temperaturas baixas atrasam o nascimento dos pintos e podem aparecer muitos pintos BALOFOS, com umbigos mal cicatrizados e muitos ovos bicados com pintos vivos sem sair da casca;
Temperaturas altas adiantam o nascimento e podem causar grande número de pintos refugos com umbigos mal cicatrizados, pintos mortos nas bandejas e também grandes quantidade de embriões mortos entre 19 e 21 dias.
5. Tempo de estocagem dos ovos
O tempo de estocagem dos ovos antes da incubação não deve ultrapassar 7 dias, sendo que o ideal é incubar os ovos entre 2 e 5 dias;
Dependendo da idade das matrizes e dias de estocagem, o tempo de incubação pode aumentar em até 6 horas. Exemplo:
IDADE MATRIZ DIAS ESTOQUE HORAS INCUBAÇÃO
35                                             5                                     0
35                                             8                                     2
35                                             10                                   4
50                                             3                                     0
50                                             5                                     2
50                                             8                                     4
6. Idade das matrizes
Manter as diferentes idades das matrizes em incubadoras separadas facilita as regulagens de temperatura, umidade e ventilação, permitindo maior uniformidade do nascimento.
7. Linhagem
Linhagens diferentes, sempre que possível, devem ser incubadas em máquinas separadas, pois existem diferenças entre as linhagens que podem alterar as condições gerais do nascimento:
 Tamanho do ovo
 Qualidade da casca
 Cor (escura e clara)
8. Fumigações
O programa de fumigações nas incubadoras deve atender os objetivos de um bom controle sanitário sem provocar mortalidades embrionárias.
Dosagens recomendadas:
Formol + Permanganato de Potássio:
Formol = 14 cc por m³
Formol = 14 cc por m³
Tempo = 6 a 10 minutos
Paraformaldeído:
Paraformaldeído = 2,5 g por m³
Tempo = 10 minutos
Pano de Gase:
Pano de gase = simples 5 ml por m³
Tempo = 15 minutos
9. Hora correta para a fumigação
O melhor horário para se fazer a fumigação nas incubadoras com um mínimo de mortalidades embrionárias fica entre 12 e 18 horas após a 1ª carga da semana para máquinas de estágio múltiplo de 6 (duas cargas na semana).
Exemplo: cargas nas 2ª e 5ª feiras as 6:00 h da manhã; fumigação é na 2ª
feira entre 18:00 e 24:00 h. Para incubadoras com apenas 1 carga na semana, fazer a fumigação entre 12 e 18 h após a carga dos ovos.
Nascedouros
Vários fatores devem ser considerados importantes na qualidade dos pintos:
 Limpeza Geral;
 Desinfecção;
 Transferência e regulagens (ventilação/temperatura/umidade);
 Horário de retirada dos pintos.
 Limpeza geral
Começa na limpeza geral dos equipamentos e da sala após o nascimento dos pintos para a manutenção da qualidade dos pintos do próximo nascimento, pois a higiene/sanitária é fator fundamental na qualidade dos mesmos.
Iniciar a limpeza pulverizando uma solução desinfetante para diminuir a poeira em suspensão, retirar toda a sujeira grossa com o auxílio de vassoura e lavar com água, sabão e bucha. É importante que a limpeza seja complementada com a limpeza dos painéis elétricos usando pistola de ar comprimido.
A limpeza do teto externo dos nascedouros precisa ser cuidadosa para evitar que fiquem pontos sem a devida limpeza e também não sejam afetados os equipamentos instalados na parte superior dos nascedouros (sistema abertura de ventilação, motores, base dos termostatos, solenoides, etc).
Desinfecção após a lavagem, desinfetar os nascedouros, carrinhos e
bandejas com solução desinfetante (800ppm), usando bomba de pressão (usar 10 litros de solução por nascedouro e 10 litros de solução a cada 100 m³ de sala).
Exemplo: Sala com 6 nascedouros e metragem de 11x10x4 = 440 m³. Usar mais ou menos 100 litros de solução desinfetante.
Após a desinfecção geral da Sala e dos nascedouros, ligar os nascedouros para a secagem.
Obs: A desinfecção úmida bem feita após a lavação, substitui a fumigação tríplice com formol antes da transferência.
Após a transferência, temos várias opções de desinfecção:
A mais usada é a desinfecção com formol líquido, através de evaporação contínua, com trocas entre 06 a 08 horas, usando 10 ml de formol por metro 3 de área de nascedouro. Obs.: é também a mais combatida devido as restrições ao uso do formol.
Os sistemas automáticos de desinfecção úmida através de pulverizadores instalados dentro dos nascedouros, ainda funcionam de forma experimental, principalmente por falta de equipamentos adequados e também por falta de avaliações técnicas (e implicações diretas na qualidade dos pintos), dos desinfetantes mais usados nas desinfecções dos incubatórios (quaternários de amônia, glutaraldeídos).
Obs: O volume de solução desinfetante usada dentro do nascedouro deve ser equivalente 0,2 ml x mt 3 x hora de produto base, a concentração da solução deve ser de 300 ml produto base (50% concentração produto ativo) x 20 litros água.
Exemplo: 01 nascedouro com 20 m³ de área:
20 m³ x 0,2 ml = 4 ml produto base por hora
1 litro de solução = 15 ml produto base
Pulverizar 270 ml solução desinfetante por hora.
Obs: Na preparação da solução desinfetante , observar a concentração do produto ativo e padronizar para base de 50%, usando a fórmula abaixo para determinar a quantidade de produto base para 20 litros água:
Exemplo:
Produto base para 20 l de água = (300/y) x 50
Onde y = 80% produto ativo
(300/80) x 50 = 188 ml
Nova solução = usar 188 ml do novo produto em 20 litros de água.
Produtos a base de peróxidos e ácidos acéticos, usar 300 ml x 20 litros de água (para produto base com concentração de produto ativo de 15% ).
Transferência e regulagens
A transferência deve ser feita com 19 dias, ou seja, com 456 horas completas de incubação. É prática comum, nos finais de semana, fazer as transferências dos ovos com 18 dias de incubação. Este manejo pode reduzir a mão de obra nos finais de semana, mas pode causar perdas de eclosão quando não observados alguns cuidados:
 Ritmo de trabalho: o ritmo do trabalho deve ser moderado para evitar batidas nos ovos e provocar estresse.
 Temperatura sala: cuidar da temperatura (mínimo de 25 Graus Celsius) e também da ventilação da sala durante a transferência.
 Temperatura/umidade do nascedouro: o ideal é manter a temperatura e a umidade do nascedouro com os valores iguais aos da incubadora até completar 19 dias de incubação, evitando possíveis atrasos do nascimento.
 Regulagem ventilação: a entrada e saída de ar do nascedouro devem ser reguladas para um mínimo de trocas (máximo de 10 trocas por hora).
Os cuidados acima descritos devem ser base também para as transferências nos horários normais, menos as regulagens de temperatura e umidade que devem ser:
 Temperatura: 98 a 98,5 graus Fahrenheit.
 Umidade: a regulagem de umidade nos nascedouros depende de muitos fatores, podendo ir de 84 até a 90 graus Fahrenheit.
As condições para as regulagens serem alteradas estão nas diferenças de:
Idade da matriz: matriz no início de produção (casca muito espessa com pouca liberação de umidade) e também no final de produção (ovos muito grandes e com muito líquido para ser eliminado) podem ter regulagens de umidades mais baixas.
Qualidade da casca: a qualidade da casca pode influir diretamente nas trocas de temperatura e perdas de umidade dos ovos durante o período de incubação.
Linhagem: algumas linhagens têm maior dificuldade em eliminar líquido durante o período de incubação, necessitando uma umidade mais baixa durante a incubação, ou então, ser trabalhada uma regulagem de umidade mais baixa nas primeiras horas de nascedouros.
Umidade de incubação: a umidade de nascedouro deve ser de 01 a 02 graus Fahrenheit acima da umidade de incubação, (menos nas transferências feitas com 18 dias onde a regulagem deve ser mantida até completar os 19 dias de incubação).
Horário de retirada dos pintos
Tempo ideal de incubação = 496 a 510 h. O horário de retirada dos pintos deve ser estabelecido para que os pintos sejam retirados e processados num período máximo de 18 horas, e as entregas (expedição) sejam feitas até um máximo de 36 horas entre a retirada dos pintos, o processamento e a chegada à granja destino.
Algumas empresas retiram, processam e expedem os pintos num período bem mais curto (10 a 15 h), isto é possível no caso de integrações, porém é importante que os pintos processados desta forma estejam mais adiantados na hora do saque para evitar que os eles não tenham a vivacidade necessária nas primeiras horas de granja. Também é importante que os pintos sejam soltos com um mínimo de 6 horas de luz natural para a acomodação na granja.

SALA DE PINTOS

(seleção, sexagem, vacinação, condições de armazenagem, temperatura umidade e ventilação da sala, expedição dos pintos).
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Os manejos de Sala de Pintos dependem da atividade comercial da EMPRESA.
Os processos de: seleção, sexagem, vacinação e horários de entrega dos pintos, devem atender as necessidades COMERCIAIS básicas.
1. Procedimentos
Retirada dos pintos:
A retirada dos pintos deve obedecer a critérios determinados para o manejo dos pintos conforme programa de incubação, manejos específicos como sexagem e horários de expedição.
Fatores importantes a serem considerado e que, devem ser determinados ainda no momento da incubação são: linhagem, tipo do ovo (faixa de peso e formato), idade da matriz data da postura (estoque).
Linhagem:
Linhagens diferentes precisam de condições diferentes (temperatura, umidade e tempo de incubação).
O motivo principal é a Pigmentação (casca escura tem maior dificuldade em trocas internas / externas e precisa de mais horas de incubação).
Tipo do ovo:
Formato:
Fórmula:
Altura/largura (ovos com formatos fora do padrão aumentam o tempo de incubação e têm maiores índices de mortalidades embrionárias em todas as fases de desenvolvimento dos embriões).
Formato Eclosão Diferença
< 70 90 % 10 %
70 a 74 95 % 4 a 6 %
75 a 79 100 % 0 %
> 80 100 % 8%
Obs.:
Para achar o padrão dos ovos de um lote, pegar 100 ovos da postura do dia (10 ovos por caixa aleatoriamente) e fazer a medição com a ajuda de um paquímetro. O lote estará dentro de um padrão considerado normal quando 80% dos ovos estiverem entre 75 a 79 de índice.
Faixa de peso:
A melhor faixa de peso dos ovos para a incubação está entre 56 e 70 gramas.Faixas de peso diferentes, alteram condições operacionais internas das incubadoras, aumentando ou diminuindo tempo total de incubação.
Idade da matriz
De acordo com a idade da matriz, o tempo de incubação vai se alterando de forma que, durante as 8 semanas iniciais, os nascimentos tendem a atrasar devido ao tamanho do ovo e qualidade da casca (espessura) e, após 30 semanas de produção, atrasam devido ao tamanho do ovo e a quantidade de líquido que deve ser eliminado durante o período de incubação.
Algumas linhagens, devido à qualidade da casca e tamanho do ovo, podem atrasar o nascimento em até 06 horas.
Data de postura (estoque)
O estoque de ovos influi diretamente no tempo total de incubação (ver quadro no capítulo "Incubação de Ovos Sala de Máquinas").
2. Retirada dos Pintos
Obs. 1 :
Quando dois ou mais lotes estiverem prontos ao mesmo tempo, a retirada dos pintos deve começar pelo lote de matrizes mais novas.
Obs 2 :
Retirar os pintos de acordo com a planilha de incubação dos ovos e planilha de expedição dos pintos, observando os manejos determinados para o cliente como sexagem e vacinação.
3. Seleção
 Visual (aspecto visual dos pintos penugem)
 Bicos e olhos
 Pernas
 Umbigo (contaminação)
 Tamanho
 Hidratação
Grande número de incubatórios fazem os manejos de seleção, em conjunto com a retirada dos pintos e após a execução dos demais manejos (sexagem, vacinação), fazem um repasse de seleção.
A qualidade deste tipo de seleção depende de alguns fatores:
 Faixas de separação tipos dos ovos
 Horário correto de retirada
 Idade das matrizes
Obs: toda seleção pode ser bem ou mal feita, o que vai determinar a qualidade da seleção é o treinamento e a qualidade da mão de obra.
4. Sexagem
A sexagem dos pintos de corte é determinada por manejos de criação e abate dos frangos; A sexagem provoca estresse nos pintos como também pode causar lesões de asa e abdômen, levando a um quadro de:
 Aumento da mortalidade inicial
 Condenação de asa no abate
Obs. 1 : É importante ressaltar que a sexagem dos pintos deve ser complementada com a criação dos frangos separados nas granjas, com fornecimento de ração adequada ao sexo e delineamento de abate com ênfase aos ganhos específicos de cada sexo.
Obs. 2 : Alguns criadores de frango (independentes e até integrações), exigem os pintos sexados apenas para ter ¨certeza¨ de que está recebendo meio a meio de machos e fêmeas.
5. Vacinação
A vacinação no incubatório é obrigatória contra a Doença de Marek, porém, a maioria dos pintos de corte é vacinada também contra a Doença de www.fazendacalifornia.com | E-mail:
fazendacalifornia@fazendacalifornia.com
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Gumboro e, durante o período de calor e chuvas (setembro a março), também podem ser vacinados contra a Bouba Aviária.
Vacinação de Bronquite não é comum e deve ser analisado caso a caso,
quando for solicitado pelo cliente, pois alguns cuidados devem ser tomados
para evitar problemas de transmissão horizontal (repicagem) do vírus vacinal dentro do setor de incubação: • A vacinação de Bronquite deve ser o último manejo com os pintos antes da expedição.
 Fazer a vacinação fora do prédio do incubatório.
 Todos os pintos que estiverem na sala devem ser vacinados (quando somente parte dos pintos serão vacinados, primeiro deve ser feita a expedição dos pintos que não serão vacinados para depois proceder a vacinação) e desinfetar a sala.
Equipamentos de apoio:
 Geladeira
 Banho maria
 Fogão
 Panela de pressão
 Vacinadoras
Preparação da vacina
Após a esterilização dos materiais de uso na vacinação (seringa, agulha, mangueira), iniciar a preparação da vacina.
 Adição de Antibióticos (*)
 Adição de Gumboro
 Adição de Bouba Suave
 Adição de Marek
(*) Obs.: Quando for necessário o uso de Antibióticos junto a vacina, a adição do Antibiótico deve ser feito em primeiro lugar e com tempo suficiente para que haja estabilidade do pH e, não interfiram na qualidade da vacina. (gentamicinas precisam de um mínimo de 20 minutos para estabilizar o PH ).
Vacinação
Qualidade da aplicação
Podemos considerar uma vacinação bem feita quando, nos testes de avaliação (sistema de corantes) encontramos:
 Bem Vacinados > 95 %
 Mal Vacinados < 3 %
 Não Vacinados < 2 %
Tempo preparação / aplicação: (não deve ser superior a 45 minutos)
6. Condição ambiental da sala
As condições ideais para a permanência dos pintos na sala são:
 Temperatura: 22 a 26 graus Celsius
 Umidade relativa: 60 %
 Troca de ar: 100 m 3 /hora x m 2 sala
Exemplo: Uma sala de 10 x 20 = 200 m 2 x 100 = 20.000m 3 de ar / hora
Velocidade ar entre caixas = 60 m por minuto
A quantidade de ar disponível na sala depende da quantidade de pintos e dos manejos realizados na sala e principalmente da qualidade do ar (temperatura e umidade) porém, o fator fundamental é a distribuição do ar dentro da sala com fluxo contínuo de movimentação permitindo o arrasto do ar quente e viciado de dentro das caixas de pintos.
Observações: A distribuição e a movimentação do ar dentro da sala devem seguir alguns pontos:
Entrada de ar no oposto da saída (entradas por cima, saída por baixo) e distribuídas de forma a manter fluxo e velocidade do ar entre as caixas de pintos; Quando a entrada do ar for através de distribuição por ductos sobre a laje, a retirada do ar deve ser através de venezianas (ou até exaustores) instaladas na parte de baixo das quatro paredes da sala, de forma a manter o fluxo entre as caixas e provocar o arrasto da massa de ar quente produzida pelos pintos.
O fornecimento de ar com temperatura acima do ideal (22 a 26 graus Celsius) provoca a necessidade de maior quantidade de trocas de ar e, pode provocar perdas de umidade acima do normal dos pintos, aumentando o risco de desidratação.
7. Expedição de pintos A expedição dos pintos é o fechamento dos trabalhos realizados durante 21 dias de incubação (sem esquecer a produção dos ovos) e manter a qualidade dos pintos passa por cuidados como:
 Limpeza e desinfecção furgão
 Funcionamento dos exaustores, ventiladores e dampers de entrada de ar
 Treinamento e conscientização dos motoristas
8. Automação Equipamentos de apoio como esteiras e mesas de sexagem e vacinação
ajudam muito na qualidade geral dos pintos pois, além de facilitar e agilizar o ritmo
de trabalho, evita o retrabalho e o stress provocado por manejos constantes de retirar
e colocar os pintos nas caixas duas vezes em cada manejo específico.
Este trabalho sobre a “ARTE DE INCUBAR” foi da avipa-avicultura integral e
patologia animal de São Paulo-Brasil.
Contribuiu para este manual a AVIPA, disponibilizando trechos da sua Publicação a
“A ARTE DE INCUBAR”.




27 de jul. de 2015

Dicas e Cuidados na Criação de Aves Domésticas



Cuidados sanitários

A produção de frangos coloniais requer a implantação de cuidados de biosseguridade. Faz-se necessário respeitar um período mínimo de 14 dias entre alojamentos, após completa limpeza e desinfecção das instalações e dos equipamentos. As aves devem ser vacinadas no incubatório, contra a doença de Marek. Enfermidades como doença de Gumboro, bronquite infecciosa das aves e doença de Newcastle podem ser evitadas por meio da vacinação. O esquema de vacinação deve atender aos desafios sanitários da região em que se localiza a produção e estar em consonância com a orientação do serviço oficial.
A prevenção contra a varíola aviária é feita por meio da vacinação por punção da asa, aos 21 dias de idade, ou via subcutânea, no primeiro dia de vida. Em regiões de alto desafio é recomendado fazer o reforço da vacina contra varíola aviária na quinta semana de idade. O controle de endo e ectoparasitos deve ser realizado com base no monitoramento periódico do lote. O controle da coccidiose pode ser feito pela vacinação das aves nos primeiro dias de vida.

AVES RECÉM CHEGADAS

As aves recém-chegadas de criadores não conhecidos devem ser separadas do plantel por 40 (quarenta) dias e lavar as patas com desinfetantes (água com creolina ou outros), bem como, colocar bolfo embaixo das asas e pernas. Cortar os bicos

EQUIPAMENTOS

De preferência manter os pintos em círculos feito de Eucatex, zinco ou outro material. No centro do circulo a fonte de calor, e ao redor, as bandejas para ração e bebedouros.
Proporção Ideal:
 1 bandeja para 100 pintos
 1 bebedouro de pressão ou pendular para 100 pintos
 1 lâmpada infravermelha de 250W para 500 pintos
 *4 tiras (meia folha) de Eucatex para um circulo de 500 pintos.
 Cortinas

QUADRO DE VACINAS 
(OBS: Se aplica mais à criação de Frango Colonial e Galinha Caipira)
Idade (dias)
Vacina
Via aplicação
Observação
---------------------
1° dia
Marek
Subcutânea
Dose única
-----------------------
7° ao 10°
Bouba
Subcutânea
---------------------
7° ao 10°
Newcastle
Gota ocular ou nasal
---------------------
7° ao 10°
Gumboro
Gota ocular ou nasal
---------------------
7° ao 10°
Bronquite
Gota ocular ou nasal
Revacinar com 6 meses
-------------------------------------------------
30° ao 35°
Coriza
Injetável no músculo do peito
Revacinar com 6º e 120 dias coriza oleosa
---------------------------------------------------------
40° ao 50°
Bouba
Subcutânea membrana da asa
Revacinar anualmente
---------------------------------------------------
40° ao 50°
Newcastle
Gota ocular ou nasal
Revacinar com 6 em 6 meses
-----------------------------------------------------------
40° ao 50°
Gumboro
Gota ocular ou nasal
Revacinar anualmente
--------------------------------------
40° ao 50°
Bronquite
Gota ocular ou nasal
Revacinar anualmente
-----------------------------------------------
70° ao 75°
1ª dose
Salmonela para aves de postura
Meio ml intramuscular
Revacinar com 16 semanas 2 doses
----------------------------------------------------
60° ao 90°
Cólera e tifo aviário
Injetável no músculo do peito


REMÉDIOS CASEIROS, CURIOSIDADES - DICAS E CRENDICES POPULARES

1. A folha de bananeira é boa para combater o verme das aves;
2. O limão e a acerola tem muito ácido cítrico e são bons para combater a coriza;
3. O pó de café tem cafeína que é energético;
4. O alho possui 17 antibióticos, é bom inclusive para coriza;
5. A pimenta e o jerimum fazem a gema do ovo ficar vermelho;
6. O capim pendurado no aviário, evita a bicagem das aves;
7. O óleo de copaíba é ótimo para combater a inflamação;
8. A bicagem das aves, em parte, é devido a falta de cálcio;
9. A casca de ovo tem muito cálcio quando passada no liquidificador (o pó) é excelente para as aves;
10. A moela é o órgão que opera a mastigação dos alimentos, é a dentadura das aves. Se o milho for ingerido inteiro o organismo absorve menos;
11. As fontes que tem muitas vitaminas “C”, e são excelentes para as aves são: acerola, limão, cajá, manga, goiaba, entre outros;
12. As hortaliças também são muito úteis para alimentação das aves: Tomate, quiabo, coentro, feijão em geral.

SOLUÇÕES CASEIRAS PARA ALGUNS PROBLEMAS DE SAÚDE: PIOLHO, RONQUEIRA, VERMES, DIARREIA, EMPENAMENTO.

 Piolho: Adicionar enxofre na ração
 Ronqueira: Uma cabeça de alho amassada em 50 litros de água
 Vermes: Mamão verde, acerola, folhas de bananeira, hortelã miúdo
 Diarreia: Folhas de goiabeira e de bananeira.
 Empenamento (Depenagem é a falta de nutrientes): A solução é batata doce, verduras, cálcio e fosfato.
As criações industriais de galinhas de granja adoecem mais de coriza e gumboro, sobretudo devido ao calor da cama de cavaco. Alguns produtores vacinam de coriza, o que eleva muito o custo de produção.

CURIOSIDADES:

Lampião o "Rei do Cangaço" usava nos seus comandados alguns processos que nos parece um tratamento bem dolorido:
Nas feridas: Cinza, sal, pimenta, fumo:
Nas feridas abertas = Aguardente e pimenta malagueta seca, colocado no orifício das Feridas. O fumo em pó colocado nas feridas abertas, evita infecção e moscas.
Casca de jenipapo para luxações.
Chá de quixaba para cicatrização

INFORMAÇÕES SIMPLES

1. O número ideal de galos para cada galinha, deve ser no mínimo, 1 galo para 5 galinhas e no máximo, 1 galo para 10 galinhas.
2. O tempo útil ideal para uma galinha produzir é de 2 anos, podendo “forçar” até 3 anos. O espermatozoide da ave fica na gordura.
3. Os 12 primeiros dias de um pinto são fundamentais para o seu desenvolvimento futuro.
4. A boa poedeira tem algumas características peculiares: Crista grande com cor viva, cloaca grande, corada e macia.
5. Na gema do ovo gerado, o pinto tem 72 horas de proteção.
6. Uma falha prejudicial do responsável pelas aves: “Está faltando colocar ração, deixa para colocar depois do almoço”. Duas horas, prejudica todo o plantel.
7. Início da postura: 20 semanas ou 5 meses. Tempo de incubação=21 dias
8. Um plantel de galinhas põe em torno de 70% a 80% no primeiro ano de postura.
9. A altura normal dos comedouros e bebedouros, para as galinhas devem ser a altura do peito.
10. Nos galos índio gigante, colocar os comedouros e bebedouros, mais altos com ração mais forte.
11. Os poleiros são importantes na criação das aves semi confinadas, e devem ser sempre no sentido horizontal, com altura de 40 a 50cm do chão. São desaconselhados os poleiros com formato de escadas.
12. No caso de uma construção rústica, é necessário que se tenha uma área coberta para se alojar os equipamentos.
13. As aves ornamentais são estabelecidas pela “American Poultry Association” que publica o livro “Standard of Perfection” que estabelece 175 variedades de aves conhecidas pelas suas características e regiões de origem. A fazenda Califórnia dispõe desse livro para venda (em inglês).
14. Na construção do aviário é bom seguir a seguinte orientação: Sol nascente – aviário – sol poente.
15. Nas aves rústicas, a diferença de peso entre macho e fêmea, oscila em torno de 500grs, dependendo do tipo de criação e do peso total alcançado.
16. A época de mudança de penas, é antes do inverno, e antes do verão.
17. A forma mais segura de saber o sexo, é virar a cloaca da ave, ou, o exame de DNA, realizado com uma gotinha de sangue. Folclore ou não, se diz que, se o pintinho esticar as pernas ao ser pego na mão, é macho, se encolher é fêmea. Os ovos mais redondos nascem fêmeas e os mais bicudos nascem machos.
18. Uma providência simples, mas, importante para a higiene, é um tonel para servir de forno séptico, onde serão queimados todos os animais mortos.
19. Para economizar no desperdício de ração no comedor automático tubular, pode-se colocar um arame em forma de mola, entre o tubo, e o aro evita-se que a galinha puxe com o bico, a ração para o lado de fora.
20. Caso o galo ou a galinha estejam muito gordos, mas, ainda interesse ficar com os mesmos, aconselha-se 3 dias sem ração, apenas bebendo água.
21. Quando os pés das aves mais velhas estiverem com escamas ou peles ressecados pode-se passar querosene para limpá-las.
22. Uma providência interessante para se saber quais as galinhas que estão em postura, quando alojadas em pequenas divisões, é numerar os ovos, de acordo com o número dos compartimentos e depois verificar quantas galinhas eram, e quantos ovos realmente foram colhidos a cada dia. O número no ovo, irá servir para avaliação das poedeiras.
23. Quando chocados, o número identificará em qual divisória, os ovos não estão fertilizados.

FINALMENTE: SE OS CUIDADOS, OS REMÉDIOS E AS “DICAS” NÃO DEREM RESULTADOS E VOCÊ ACREDITAR EM “OLHO GRANDE”

 Cerque a área da ave com sal grosso.
 Na entrada, coloque uma taça também com sal grosso.
 4 dentes de alho nos 4 lados e 1 olho de boi.

COMERCIALIZAÇÃO

A boa opção na criação da raça índio gigante, e que justifique o seu investimento são, as vantagens de ser uma criação solta no campo, rústico, sem hormônio e sem tóxicos, tem um porte avantajado e alcançam na metade do tempo, um volume de peso duas vezes superior ao da caipira. Não existe nada mais saudável para a saúde do que o consumo da carne e ovos do índio gigante, o ovo é a segunda alimentação mais completa de nutrientes do mundo com 93%. O leite materno, sendo a 1ª mais completa.
Na comercialização de forma amadora, os pintos índio gigante, cobrem os custos e garantem um bom lucro ao criador. Para a venda de forma comercial, o investimento, terá que ser compatível com o número de matrizes que se pretende e o lucro que se almeja.
Lembramos que o preço do quilo da galinha de granja varia em torno de R$ 3,50 e o da galinha caipira em torno de R$ 14,00 (4 vezes mais).


CONCLUSÃO

Estabelecemos boas providências para o sucesso de uma criação não industrial, entretanto, se o pequeno criador, ou iniciante, dispensar algumas dessas providências também poderá ser bem sucedido, desde que, a sua assistência pessoal possa ser eficiente no manejo ou delegue a quem a realize com interesse. Sem dúvida as aves criadas soltas, além de saudáveis, sem hormônio ou produtos industrializados, são mais resistentes às bactérias que provocam as doenças.





Dicas para uma boa administração do seu aviário



Esta relação é apenas com a intenção de ajudar. Caso, alguma dessas providências for útil, nos damos por satisfeitos.

1. Entrada de sol no ambiente de criação
2. Sempre que necessário, pintar as gaiolas que sejam de madeira ou arame
3. Consertar os portões e as telas fracas e sem vedar a passagem
4. Caiar os aviários e desinfetá-los sempre que necessário
5. Cartaz "não jogue lixo no chão”
6. Árvores podadas para haver circulação de vento
7. Capim cortado para evitar fungos e bactérias
8. Pé de lúvio nas entradas, principalmente no pinteiro
9. Não permitir entrada de estranhos no pinteiro
10. Manter limpo e arrumado o almoxarifado, pois, é dele que saem as peças para trabalho e não devem levar bactérias de ratos, baratas, etc.
11. Pela manhã completar a ração dos comedouros para o dia e regular alguma que esteja derramando ração.
12. Caixa d água lavada a cada 15 dias e colocar cloro a cada semana
13. Descartar aves após 2 anos de postura(1°ano 80% e 2°ano 60%)
14. Equipamentos para os funcionário (botas, batas, etc.)
15. Acondicionamento e uso de medicamentos preventivos
16. Construção de incineradores e fossa séptica
17. Implantação do C.T.
18. Capacitar os funcionários. Treinamento
19. Fazer manejo por faixa etária
20. Fazer um correto armazenamento dos ovos
21. Fazer uso correto dos quarentenários
22. Controle dos vetores (ratos, moscas, etc.)
23. Estar sempre atento para: Mudar, consertar, regular e instalar bebedouros e comedouros
24. Suplementação alimentar, para evitar o consumo de ovos pelas aves. Casca de ovo moída e colocada num pote ao lado, da ração.
25. Verificar a limpeza e arrumação geral da granja, principalmente o depósito.
26. Propor formas de economizar ração (desperdício), luz, pessoal e aves que não produzem.
27. Observar e consertar, sistemas de água e luz, principalmente vazamentos.
28. Verificar a cada 2 dias o trabalho dos funcionários, de acordo com a relação estabelecida para cada um. Verificar sempre comida nos cochos ou furos nos bebedouros e altura dos mesmos, compatíveis com as aves. Altura do peito. Aves roncando.
29. Estabelecer os plantões dos funcionários aos sábados e domingos.
30. No inverno verificar se a chuva está entrando nos aviários e colocar cortinas.
31. Para os funcionários será considerado falta grave o não fornecimento de água, comida e remédios prescritos. Será imprescindível também a separação dos doentes ou ameaçados.
32. Telefone celular as 07:00hrs.Trabalhar com farda.
33. Os clientes: Anotar o nome e telefone, dos clientes.
Não é permitido desconto nas vendas ou recebimento em cheque acima dc RS 100,00 sem falar antes com a diretoria. Cheques só receber com mais de 2 anos de conta, com endereço e telefones.
34. Trocar a bota, roupa e tomar banho antes de entrar no pinteiro e sala de nascimento.
35. "Guardar utensílios e ferramentas no lugar próprio.
36. Economizar luz. Apenas 3 lâmpadas a noite.
37. Procurar aproveitar o que for possível de material antes de comprar.
38. Todos os dias as 16:00hrs, queimar aves mortas e verificar se tudo foi queimado.
39. Pulverizar os aviários duas vezes por dia com muito cuidado porque essas 2 vezes substitui as 3 necessárias. AVT 500 = 40 ml para 20 litros de água.
40. Cuidado para não desperdiçar ração. Quantidade de acordo com o número de aves. Milho para os que forem indicados.
41. Quando colocar ração, verificar a limpeza do cavaco nos bebedouros.
42. Lavar os bebedouros e comedouros com escova e sabão amarelo, a cada semana.
43. Comedouros e bebedouros que não estão sendo usados, lavar e guardá-los no depósito.
44. Passar pano nas cadeiras e mesas da área externa. Lavar com cloro cadeiras de plástico. Óleo nas madeiras próprias desse tipo de limpeza.
45. Aos sábados passar pano molhado na sala de entrada e terraço.
46. Soltar as aves pela manhã (se não chover).
47. Limpar, roçar, ciscar e queimar matos da propriedade. Aparar ervas do muro. Apanhar do chão penas, pedaços de plásticos, pedras, madeiras, etc.
48. Manter limpo o banheiro, com papel e sabão.
49. Ao final do trabalho limpar as ferramentas e a área comum.
50. Providenciar ninhos de madeira em cada criatório.



23 de jul. de 2015

Manual do Criador: QUALIDADE DA ÁGUA NA AVICULTURA



QUALIDADE DA ÁGUA

A avicultura brasileira é atualmente um dos setores mais organizados e desenvolvidos do agronegócio brasileiro, sendo nosso país o maior exportador de carne de frango. Avanços nas áreas de nutrição e sanidade em muito contribuíram para esse desenvolvimento. O balanceamento nutricional adequado, uso de enzimas, melhorias no processamento de matérias primas, uso de vacinas e análises laboratoriais mais precisas e confiáveis são exemplos do progresso na cadeia avícola.

Contudo, a água é um fator ao qual não tem sido dada a atenção necessária, tendo em vista a magnitude de seus requisitos. A água pode ser considerada o nutriente mais importante aos animais, desconsiderando-se o oxigênio. São inúmeras suas funções nos organismos vivos, sendo essencial nos processos de digestão, solubilização e transporte de substâncias aos diversos tecidos corporais. A água, devido ao seu alto calor específico, também é fundamental na manutenção da temperatura corporal em extremos de temperatura ambiental.

Devemos atentar para três pontos-chave quando pensamos na água para dessedentação das aves: quantidade, qualidade físico-química e qualidade microbiológica. É conveniente ressaltar que milhares de aves têm acesso a água de uma mesma fonte e qualquer comprometimento em seu fornecimento poderá acarretar sérios prejuízos ao produtor.

Quantidade
A água deve ser disponibilizada à vontade e durante todo o dia para as aves. De um modo geral, considera-se que a quantidade de água ingerida por dia pelas aves é em média o dobro da quantidade de ração consumida no mesmo período. Contudo, o consumo de água pode variar muito de acordo com alguns fatores como: temperatura ambiental, composição da dieta, idade e sexo das aves, uso de aditivos, como os anticoccidianos na ração e temperatura da água.

A fim de que as aves não passem sede, muita atenção deve ser dispensada aos bebedouros, devendo estes estar em boas condições de uso, com vazão adequada e altura ajustada ao tamanho das aves.

Recomenda-se também que a água fornecida às aves esteja fresca. Segundo Macari (1996), temperaturas da água acima de 24o C podem acarretar uma diminuição no consumo da mesma. Dessa forma, deve-se evitar a exposição direta da caixa d'água e encanamentos aos raios solares. Uma sugestão é remover a água do sistema hidráulico ao longo do dia, quando a temperatura ambiental está muito elevada, considerando-se que a água contida no encanamento tem maior temperatura que a água do reservatório.

Qualidade físico-química
A qualidade físico-química da água a ser utilizada nos aviários deve ser muito bem avaliada antes da construção do galpão, visto que muitas das características que afetam essa qualidade são próprias das regiões e, caso estejam alteradas, o tratamento pode ser muito dispendioso.

Características como cor, odor e sabor da água devem ser observadas diariamente, atentando-se para possíveis alterações. A turbidez da água, relacionada à quantidade de sólidos em suspensão é outro parâmetro físico a ser monitorado por meio de análises laboratoriais.

A análise da composição química da água é outro ponto importante no controle da qualidade da água, devendo ser periodicamente monitorada.

Os Sólidos Dissolvidos Totais (SDT) indicam a concentração de minerais como cálcio, magnésio, enxofre, sódio e cloro na água. Valores elevados de SDT podem ser prejudiciais ao consumo de água, desempenho e sanidade do lote.

A Dureza da água está relacionada principalmente aos teores de cálcio e magnésio. A “água dura” pode comprometer tubulações e a vazão de água dos bebedouros, acarretando prejuízos ao produtor pelo pela queda no desempenho do lote e pela menor vida útil do sistema de tubulação.

Outros elementos que podem comprometer a qualidade da água estão listados na tabela abaixo.

Tabela 1 Qualidade físico-química da água:
PARÂMETROS -  VALOR MÁXIMO
Cloreto Total - 250mg/L
Cobre Dissolvido - 0,013mg/L
Ferro Dissolvido - 5,0 mg/L
Fósforo Total - 0,15mg/L
Manganês Total - 0,5mg/L
Nitrato - 10,0mg/L
Nitrito - 1,0mg/L
pH - 6,0 a 9,0
Sulfato Total - 250mg/L
Sólidos Dissolvidos Totais (SDT) - 500mg/L
Turbidez - Até 100 UNT
Zinco Total - 5,0mg/L
Fonte: www.cnpsa.embrapa.br- Qualidade da água para suínos e aves
Qualidade microbiológica

Tendo em vista o prolongado tempo de sobrevivência de alguns microorganismos patogênicos na água e o grande número de aves que têm acesso à mesma fonte de água, a transmissão hídrica assume um fundamental papel na epidemiologia de várias enfermidades aviárias.

A contaminação da água por agentes patogênicos pode ocorrer na fonte de captação da água (nascentes, poços artesianos, poços rasos), na tubulação que conduz a água ao galpão e/ou nos bebedouros (através de secreções ou excreções das aves).

Enfermidades bacterianas, virais e por protozoários podem ser veiculadas pela água de bebida das aves, dentre as quais destacamos a Doença Crônica Respiratória, a colibacilose, a pulorose, o tifo aviário, a Doença de Newcastle, a Doença de Mark, a bronquite infecciosa, a Doença de Gumboro, a coccidiose e a histomoníase.

A cloração da água tem como objetivos eliminar agentes patogênicos, principalmente bactérias que podem estar presentes na água e deixar uma quantidade de cloro residual livre a fim de impedir a multiplicação desses agentes nos bebedouros. A quantidade de cloro a ser adicionada à água varia com o pH e a quantidade de matéria orgânica presente na água, recomendando-se que nos bebedouros exista 5 ppm de cloro residual livre.

A cada ciclo de produção o sistema de tubulações do aviário deve ser limpo e desinfetado a fim de prevenir o aparecimento de algas, limo e contaminação. Primeiramente, deve-se utilizar água sob pressão para retirar a matéria orgânica das tubulações e em seguida recomenda-se o uso de desinfetantes alcalinos, para eliminar a contaminação orgânica e, por fim, utilizar um desinfetante ácido para remover a crosta de limo do sistema.

A monitoria da qualidade da água deve ser periódica, tornando-se rotina na granja. O valor do cloro residual livre nos bebedouros deve ser mensurado semanalmente, indicando se a quantidade de cloro adicionada à água está sendo suficiente para reagir com a matéria orgânica presente na mesma.

As análises bacteriológicas são de extrema importância para indicar uma possível contaminação da água por microorganismos. Diante da grande diversidade de microorganismos que podem ser encontrados na água, são utilizados grupos de microorganismos como indicadores de contaminação. Os coliformes totais e coliformes fecais sugerem a contaminação da água por agentes de origem intestinal. Os microorganismos mesófilos, que também são pesquisados, podem interferir na detecção dos coliformes, indicando resultados falso positivos na pesquisa desses agentes. Dessa forma, a pesquisa dos mesófilos é fundamental no exame bacteriológico.

Como a contaminação da água é um processo dinâmico, podendo variar ao longo do tempo, é recomendável que sejam realizadas análises de água a cada ciclo de produção ou pelo menos duas vezes ao ano, sendo uma na época da seca e outra na época das águas. Dessa forma, facilita-se a adoção de medidas preventivas e corretivas. Para análises microbiológicas é interessante coletar amostras de três partes do sistema de água: da fonte, do reservatório e das torneiras localizadas nas instalações, o que facilita a verificação de possíveis problemas.
 

O corpo de um frango é constituído de 60% a 70% de água Esta percentagem varia conforme a sua idade, mas dá o tom à importância que esta composição ocupa em sua vida. Ao tentar manter um equilíbrio térmico entre seu organismo e o ambiente, a ave perde água por meio da sudorese O que é perdido precisa ser reposto, caso contrário seu desempenho é reduzido Em casos mais críticos, durante o verão, um stress calórico pode levar o frango à morte Por isto, é importante ter um sistema no qual a ave possa beber água sem restrições e na quantidade necessária, mantendo seu nível de satisfação.
Qualquer empecilho neste processo traz redução em sua ingestão de água, o que, por consequência, reduz a quantidade de alimento ingerido, afetando todo o processo de crescimento e desenvolvimento. A redução no consumo de água pode indicar outro fato: a incidência de enfermidades no lote.
Doentes, os frangos bebem menos. O produtor, no entanto, dificilmente irá notar alguma alteração no consumo apenas a partir de suas próprias observações, principalmente em grandes aviários, para acompanhar eventuais quedas, é necessária a colocação de um contador na entrada do sistema de distribuição de água para controlar o quanto as aves estão bebendo. Com os dados em mãos, o produtor divide o total consumido pelo número de frangos e tem a quantidade em mililitros, ingerida em um determinado período, uma possível redução no consumo da água pode ser ocasionada por algum tipo de problema mecânico do equipamento, mas também pode ser um sinal de alerta para alguma doença.
A água apresenta-se na sua forma natural com características físicas, químicas e microbiológicas variáveis em função de regiões, procedências, poluentes e contaminantes. A qualidade da água pode ser avaliada por meio de critérios físicos, químicos e bacteriológicos. O critério físico é determinado por características de cor, sabor, cheiro e temperatura. A água ideal para aves deve ser limpa, insípida e inodora.

O critério químico é determinado por características como pH, sólidos dissolvidos totais, dureza c percentagem de certos elementos na agua como nitrato, amoníaco, sulfato: pesticidas, ferro, potássio e cloro. A composição química da água afeta a condição sanitária do intestino dos animais e certos medicamentos podem não se solubilizar em águas que são muito duras, e que têm um pH inadequado Uma característica química denominada de Sólidos Dissolvidos Totais (SDT) ou Salinidade fornece uma boa ingerência na qualidade química da agua Os minerais que normalmente mais contribuem para os valores de SDT são cálcio, magnésio, sódio, cloro, carbonatos e enxofre.
O critério bacteriológico determina o nível de contaminação microbiana por meio da identificação dos microrganismos, via análises para determinar o total de bactérias por unidade de amostra Embora haja valores máximos de coliformes totais, a sua presença significa poluição da água a recomendação é que sempre que aparecer coliforme total a água seja tratada. Para evitar os problemas sanitários provenientes de uma água contaminada, recomenda-se o tratamento com cloro em todos os tipos de fontes existentes, resultando na redução da transmissão e disseminação de enfermidades. Não esquecer que o uso do cloro requer alguns cuidados e atenções: limpeza dos canos para evitar que o cloro fique aderido no material orgânico; fechar o tanque de água para este não ficar exposto ao sol; não esquecer que as altas temperaturas dos pavilhões podem promover a volatização do cloro, que se dissipa facilmente da água, especialmente em bebedouros abertos, deve-se utilizar maiores níveis de cloro no sistema, explorações que reutilizam a cama aviaria apresentam maiores níveis de amoníaco, que pode neutralizar o cloro da água, também em casos de bebedouros abertos; resíduos de vacinas, antibióticos e vitaminas na água podem reduzir a efetividade do cloro (quanto mais contaminada for a água, maior a quantidade de cloro que se deve agregar), a utilização de um produto não adequado ou demasiadamente barato pode, em longo prazo, custar mais caro.
Quanto maior o pH da água, maior a necessidade de cloro como desinfetante A dosagem recomendada de cloro para pintos varia de 1 a 3 ppm e para frangos, acima de 28 dias entre 5 e 6 ppm. sem queda no consumo. O recomendado seria uma faixa de 3 a 5 ppm(média). Somente dosagens muito elevadas poderão causar algum desajuste no balanço eletrolítico das aves.
Dessa forma a utilização de água com qualidade e disponibilidade, proporciona melhores desempenhos a avicultura.



Importância da qualidade da água na produção de suínos e aves : parte 1






Importância da qualidade da água na produção de suínos e aves : parte 2 


1 de nov. de 2013

Manual do Criador: Doenças das Aves, Profilaxia e Tratamento



DOENÇAS - MEDICAMENTOS


Verificar sempre aves fracas, pálidas e tristes. Se houver doença, medicá-las, senão, simplesmente, colocá-las em campo para tomar sol, alimento verde e alguma vitamina: Poliforte, Vitagold, Hidrovit e outras similares, Dependendo da Prescrição médica do Veterinário.

É preciso atenção para que não haja o enfraquecimento dos pintos provocado por: Frio - Umidade - Vento - Água Suja - Umbigo Aberto - Cavaco velho e com fungo - Alimentação Velha ou Mofada - Milho sem procedência - Instalação sem ser pulverizada.
Algumas sugestões que podem ser indicadas pelos veterinários independente das vacinas:


 HIDROVIT – Nos pintos de 1 dia
 SANEPRIM – Combate a Coli e as principais doenças, do quarto ao décimo dia.
 AGROVIT PLUS – A base de benzipexicilina procaína, infecções com processos progênitos.

 NEOMICINA – Efeito mais intestinal, também usado para bovinos e equinos.
 ENROTRIL – contra coriza, 40 ml em 1 litro de água = sulfamicina, indicado
      também para coccídeos, cólera, tifo aviária.
 TYLAN 200 – tilosina base: antibiótico bom para coriza e pneumonia.
 COLISTINA SOLUVEL-Diarreias, pseudômonas, echitericia coli. Remédio de
     verme conforme tabela, sobretudo, nas aves com cloaca suja.
 VACINA BIO SHS VIVA – contra pneumovirose aviária para aves poedeiras.
 IBATRIM ORAL – sulfadiazina sódica + trimetropim, contra colibacilose,
      cólera, doença respiratória, tifo aviário.
 POTENAY – Complexo vitamínico.
 POLIFORTE – Complexo vitamínico
 VITAGOLD – Complexo vitamínico
 ADETHOR – Complexo vitamínico
 GEROTREX H3 – Complexo vitamínico
A Coli tem muito a ver com a água e a limpeza do aviário. As principais características são as asas caídas, abatimento e sem se alimentar. Ataca muito os pintos. A galinha infectada prejudica o pinto. Se necessário, fazer o exame de laboratório com antibiograma para detectar qual o antibiótico sensível - MEDICAR TODO PLANTEL.
Nos climas muito úmidos, uma doença muito comum é a coriza, e existem vários medicamentos que podem ser indicados pelo veterinário: terramicina L.A, amoccilína, cilroflocxacina, sulfoelopiridazina - trimetropím - enrotril - enrofloxacina (mais respiratório), neomicina (mais intestinal), sulfaquinoxalina excelente para coccídeos, sulfaclopiridazina - eritromicina - cefalecina.
O exame de laboratório com antibiograma é fundamental na indicação do antibiótico mais sensível ao plantel afetado pela doença.

ALGUMAS INFORMAÇÕES DE DOENÇAS E PROVIDÊNCIAS:

Doenças de Marek:

É uma doença causada por vírus, também conhecida como Paralisia das Aves. Causa tumores nos nervos, nos rins, baço, fígado, intestinos, coração e músculo. Os sintomas variam de acordo com a localização dos tumores. Podem ocorrer diarreias, as aves ficam ofegantes. Afeta o sistema nervoso central das aves. O crescimento e a reprodução sofrem decréscimos.

SOLUÇÃO
Severa limpeza e desinfecção. Isolamento das aves doentes. A vacinação deve ser realizada em pintos de 1 dia de idade e aplicada no dorso ou no pescoço.

Newcastle:

São causados por um vírus, muito contagiosos. Os primeiros sintomas consistem em queda do consumo de alimentos, bronquite com tosse e espirros. As aves perdem o equilíbrio, andam em círculos, entortam o pescoço e tem diarreia. Chegam á morte rapidamente.
SOLUÇÃO:
As aves doentes devem ser isoladas, os viveiros desinfetados rigorosamente, assim como todos os bebedouros e comedouros. A vacinação é feita via nasal ou ocular, mas também pode ser feita via muscular, no peito ou na coxa.

Pulorose

Também chamada "Diarreia Branca" é uma infecção causada por Salmonela. Causam problemas na reprodução, fertilidade, atraso de crescimento e queda de produção. Há sonolência, apatia, diarreia amarelada, asas pendentes e as fezes se acumulam em torno do ânus, há dispneia da crista,
SOLUÇÃO:
O tratamento é feito com antibióticos e sulfa, desinfecção rigorosa e separação das aves contaminadas.

Tifo Aviário:

É provocada por Salmonela, provoca palidez da crista. Apatia, penas arrepiadas, diarreia amarelo ou esverdeada, febre, sede intensa, ou artrite.
SOLUÇÃO:
O tratamento é feito com algumas sulfas e antibióticos específicos, A doença aparece normalmente por práticas anti-higiênicas e mau manejo,

Aspergilose:

É uma infecção que ataca as aves, sendo provocada por fungos. Causam alterações no aparelho respiratório (ronqueira), perda de apetite, enrijecimento das articulações e paralisia, diarreia, apatia, queda na produção. Confunde-se com a coriza e a bronquite infecciosa.
SOLUÇÃO:
Não há vacina. O tratamento é feito com antibiótico e pulverização periódica dos viveiros com fungicida

Coccidiose:

Provoca a queda na produção e o atraso no crescimento. Doença parasitária do trato intestinal é transmitida através de fezes, cama úmida e água suja, O calor e umidade favorecem o aparecimento da doença. As aves tornam-se apáticas, perdem o apetite e ficam pálidas.
As fezes apresentam-se aquosa e sanguinolenta, pois, a doença provoca severa inflamação da mucosa intestinal.
SOLUÇÃO:
A desinfecção das instalações é o melhor meio de prevenção. Uso de cama limpa, limpeza e desinfecção de comedouros e bebedouros. Boa alimentação é indispensável.

Cólera:

Também conhecida como Pasteurelose Aviária, é um germe, apresenta sintomas de febre e sede intensa, respiração ofegante, sonolência e diarreia.
SOLUÇÃO:
Vacina no tempo indicado.

DOENÇAS – PROFILAXIA.

CORIZA:


É uma doença das vias respiratórias caracterizada pela Inflamação das mucosas do aparelho respiratório, podendo por vezes atacar o globo ocular.
Quando a coriza vem sem febre, de forma aguda, e provocada por vírus caracteriza o estado de uma simples constipação, a qual pode ser provocada por muitos tipos de vírus, entre eles a influenza, o rinovírus, etc. Pólens, poeiras de fenos e serragens também são capazes de irritar a mucosa nasal provocando a coriza. Assim, na forma benigna, as aves conservam quase a vivacidade normal, notando-se, no entanto a saída pelas narinas de um líquido mucoso. Na forma grave há inflamação da face, falta de apetite, espirros frequentes, corrimento nasal c por fim vem à morte, que pode atingir 50% dos efetivos.
Esta doença tem alcance mundial- especialmente em climas temperados e tropicais. Implica uma enorme importância económica uma vez que, pode ser responsável pela queda de postura (40% de perda). Ocorre principalmente em aves de postura e raramente em frangos.

PROFILAXIA

Separar as aves afetadas
Alimentação rica em vitamina A
Antibiótico na água da bebida
Ventilação adequada:
Vacinação

TRATAMENTO

Antibióticos
Clorar (ou adicionar desinfetantes á base de iodo) a água de bebida.





SÍNDROME DE QUEDA DE POSTURA

É uma doença infectocontagiosa, de ocorrência em vários países do mundo, que afeta as galinhas adultas causando, diminuição da qualidade interna do ovo e má qualidade da casca. Assim, a importância econômica está ligada à perda na produção e má qualidade dos ovos.
O ADENOVÍRUS EDS afeta apenas as espécies aviárias mantendo-as aparentemente saudáveis e não causa danos à saúde humana. Como sinais clínicos podemos observar diarreia severa durante a fase e crescimento, sonolência, baixo consumo de ração e por vezes, as galinhas comem os ovos. Os ovos por sua vez, aparecem com casca fina,
sem casca, com casca deformada e descolorida, com redução no peso e depósito de cálcio sobre a casca, Esta enfermidade não causa mortalidade nas aves.

PROFILAXIA

Vacinação
Não utilizar galos suspeitos no acasalamento de aves
Não utilizar equipamentos de lotes positivos em lotes negativos
Desinfecção dos aviários com ou solução de iodo
Utilizar hipoclorito de sódio à base de 3 ppm na agua de bebida das galinhas para
evitar possível contaminação por aves aquáticas em reservatórios naturais.

TRATAMENTO
Não há tratamento para esta enfermidade.

GUMBORO

A doença infecciosa da bursa (IBD) ou doença de gumboro é uma virose que afeta aves de várias idades.
As aves afetadas apresentam: diarreia, depressão, prostração, cristas pálidas, atrofia, hemorragias musculares, edema, etc. Aparecem processos secundários como: menor resposta ás vacinas, maior incidência de coccidiose e outros processos patológicos.
O sorotipo 1 está presente na maioria dos aviários de grandes dimensões, comerciais.
Naqueles se pratica uma vacinação correta, os sinais clínicos são raros.




PROFILAXIA

A melhor é a prevenção. A vacinação das reprodutoras com vacinas inativadas para proporcionar uma boa imunidade passiva à descendência. Os pintos devem ser vacinados com vacinas vivas no momento em que os níveis de imunidade maternal sejam adequados para que a vacina não se neutralize. São utilizadas várias fórmulas para calcular a idade ideal de vacinação. A "Fórmula
Deventer" é utilizada nos Países Baixos. Esta tem vantagens como o poder ser
usada para todo tipo de aves: frangos de corte, matrizes e poedeiras; as datas de coleta de amostras de sangue são flexíveis: de 1 a 10 dias após a eclosão; permite determinações em lotes com distribuições uniformes c também irregulares de títulos e pode ser aplicada para todos os tipos de vacinas contra
1BD.

TRATAMENTO

Não existe um tratamento eficaz contra a doença. O que se pode fazer é controlar os agentes secundários e os efeitos da imune supressão.

NEWCASTLE

Virose respiratória, também com sintomatologia nervosa e digestiva. É altamente contagiosa. Também conhecida por pseudo-peste.
As aves apresentam conjuntivite, podendo haver secreção abundante; problemas respiratórios associados a Mycoplasma sp; diarreia esverdeada e mais tarde começam as complicações nervosas como torcicolos (pela encefalite), queda de postura (até 100%). ovos deformados, tarsos assentes no chão, etc.
Enfermidade político sanitário que pode matar até 100% das aves de um lote de qualquer espécie e qualquer idade. A exportação fica inviabilizada se não houver controle da doença no país.

PROFILAXIA

 Boa desinfecção dos galinheiros
Separar as aves doentes.
Vacinação dos pintos nos primeiros 15 dias de vida, Revacinação.

LARINGOTRAQUEÍTE INFECCIOSA

A Laringotraqueíte Infecciosa (LT1) é uma doença respiratória aguda e altamente contagiosa das aves. A importância desta doença deriva das perdas econômicas ocasionadas pela alta mortalidade, diminuição do desempenho produtivo e diminuição da produção de ovos e alto consumo de medicamentos,
Embora a Laringotraqueíte possa afetar todas as aves, em qualquer idade, as galinhas são os principais hospedeiros da doença e os sintomas são mais observados nas aves já adultas.
A porta de entrada natural da doença o trato respiratório superior e a via ocular, e a transmissão ocorre pelo contato direto entre aves ou indiretamente através de equipamentos e cama contaminados. Em geral, o curso da LT varia entre sete a dez dias pode-se manifestar de duas formas. A primeira delas é a forma aguda, na qual a ocorrência e a disseminação são rápidas, com alta mortalidade chegando a ser maior que 50%. Algumas aves morrem com bom peso corporal e pescoço distendido devido à dificuldade respiratória. Sinais clínicos como a tosse normalmente ocorrem acompanhados da observação de coágulos de sangue nas narinas e no piso.
A outra forma de manifestação é a subaguda. Onde a sintomatologia é semelhante a anterior, porém com a mortalidade variando entre 10% e 30%. Além das perdas decorrentes da mortalidade de aves, a LT é responsável pela queda na produção de ovos, porém sem afetar a sua qualidade.

PROFILAXIA

Vacinação
Boa lavagem e desinfecção dos pavilhões;
Aquecimento dos galpões por 100 horas a 100 °F, antes do alojamento de novas aves;
Reforçar as medidas de biossegurança.

SÍNDROME DA CABEÇA INCHADA:

A SHS, ou Síndrome da Cabeça Inchada, é uma enfermidade que acarreta a um quadro respiratório, com edema facial e submandibular, presença de sinais nervosos, queda na produção e na qualidade dos ovos. Em frangos são observados secreção nasal, depressão e edema subcutâneo. Com frequência os quadros são agravados pela presença de infecções secundárias, principalmente E. Colí.
Em matrizes e poedeiras a mortalidade fica em torno de 1% a 3%, porém ocorrem perdas devido à queda de postura de 1% a 10% durante 2 a 3 semanas e aumento da morte embrionária em incubadora em tomo de 3% a 10%.

PROFILAXIA 


Manejo e densidades adequadas.
Controle ambiental de poeira e amordaço (níveis inferiores a 15 ppm).
Controle microbiológico da água

TRATAMENTO

Uma vez que a infecção pelo Pneumovírus Aviário não pode ser controlada por meio de medicação, o uso de vacinas atenuadas em aves jovens, e inativada em matrizes e poedeiras comerciais antes do inicio da postura, tem sido amplamente recomendado.

BOTULISMO


É uma intoxicação aguda causada pela neurotoxina* do Clostridium botulinum.
Provocando debilidade, prostração e paralisia flácida que levam à morte.
As aves afetadas apresentam: paralisia flácida das pernas, asas, pescoço e terceira pálpebra. Inicialmente, as aves afetadas ficam deitadas e não se mexem (se forçadas a caminhar, parecem aleijadas). As asas caem o pescoço encontra-se distendido para frente e apoiado no chão. As aves afetadas apresentam penas arrepiadas, que podem ser facilmente destacadas da pele. Por vezes, observa-se diarreia.

PROFILAXIA

Recolhimento rápido das aves mortas e incineração
Remoção das camas, limpeza e desinfecção com hipoclorito de cálcio ou formalina.
Controle de moscas

TRATAMENTO

Isolamento das aves doentes
Antibióticos (estreptomicina, etc.) para redução de mortalidade.

ENTERITE NECRÓTICA

É uma emerotojiemia aguda, não contagiosa encontrada principalmente em animais jovens. Suas características são o aparecimento súbito, a necrose confluente da membrana da mucosa do intestino delgado, rápida debilidade e morte. As aves apresentam severa apatia, diminuição do apetite.

PROFILAXIA

Manuseio ambiental adequado
Uso de enzimas para diminuir a viscosidade intestinal
Uso de probióticos, que colonizam o trato intestinal, reduz o PH, produzem bactericidas.
Uso de ácido orgânico

TRATAMENTO

Antibióticos

COCCIDIOSE

É uma das doenças mais importantes da avicultura.
Não bastando o fato de que o agente cause enterite e diarreia, consequentemente, uma diminuição na absorção intestinal de nutrientes, há ainda um efeito sinérgico dos coccídeos com outras doenças.
A coccidiose intestinal da galinha é devida à presença de uma bactéria a Eimeriatenella Esta produz uma afecção grave e contagiosa, causadora de perdas consideráveis, É muito resistente podendo viver de um ano para o outro. São principalmente os animais novos os mais atacados e os menos resistentes,
À infecção faz-se por via digestiva e são as aves que comem as fezes, água ou ração contaminadas que apanham a doença.
Os pintos doentes mostram-se arrepiados com as asas caídas, friorentos, umas vezes o apetite mantém-se outras não, geralmente são afetados na 1o há 10° semana. Os sinais clínicos apresentam graus variados de patogenicidade aos seus hospedeiros, dependendo qual a espécie de Eimeria que provoca a doença.

PROFILAXIA

Higiene nos aviários
Separar as aves afetadas
Alimentação à base de lacticínio.
Coccidiostático natação
Vacinação