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6 de set. de 2020

Instalações e Alimentação dos Marrecos


Instalações

As instalações para os marrecos podem ser simples, a fim de abrigá-los do sol, das chuvas, dos ventos e da umidade. A diferença que existe entre abrigar patos e marrecos é que, para estes últimos, as cercas podem ser mais baixas, isto é, de apenas 60 cm de altura, enquanto para o pato precisam ter 1,80 m, para evitar as avoadas.
Para fazer as instalações para uma criação caseira, podem-se utilizar materiais como tijolos de barro, blocos de cimento, tábuas, qualquer tipo de madeira e até paus roliços ou mesmo bambus. A cobertura pode ser de telhas de barro, eternit e até mesmo de sapé.



Por exemplo, para abrigar um lote de marrecos reprodutores, composto por seis fêmeas e um macho, o abrigo poderá ter 2 m de frente por 1,2 m de fundo, devendo possuir um parque com pelo menos 10 x 4 m de extensão. Para criar vinte fêmeas e quatro machos, uma área de 6 x 3 m também é aceitável. A água, sendo natural, isto é, vinda de uma nascente, por exemplo, seria ideal, mas na sua falta podem-se também construir tanques, renovando a água quando necessário. O banho dos marrecos deve ser sempre no fundo do parque, a fim de evitar que traga umidade para o abrigo.
Se os dormitórios dos marrecos forem feitos em série, para abrigar alguns lotes de idades diferentes, as divisões internas não precisam ter mais do que 60 cm de altura, pois isto também facilita o trabalho do tratador, que poderá pulá-las para atingir os vários lotes.
O chão dos abrigos do dormitório deve ser cimentado, a fim de facilitar a limpeza, porém recoberto com cavaco de madeira ou material semelhante. É necessário colocar na porta de entrada das aves um sarrafo com 4 cm de altura, para que não levem para fora a cobertura
do piso.

Abrigo rústico e simples para marrecos. Parque com 10 x 4 m para seis marrecas e um marreco.

As aves convivem em harmonia.

Independentemente da porta do tratador, deve-se fazer uma portinhola em cada abrigo para a saída e entrada dos marrecos, a qual deve ser fechada como uma guilhotina, principalmente à
noite, evitando-se que animais possam perturbar a tranqüilidade das aves.

Gaiola para manter a choca presa,ficando os marrequinhos livres.

Quando os marrecos são confinados, deve-se distribuir nos cochos, ou juntamente com a ração, casca de ostra moída, a fim de supri-los com o que encontrariam em
liberdade como, por exemplo, cascalhos. Também
convém juntar à ração 10% de farinha de carne, para nutri-los com proteínas, e areia grossa à
vontade.
Os marrecos podem ser criados em completa liberdade, sem nenhuma cerca e dispondo apenas de um abrigo para se recolherem à noite.
Devem criar esse hábito desde pequenos, mas se forem adquiridos adultos, é suficiente que haja um marreco treinado a se recolher no abrigo para que os novatos o sigam.

Observações
Para transportar o marreco, deve-se apanhá-lo pelo pescoço; para carregá-lo, deve-se passar a mão por baixo do peito. As pernas são fracas e podem se quebrar facilmente.

Alimentação

Na primeira semana, deve-se distribuir a ração cinco vezes ao dia: às 7, 10, 13, 16 e 18 horas. É importante dar o suficiente para que não falte nem sobre. Na segunda semana, deve-se dar quatro vezes ao dia: às 7, 11, 16 e 19 horas; e, até a sexta semana, três vezes ao dia:màs 7, 13 e 18 horas.
Quando os marrecos são tratados racionalmente, desde que tenham boa procedência, com ração adequada (de crescimento, postura e engorda) e equilibrada, o ganho de peso do marrequinho até o abate é muito rápido. Pode ser comercializado a partir de 60 dias de seu nascimento, possuindo carne bem tenra e deliciosa, superior à carne do pato.



Regras para o sucesso
. • Iniciar a criação com bons reprodutores.
. • Localizar as instalações das aves em um lugar seco, sem umidade.
. • Fornecer proteção nas horas de forte calor.
. • Dispensar cuidados especiais aos marrequinhos nos primeiros 30 dias.
. • Fornecer alimentos pastosos e água abundante.
. • Resguardar as aves das chuvas em abrigo/dormitório.
. • Garantir uma boa higiene.
. • Escolher boas chocas para a incubação.
. • Fornecer muito verde na alimentação, picado ou em feixes pendurados.
. • Fornecer ração de boa procedência é muito compensador.
. • Proporcionar às aves um ambiente tranqüilo, sem que sejam importunadas por outros animais domésticos.




23 de ago. de 2020

Raças e Incubação de Marrecos


Raças

Uma das melhores raças para a criação caseira, não resta a menor dúvida, é a marreco-de-pequim, pois se presta perfeitamente para carne e ovos. Para quem deseja iniciar uma criação, o mais interessante é adquirir exemplares com 21 dias, encontrados nas casas que comercializam aves vivas. O marreco-de-pequim é originário da China. De cor branca, o macho chega a pesar 4 quilos, enquanto a fêmea pesa cerca de 3,5 quilos. A postura des-sa raça, em média, é de 80 a 120 ovos por ano.
A raça conhecida como multicolor é um cruzamento de quatro raças: marreco-de-pequim, rouen-do-canadá, corredor-indiano e kakicampbell.
Para quem deseja grande postura, o corredor-india-no é o mais indicado, chegando a pôr mais de 150 ovos por ano. O macho pesa 2 quilos e a fêmea, 1,8 quilos. As marrecas iniciam a postura com quatro meses. São mais esguios e seu andar é empinado, chegando a se assemelhar ao pingüim.

Marreco de Pequim
Marreco-corredor-indiano.
Marreco-de-topete.

Além das raças citadas, ainda existem outras, como orpinton, campbell e rouen, que seriam mais variedades de aves ornamentais e não para postura. Na criação para consumo, porém, vale mais a pena optar por raças que já demonstraram ser resistentes e bem adaptadas ao nosso clima, produzindo carne em curto espaço de tempo, em vez de fazer experiências.

Incubação
A marreca não choca; no entanto, quem faz uma pequena criação não precisará adquirir incubadeira para poucos ovos. A incubadeira precisa de vigilância durante os 30 dias de incubação.
Ovos incubados por incubadeiras dificilmente atingem sua totalidade de eclosão, enquanto na incubação natural, isto é, por meio de patas ou galinhas, chegam a atingir, de um modo geral, até 100%.
Os ovos de marreca podem ser cobertos por uma pata, perua ou galinha caipira. A pata pode cobrir de 13 a 15 ovos, enquanto a galinha, apenas 8. O choco é de 29 a 30 dias. Tanto a pata como a galinha sabem muito bem cumprir a missão que lhes é confiada, pois tratam dos ovos como se fossem seus. Os marrequinhos, após o nascimento, podem ser dispensados das chocas, desde que sejam criados em criadeiras com calor artificial, pelo menos nos primeiros 15 dias.
O marreco torna-se reprodutor com 7 a 8 meses, mas é preciso fazer uma seleção dos que nascem, isto é, conservar aqueles que têm bom peso, vivacidade e peito bem largo, sem qualquer defeito físico.

Marrequinha-silvestre.
Rouen. Marreco-canadense.
Marreco-irerê.

Marrequinhos
Os primeiros 30 dias de vida dos marrequinhos são muito importantes; após essa fase, podem ficar livres, des-de que tenham onde se abrigar no caso de chuva ou sol muito forte. Em vez de ficarem completamente soltos, o mais indicado é que permaneçam no parque fechado, com água para se banharem num pequeno tanque.
Nesses primeiros 30 dias, devem ser criados em criadeiras, isto é, em um local com piso de tela, comedouros e bebedouros pelo lado externo ou interno mesmo, desde que não possam entrar neles. Em cercados com terra, desde que estejam protegidos dos ventos, chuva e sol, também se criam bem, se não houver umidade. Mesmo que os marrequinhos sejam chocados por perua ou galinha, podem-se colocá-los em criadeiras, dispensan-do-se as chocas, que ficam na gaiola, podendo assim reiniciar a postura. Nesses casos, os marrequinhos precisam receber calor artificial pelo menos até os primeiros 15 dias. Se a temperatura ambiente na ocasião não for muito fria, os marrequinhos costumam dispensar o calor bem antes do que os pintinhos.
Após o nascimento dos marrequinhos, não se devem dar alimentos nas primeiras 30 horas, porque eles possuem reservas suficientes para esse período.
Nos dois primeiros dias, os marrequinhos devem ser alimentados com pão molhado em leite desnatado, feito papinha; na falta de leite, pode-se misturar o pão com água e areia, ou ainda fazer uma papa de fubá bem fino. Após o quarto dia, já podem ser alimentados com ração inicial de pinto, em forma de pasta.




2 de ago. de 2020

Criação de Marrecos


A semelhança entre o pato e o marreco é muito grande* e, apesar de haver diferenças, muitas pessoas chegam a confundir as duas raças.
Numa linguagem popular, diríamos que o marreco é muito mais elegante do que o pato, não só por sua postura mas também por seu aspecto físico. O marreco é barulhento, quando se assusta faz muita balbúrdia, e seu andar é elegante, enquanto o pato só gras-na, anda lentamente e possui carúnculas na cabeça, que nas fêmeas são menos pronunciadas. O marreco, de modo geral, é mais esperto do que o pato em seus movimentos. As marrecas são mais poedeiras do que as patas, botando em qualquer lugar, até dentro da água, não necessitando de ninhos, e dificilmente chocam.
* Recomendamos que o leitor não deixe de ler a parte referente a Patos, onde encontrará algumas orientações preciosas.
Existem raças de marrecos mistas, que fornecem car-ne de boa qualidade e ovos, enquanto outras são mais direcionadas à postura.
Para uma criação caseira de marrecos de raça pura, pode-se iniciar apenas com um terno, isto é, duas fêmeas e um macho de boa procedência.
Para distinguir o sexo dos marrecos é preciso observar o rabo: o do macho se curva em direção ao corpo e o da fêmea é reto.
Tal como a criação de patos, a de marrecos também é compensadora no sistema caseiro, isto é, para consumo próprio ou para reverter em renda extra, quando se dispõe de maior quantidade de aves. Trata-se também de uma criação alternativa. A criação de marrecos, para quem possui áreas adequadas, como fazendas, sítios e chácaras banhadas por riachos ou lagoas, é ideal. Até mesmo sem água podem-se criar marrecos e patos, desde que eles a tenham sempre à sua disposição para beber.
Os marrecos produzem carne de excelente qualidade, como também ovos para o consumo, apesar de o mercado, de forma geral, não os receber muito bem. A criação de marrecos em propriedades rurais também tem o fim de embelezar o ambiente, proporcionando mais vida e prazer. Além de tudo, a natureza lhes fornece muitos alimentos, quando criados em liberdade, e com isso as despesas de manutenção se reduzem muito.
Isso não significa, porém, que o marreco não possa ser criado também em fundo de quintal, com espaço me-nor, sem água. Basta dizer que três marrecos podem viver perfeitamente em um 1 m˝. O marreco é uma ave muito resistente e dificilmente contrai doenças, tão comuns às galinhas. Estamos falando na criação artesanal de marrecos, mas quem deseja explorar essas aves com fins exclusivamente comerciais precisa tomar certos cuidados, iniciando com poucos
exemplares, a fim de aprender seu manejo, até poder se expandir sem risco, usando tirocínio, aumentando sua capacidade e com segurança, principal-mente na colocação da produção.
Antes de mais nada, é muito importante verificar o mercado consumidor: localização da granja, abastecimento de rações e proximidade de cidades para a comercialização, sejam restaurantes finos ou avícolas.

Criação
A postura da marreca geralmente se inicia com cinco meses e vai de julho a novembro, chegando a ser de 80 a 150 ovos por ano. A marreca não necessita de ninhos para a postura, porque costuma botar em qualquer lugar, até mesmo dentro da água. Recomenda-se deixar as marrecas nos abrigos até as nove horas da manhã, quando já botaram, para depois soltá-las. É por isso que se deve colocar uma cobertura sobre o chão do dormitório, feita com cavaco de madeira, serragem e casca de arroz, para evitar que os ovos se sujem com as fezes e que fiquem trincados. Geralmente, a marreca costuma procurar um canto beirando as paredes para fazer a postura. O ovo da marreca-depequim pesa, em média, entre 80 e 90 gramas.
Logo após a soltura dos marrecos, os ovos devem ser recolhidos e limpos. Deve-se verificar se os ovos não estão trincados ou com defeitos; se estiverem, não servirão para incubar nem para serem comercializados, so-mente para consumo em casa. Os ovos devem ser guardados em lugar bem arejado. Muitas vezes, quando as marrecas põem os ovos na água, eles vão para o fundo e só reaparecem quando estão estragados.
Os primeiros seis ovos de uma marreca que inicia a postura não servirão para incubar, pois geralmente são estéreis.

Os marrecos-de-pequim podem ser criados com ou sem água para seus banhos.




28 de jul. de 2020

Cuidados com os Patos e Marrecos


Cuidados

Alimentação
A alimentação do pato e do marreco pode ser igual, principalmente para o criador de fundo de quintal, como se costuma dizer. Pode-se economizar muito, principal-mente fornecendo verduras e legumes cozidos e até, para quem possui uma área razoável, o milho, que deve entrar na ração em boas proporções, como veremos mais
adiante.
Tanto o marreco como o pato comem por dia, em média, 200 gramas de ração, independentemente do verde, do qual são grandes apreciadores.
Na alimentação desses palmípedes, devem entrar milho, farelo de milho, farelo de soja ou de trigo, quirera de arroz, ração de galinha e sobras de comida caseira.
A ração, tanto para os patos como para os marrecos, deve ser sempre fornecida em forma de pasta, porque des-sa maneira eles comem mais e, conseqüentemente, engordam mais rapidamente.
Quando a ração é fornecida seca, eles comem bem menos e não adquirem peso, como deveria ser.
Se as aves forem criadas em confinamento, um bom sistema para distraí-las e, ao mesmo tempo, favorecer sua saúde é pendurar feixes de folhas de confrei na altura da cabeça das aves. A verdura ou qualquer outro verde não deve ser distribuída no chão, pois dessa maneira é rejeitada.

Para as aves confinadas, a distribuição da ração deve ser feita três vezes ao dia — pela manhã, ao meio-dia e à tardinha; para as aves que estão em liberdade, basta duas vezes ao dia — uma pela manhã e outra à tarde.
Os patinhos recém-nascidos só devem receber a primeira alimentação após 30 horas do nascimento do último da ninhada, e ela deve ser constituída de pão molhado em água ou, se houver facilidade, em leite desnatado. Também podemos usar a ração inicial para patinhos,
encontrada no mercado especializado, que deve ser distribuída em forma pastosa, misturada com verdura bem picada, a fim de que eles possam comer sem dificuldades e ir se habituando com o verde. As verduras a serem distribuídas podem ser almeirão, couve e serralha, entre outras, devendo-se evitar a alface.
À medida que os patinhos vão crescendo, deve-se substituir a alimentação pela ração de crescimento, a qual também deve ser distribuída em forma pastosa, isto é, molhada, porém sem ser encharcada, misturando-a com verduras picadas e podendo-se ainda acrescentar 20% de quirera de milho.
Após três meses de idade, utiliza-se a ração de pos-tura, acrescentando-se de 30% a 40% de milho triturado, incluindo sempre verduras e legumes cozidos.

Engorda
O pato é uma ave que praticamente come de tudo, com a vantagem de poder receber sobras de hortas e de comida (desde que lavadas com água quente, para tirar a gordura).
Quando se pretende engordar patos, deve-se tirar o banho e evitar que façam muitos exercícios para não desperdiçar energias e melhorar a carne, pois com a natação ficam mais musculosos.
O parque de engorda deve ser compatível com o número de aves,isto é, dois exemplares por metro quadrado. O que não deve faltar é água para beber, sempre em abundância e limpa. Quando o pato ingere os alimentos, seu bico fica impregnado de ração; por isso, ele procura
mergulhá-lo na água para limpá-lo.
Na engorda, os alimentos devem ser distribuídos até cinco vezes ao dia. Após ingerirem os alimentos, os patos deitam e descansam; com isso, ganham peso em curto espaço de tempo. A área destinada à engorda não pode ser úmida, mas deve possuir abrigos contra o sol e a
chuva.
O pato com 60 dias está bom para o corte, possuindo carne bem tenra, de ótima qualidade. Muitos dizem que a carne do pato é muito dura, mas isso só acontece se a ave já é velha, o mesmo ocorrendo com as galinhas, os pombos, etc., pois os borrachos — filhotes de pombo que ainda não voam — é que devem ser consumidos, preparados de várias maneiras.
Existem criadores que afirmam que os patos para o abate estão bons quando as penas das asas se cruzam.
O crescimento ou mesmo a engorda dependem, naturalmente, da qualidade dos alimentos distribuídos.

Saúde
O pato é muito resistente a doenças, bem diferente do que acontece, por exemplo, com os pintinhos e mesmo com as galinhas. O principal cuidado que se deve ter com os patinhos é com relação às chuvas e ao sol muito quente, principalmente nos primeiros 30 dias de vida. Porém, quando adultos, eles se tornam fortes, muito rústicos e dificilmente contraem quaisquer doenças. Mesmo diarréia e coriza são pouco
freqüentes, desde que sejam alimentados adequadamente.
O que dissemos com relação aos patos também é válido para os marrecos, que são igualmente de grande rusticidade. Costuma-se dizer que os patinhos ou marrequinhos só morrem quando pisados.

Higienização
Não resta a menor dúvida de que a higiene é um dos principais fatores para se evitar doenças em qualquer tipo de criação de aves domésticas.
Com esse cuidado, o criador deverá ser muito rigoroso, principalmente quando a criação é confinada.
O piso do dormitório, por exemplo, deve ser limpo a cada dois dias, no máximo. Quando o chão é cimentado, deve ser varrido e, em seguida, lavado, desinfetado com creolina misturada com água, na proporção de uma parte por cem, ou com lisofórmio bruto, na mesma porcentagem. As paredes também devem ser borrifadas com desinfetante.
O parque também deve ser limpo, a fim de evitar que os alimentos se misturem com as fezes e venham a ser ingeridos pelas aves.
Os excrementos recolhidos devem ser colocados numa esterqueira, a fim de serem curtidos e depois utilizados na horta, pomar ou jardim, como adubo.

Ninhos
Os ninhos, a cada mês, também devem ser limpos, renovando-se
a palha, o cavaco e a terra do chão, quando feitos de alvenaria.
A criação de patos e marrecos não deve ser misturada com outros
tipos de aves. No dormitório, as aves que se empoleiram deixam cair os
excrementos sobre os palmípedes, que ficam sujos e correm o risco de
contrair doenças.

É da natureza das aves aquáticas apreciarem um lago.

Regras para o sucesso
. • Iniciar a criação com bons reprodutores.
. • As instalações das aves devem se situar em um lugar seco, sem umidade.
. • Dispensar cuidados especiais aos patinhos nos primeiros 30 dias.
. • Fornecer alimentos pastosos e água abundante.
. • O abrigo/dormitório deve resguardar as aves das chuvas.
. • A boa higiene é fundamental.
. • Escolher boas chocas para a incubação.
. • As patas devem chocar seus próprios ovos.
. • Os ninhos devem ser adequados para que as patas se habituem a pôr os ovos sempre no mesmo local.
. • Fornecer muito verde na alimentação, picado ou em feixes pendurados.
. • Fornecer ração de boa procedência é muito compensador.
. • As aves devem viver em um ambiente tranqüilo, sem serem importunadas por outros animais domésticos.




12 de jul. de 2020

Instalações para Criação de Patos e Marrecos



Instalações

Terreno
O terreno onde se deseja fazer a criação de patos não deve ser inteiramente plano, a fim de evitar formação de lama e empoçamento das águas de chuvas. Um ligeiro declive será o ideal para a formação da área destinada aos patos. Se o lugar onde vão ser instalados os parques
e abrigos possuir água corrente, será mais vantajoso, podendose construir os cercados abrangendo o terreno seco, com canaletas para a passagem da água. Mas se o lugar permitir que se traga água por gravidade, também será muito bom para a localização dos parques.
Mesmo em terreno que não possua água corrente também se podem criar patos, fazen-do-se um tanque de alvenaria, cujo tamanho deve ser compatível com o número de aves que se deseja alojar.

Abrigo/dormitório para patos e marrecos.

Um tanque medindo, por exemplo, 3 x 2 m pode perfeitamente abrigar 20 patos. 
A profundidade do tanque não precisa ter mais do que 30 cm, mas a água deve ser renovada uma ou duas vezes por semana.
Em uma área, por exemplo, medindo 10 x 10 m, po-dem-se criar até 100 patos. A área para cada pato é de 1 m˝.

Abrigo e parque
As instalações a fim de servir de abrigo/dormitório para os patos podem ser simples, visando principalmente abrigá-los das chuvas, do sol e dos ventos. Para manter um lote de reprodutores, composto de seis patas e um pato, o dormitório pode ter 2 m de largura por 1,5 m de fundo. Um parque com 2 m de largura por 10 m de comprimento é suficiente, a fim de que as aves possam fazer exercícios. O dormitório pode ter o telhado com uma água e o pé direito de 1,5 m e, na parte traseira, 1,2 m. Caso se deseje manter vários lotes, podem-se construir os abrigos em série, com separações internas. Esse processo de manter lotes
separados garante maior fertilidade dos ovos, o que quer dizer maior porcentagem na eclosão.
O piso dos dormitórios deve ser cimentado ou mesmo tijolado, para facilitar a higiene. Deve-se forrá-lo com cavaco de madeira, a fim de evitar a friagem, pois, como se sabe, os patos dormem deitados.
Para abrigar os patinhos com mais de 30 dias, é preciso construir parques e abrigos com medidas compatíveis com a quantidade de aves que se deseja alojar.

Abrigo de campo para patos e marrecos.

As paredes laterais dos dormitórios podem ser feitas de alvenaria ou madeira até a altura de 60 cm, e depois completada com tela, a fim de permitir uma boa ventilação, como também para evitar a entrada de animais que podem matar as aves. De preferência, os abrigos devem ser construídos de frente para o nascente.
Os parques para reprodutores, como também para os marrequinhos em crescimento, devem ser gramados. Havendo espaço suficiente, convém fazer dois para cada dormitório; assim, pode-se fazer o revezamento, porque enquanto um gramado está se desgastando com as aves, o outro permanece em recuperação. A melhor maneira de criar patos, porém, principalmente em sítios e chácaras, é deixá-los em plena liberdade. Os patos em liberdade aproveitam melhor os alimentos fornecidos pela natureza, como insetos, vermes, sementes, areia e o verde; com isso, gasta-se menos em rações concentradas.
Se a criação é feita em plena liberdade, devem-se construir pequenas casinhas para abrigar a pata e os patinhos, por ocasião das chuvas e do sol.

Comedouros
Apesar de o pato ser considerado uma ave “porca”, isto é, come de tudo e entra em qualquer água, mesmo que completamente suja e enlameada, não devemos for-necer-lhe os alimentos no chão, mas sim em comedouros. Esses comedouros devem ser lavados pelo menos uma
vez por semana com água e sabão, a fim de eliminar os resíduos, que podem fermentar.
Os comedouros para os patos devem ser feitos e distribuídos de modo que todos possam se alimentar ao mesmo tempo, na hora da distribuição da ração, sem brigas. Pode-se considerar o espaço de 15 cm de comedouro para cada ave; isto quer dizer que, em 1 m, podem-se alimentar 14 patos nos dois lados.
O comedouro com 1 m de comprimento poderá ter 20 cm de largura por 10 cm de altura.
Ao redor do comedouro deve haver uma área cimentada com 1,5 m de largura e 1 m de comprimento.

Comedouro para patos. A área cimentada ao redor evita a formação de lama.

Bebedouros
Apesar de o pato enfiar o bico em qualquer tipo de água, seja ela limpa ou barrenta, devemos fornecer-lhe água em bebedouros limpos e funcionais, trocando-a até duas vezes ao dia, se necessário. Se a água fornecida aos patos for limpa, serão diminuídos os riscos de doenças.
Um tipo de bebedouro que se consegue com certa facilidade é o feito de pneus usados de carros, que devem ser cortados ao meio.
Podem-se também construir bebedouros de cimento, pois esse tipo conserva a água sempre fresca, desde que colocado em local com sombra.
Para fazer um bebedouro de cimento, basta ter um pouco de habilidade manual. Faz-se uma caixa de madeira, de acordo com o tamanho do bebedouro desejado; dentro desta caixa, deve-se fazer outra, porém com 3 cm a menos em todos os lados, inclusive na parte do fundo. Pos-ta uma caixa dentro da outra e prendendo-as na borda por dois sarrafinhos, coloca-se uma armação de arame grosso em toda a volta e no fundo.



Antes de encher a fôrma com cimento, convém dar uma passada de óleo queimado internamente. O concreto deve ser preparado com três partes de areia por uma de cimento. Primeiramente, faz-se o fundo; quando estiver completo,Pneu cortado ao meio serve como bebedouro. vão-se enchendo todas as laterais até a borda. No dia seguinte desmonta-se a parte interna com muito cuidado, para depois retirar a parte externa. Em seguida, dá-se uma demão nas partes interna e externa com a calda de cimento puro misturada com água; deixa-se secar e dá-se a segunda demão. Quando estiver seco, deve-se colocar água e renová-la durante cinco dias, antes de colocar o bebedouro em uso.
Para que os patos ou patinhos não entrem no bebedouro, deve-se fazer uma cobertura, 20 cm  como se fosse uma casinha, gradeada ao redor; assim também se evitarão sol, chuva e que caia sujeira na água.
No mercado especializado em avicultura, existem muitos tipos de bebedouros, confeccionados com barro, alumínio, folha-de-flandres e plástico, mas acreditamos que o criador caseiro que o confeccionar em casa estará economizando.
Para evitar a formação de poças e lama em torno dos bebedouros, é de bom alvitre construir uma área cimentada de 1 m˝.
A – caixa externa.
B – caixa interna com 3 cm a menos do que a externa.
C – espaço de 3 cm para o concreto.
D – sarrafos para manter o espaço das laterais e fundo.
Concreto: três partes de areia para uma de cimento.

Bebedouro de cimento.

Lago de chuva
O sitiante ou chacareiro que não possuir nascentes em sua propriedade e desejar formar um lago artificial para criar peixes e aves aquáticas, como marrecos, patos, gansos e marrequinhas, poderá criar um lago utilizando apenas água das chuvas.
Na área mais baixa do terreno, próxima a edificações (casa de caseiro, sede, etc.) constroem-se as muretas do lago e canos de PVC de quatro polegadas canalizam a água das chuvas que cai nos telhados para o lago.
Se o terreno for bem compactado não é necessário impermeabilizá-lo.
Nas margens, deve haver várias saídas para que as aves possam facilmente alcançar terra firme. Nas beiradas do lago deve haver casinhas com ninhos para a postura.
Nesse lago é possível a criação de peixes, juntamente com marrecos, patos e gansos e até marrequinhas selvagens.
Assim, o aproveitamento do legado da natureza pas-sa a ser uma alternativa: as chuvas são particularmente benéficas para a vida rural.




29 de jun. de 2020

Manejo Reprodutivo dos Patos


Incubação
Para o pequeno criador, nada mais prático do que usar as patas de sua própria criação para a incubação, pois elas são muito carinhosas no choco, deitando-se sobre os ovos com amor, resguardando-os bem e defendendo-os quando molestados por outras aves e pequenos animais; por isso, deve-se colocar o ninho em ambiente bem tranqüilo.
A pata pode chocar 13 ovos e o tempo de incubação é de 29 a 30 dias. Quando existirem muitos ovos destinados à incubação e não houver patas chocas, é possível também utilizar galinhas caipiras chocas, que podem cobrir apenas oito ovos.
É conveniente colocar várias aves para o choco no início da incubação. Dessa maneira, quando os patinhos nascerem, podem ser agrupados com uma única mãe protetora, e assim, a pata que ficou sem os patinhos iniciará a postura mais cedo, acontecendo o mesmo com a galinha. Essa transferência de patinhos para outra pata ou galinha deve ser feita durante a noite, para que os patinhos sejam bem aceitos.
Os patinhos recém-nascidos não necessitam tanto de calor, no início de sua vida, como os pintinhos, principalmente se a temperatura não estiver muito baixa.
Os ovos destinados à incubação devem ser guardados em posição horizontal, em local bem arejado, e virados diariamente, para que a gema permaneça sempre no centro. É curioso observar que, quando os patinhos foram cobertos por uma galinha, no momento de eles entrarem na água, ela vai ficar completamente desesperada, chegando a arrepiar as penas e gritar até eles saírem da água. A galinha que cria os patinhos é muito mais cuidadosa do que a pata.

Ninhos
A pata, para a postura, procura sempre um ninho, que deve estar em lugar tranqüilo. Casinholas feitas com restos de madeira servem perfeitamente para o ninho. Em cobertura, também se podem fazer os ninhos com tijolos, ou mesmo em caixotes, colocando-se dentro palha seca, capim e até mesmo cavaco de madeira.
Os ninhos devem ser feitos na proporção de um para cada grupo de quatro patas, quando os ovos se destinam à incubação artificial. Após a coleta dos ovos, é interessante deixar no ninho um ovo falso, isto é, de madeira ou gesso, servindo de chamariz.
Quando se faz a incubação natural, o mais indicado é manter um ninho para cada pata.

Ninho de tijolos. Bateria de ninhos para patas.

Abrigo e ninho para patas. Ninho individual para patas.

Os ninhos destinados às patas devem ser abrigados do sol e das chuvas. Como já dissemos, podem ser feitos com madeira, medindo 45 x 35 cm, devendo ser cobertos se colocados ao ar livre.
Quem dispuser, por exemplo, de uma barrica velha, poderá muito bem aproveitá-la para a feitura do ninho, não precisando de proteção no teto. A barrica será um ótimo local para a própria pata chocar seus ovos.

Patinhos
Nos primeiros 30 dias, os patinhos devem ser mantidos em cercados cobertos, abrigados da chuva, do sol e do vento.
Não é aconselhável que os patinhos entrem na água enquanto não estiverem empenados. Por ocasião das chu-vas, mesmo mais tarde, eles devem ficar recolhidos nos abrigos; caso contrário, ficam com o corpo no sentido vertical, isto é, erguidos e assim a água escorre e eles recebem os  pingos diretamente, o que, muitas vezes, acaba por fazêlos cair de costas e grudar no barro, provocando sua morte.
O sol forte também é bastante prejudicial aos patinhos, por isso devem dispor de abrigos que fiquem sob a sombra de árvores ou que tenham sido construídos. O que não deve faltar, de forma alguma, é água sempre fresca e abundante em bebedouros higiênicos, feitos de tal maneira que não permitam a entrada de aves. O dormitório dos patinhos deve estar completamente isento de umidade e de corrente de vento, mas deve ser arejado.
Os patinhos que nascem brancos vão ficar amarelos, enquanto os pretos mantêm sua cor.

Reprodutores
A idade do pato para reproduzir é de 8 a 10 meses e, no máximo, até dois anos. Os patos escolhidos para reprodutores devem ter aspecto bem sadio, com boa conformação física, sem defeitos nos pés e nas asas.
O macho sadio possui a cabeça bem grande, em comparação com a da fêmea, uma espécie de topete e a cabeça coberta por carúnculas.
Quando molestado ou assustado, suas penas se levantam.
Os machos, de um modo geral, chegam a pesar entre 4 e 4,5 quilos; as fêmeas, entre 3 e 3,2 quilos. Para se obter boa fertilização dos ovos, devem-se possuir, em cada lote de reprodutores, quatro patas para cada macho, em vários cercados, de acordo com a quantidade que se deseja criar; ou pode-se utilizar apenas uma área grande, usando a proporção de um macho para cada grupo de quatro fêmeas. A cada dois anos convém trazer um macho novo para reprodutor, isto é, sangue novo para o lote, evitando a consangüinidade




12 de jun. de 2020

Criação de Patos e Marrecos (Raças)


A criação de patos ainda não atingiu a escala comercial no Brasil.
É mais fácil do que a de galinhas, porque os patos são aves de grande rusticidade e praticamente sem propensão a doenças, desde que mantidos num ambiente higiênico e isento de umidade.
Os patos podem e devem ser criados por fazendeiros, sitiantes e chacareiros, como também em fun-do de quintal, porque não dão trabalho algum e representam mais carne na mesa e mais ovos para o consumo. 
Sua produção pode aumentar, na medida das necessidades, com a incubação natural. A criação de patos em escala comercial é problemática, em virtude da escassa produção de ovos.
Ovos de pata são recomendados para pessoas debilitadas, em gemadas, principalmente. As casas que vendem produtos dietéticos são as mais indicadas para a comercialização das sobras de ovos.

Pato-crioulo macho.

A criação de patos é muito simples, desde que se disponha de água para seus banhos. Quando não há disponibilidade de água natural, devem-se construir tanques, como veremos adiante. O pato pode ser criado sem lagos ou tanques, mas não é o ideal, pois dessa forma estaríamos contrariando a natureza da ave.
As patas geralmente procuram os ninhos que são destinados à postura e chocam com muito desvelo, cuidando muito bem das ninhadas.
Elas iniciam a postura quando atingem de 4 a 5 meses, botando entre 15 a 24 ovos, para depois chocá-los. Se os ovos forem cobertos por uma galinha choca, a pata per-de o choco em 15 dias e inicia nova postura. A média de postura de uma pata é de 60 a 80 ovos por ano, bem menos que as marrecas. O período de postura vai de julho a dezembro, como o das aves silvestres.
Para iniciar uma criação caseira de patos, o mais interessante é adquirir um terno, isto é, duas patas e um pato, de boa procedência. Pode-se ainda optar pela compra inicial de patinhos de 7 a 30 dias, encontrados em casas que comercializam aves vivas ou em criadores.
Ainda existe uma terceira opção, que é a aquisição de ovos férteis de granjas especializadas.



Raças

A raça mais utilizada pelos produtores é a crioula, de cores branca, preta e cinza, que pode cruzar com outras raças e até mesmo com o marreco, resultando num híbrido estéril. O pato doméstico descende da espécie selvagem da América do Sul, conhecida como pato-crioulo.
O pato selvagem brasileiro também pode ser criado em cativeiro; entretanto é preciso tomar certos cuidados com suas avoadas, pois ele aproveita para desaparecer nos campos e matas quando o ambiente não lhe é propício, principalmente no que se refere à alimentação e tranqüilidade.
Para evitar tais fugas, basta cortar as penas de uma das asas, até que se habitue. O pato selvagem vive principalmente no Pantanal Mato-grossense e outras regiões. De cor preta, ele é conhecido popularmente como “pato de asa branca”, porque possui penas brancas nas asas, o que pode ser observado com mais facilidade quando ele está em pleno vôo.
Vimos várias vezes, no Pantanal, bandos de patos que se somavam a outros milhares. Aves migratórias, eles sobrevoam aquela imensidão de lagoas procurando os melhores pastos para sua alimentação. O pato selvagem, de modo geral, alimenta-se de tudo o que a natureza pode lhe fornecer, como capim, ervas diversas, frutos silvestres, peixes e crustáceos. Gosta também de fuçar nas lagoas, onde pode encontrar vermes e outros seres que vivem nas águas.
Outra espécie de pato do Pantanal é o marrom-es-curo, cujos hábitos são os mesmos do pato de asa branca. Ele pode ser domesticado, desde que apanhado ainda novo, a fim de que se habitue ao cativeiro.
Ao entardecer, os patos selvagens procuram abrigo nas grandes árvores para passar a noite; no dia seguinte, voam grandes distâncias, à cata de alimentos. Os caçadores os perseguem sistematicamente.
Como já dissemos, no Brasil, são duas as raças de patos selvagens da família Anatidae. Uma de cor cinza chumbo, com reflexos metálicos, sendo o dorso verde e roxo e as coberteiras exteriores das asas, brancas. A outra espécie de pato selvagem, a preta, é a Sarkidiornis sylvicola, cujos machos possuem carúncula pronunciada.
Desde que não sejam molestados, esses patos podem ser domesticados, convivendo com outras aves, principalmente quando encontram alimento. Pode também acontecer de passarem o dia todo no cativeiro e, ao entardecer, levantarem vôo, retornando na manhã seguinte.

Pato-crioulo macho e duas fêmeas.