18 de nov. de 2020

Incubação dos Ovos de Perus

 Incubação

Natural

Aos iniciantes, aconselha-se a incubação natural, por ser mais racional e prática, pois quem vai cuidar dos ovos durante esse período será a perua choca.

A criação de perus também pode começar de outras formas, dependendo de como se queira encarar sua exploração: sistema caseiro; comercial para venda de aves e ovos; ou para povoar o sítio ou a fazenda. Pode ser iniciada com ovos, desde que sejam adquiridos de criadores idôneos; peruzinhos de um dia; perus com 21 dias ou ainda com aves adultas. Para maior fertilidade dos ovos destinados à incubação, deve-se manter um peru para cada grupo de cinco peruas.

Acreditamos que a melhor maneira para iniciar a criação é adquirir peruzinhos com 21 dias. Sendo assim, o princípio da criação caseira de perus, hoje em dia, é como o de galinhas, em que se dá preferência a pintos de um ou 30 dias ou ainda a frangas de 63 dias, que são mais resistentes, pois já superaram o período de maior mortalidade.

Depois da adaptação, com o decorrer do tempo, pode-se dar início à incubação dos ovos, porém devemse tomar certas precauções a fim de evitar problemas futuros. Os ovos destinados à incubação só devem ser chocados quando as peruas atingirem oito meses de idade e os machos, nove. Os primeiros ovos não servem para incubação, porque muitasvezes são estéreis, além de pequenos. Devem-se incubar os ovos de peruas precoces que tenham entre 75 e 85 gramas.

A coleta dos ovos deve ser feita de uma a duas vezes por dia, e eles devem ser conservados em lugares frescos, onde a temperaturanão ultrapasse os 16º C e nunca seja inferior a 2º C. Os ovos com mais de cinco dias destinados à incubação deverão ser virados duas vezes ao dia.

Uma perua choca pode cobrir de 15 a 18 ovos, dependendo de seu tamanho. A duração da incubação é de 28 a 30 dias.

Para completar o nascimento de todos os peruzinhos, devem-se aguardar 24 horas após o 28 dia. Os que não nascerem dentro desse período goraram, estão mortos dentro do ovo ou muito fracos, caso em que deverão ser sacrificados.

A primeira alimentação após o nascimento dos peruzinhos só deve ser distribuída depois de 24 horas. Quando os ovos são incubados por peruas, elas ensinam os peruzinhos a comer sozinhos, ao passo que os nascidos em incubadeiras precisam ser treinados a recolher o alimento de um papel no chão ou na criadeira.

Percebe-se que a perua ficou choca quando emite sons típicos, mais ou  como as galinhas, e permanece no ninho por longo tempo. Está apta, portanto, a cho-car os ovos. Apesar de uma perua poder chocar de 15 a 18 ovos, o nascimento de 12 perus pode ser considerado um bom resultado.

Durante o período de choco da perua, ela deverá receber água e alimentação sempre perto do ninho, com vigilância constante. Outro ponto importante é manter uma rigorosa higiene no ninho. Por exemplo,se um ovo se quebrar, a palha deverá ser limpa; se a perua evacuar no ninho, ele também deverá ser limpo. O resto ficará por con-ta da perua, que saberá cuidar bem do choco até o nascimento dos peruzinhos. Uma galinha choca também pode substituir a perua, cobrindo de sete a oito ovos.


Antes de colocar a perua para chocar, é preciso verificar se há parasitas em seu corpo. Se houver, é necessário polvilhar a perua com pó parasiticida para aves, a fim de não prejudicar a pele.

Artificial

A incubação de ovos de peruas também pode ser feita em chocadeiras artificiais, assim como ocorre com os de galinha. A temperatura a ser mantida é a mesma utilizada para os ovos de galinha (36º C), podendo-se aumentála um pouco na ocasião do nascimento.

A vantagem da incubação artificial é que os peruzinhos ficam livres de doenças que são transmissíveis pela perua ou galinha que chocou os ovos.

Além disso, há mais peruas para a postura, uma vez que não são utilizadas para o choco e a criação dos peruzinhos. No caso de a perua chocar, é colocada em uma gaiola especial, conhecida como “tirachoco”.

Campânula elétrica para aquecimento dos peruzinhos nascidos em chocadeiras.


A incubação artificial é destinada a grandes criações e, de maneira muito bem controlada, para fornecimento preestabelecido.

Na incubação artificial, do 24ao 28dia, é necessário deixar a incubadeira (chocadeira) fechada, sem tocar nos ovos. No manejo da chocadeira, o criador deve seguir rigorosamente as instruções do fabricante, ou seja, manter constantes o nivelamento, a umidade e a temperatura.

No início, após três dias de incubação, os ovos devem ser virados duas ou três vezes ao dia. Ao nascerem os peruzinhos, depois de secos, devem ser retirados da chocadeira e colocados em criadeiras com calor artificial ou campânulas.

Para que os peruzinhos aprendam a comer, uma boa medida é manter, perto deles, pintinhos nascidos na mesma época.

Se quisermos chocar, de uma só vez, mais de 50 ovos, aconselhase o uso da chocadeira. Uma chocadeira com capacidade para incubar 60 ovos de galinha pode comportar de 35 a 40 ovos de perua.

Exame dos ovos

No 20dia convém verificar se os ovos estão claros ou com embriões mortos. Muitas vezes, esses ovos se quebram, sujando o ninho e os outros ovos. O exame deve ser feito em lugar bem escuro, usan-do-se um ovoscópio ou o oco da mão, segurando o ovo contra uma lâmpada.

Assim verifica-se facilmente se estão claros ou com embriões mortos.

Os ovos claros podem ser aproveitados, depois de cozidos,misturados à ração, para enriquecer a alimentação dos peruzinhos.

Peruzinhos

Nascimento

A partir do 28ou 29dia de incubação, os peruzinhos iniciam o rompimento da casca, com o bico, livran-do-se do ovo por si próprios.

Não convém auxiliar os peruzinhos que não conseguirem sair por suas próprias forças, pois isso demonstra que são fracos, propensos a doenças e, por certo, não sobreviverão.

Muitas vezes, na incubação natural, alguns ovos demoram mais para eclodir. Com a demora do nascimento dos retardatários, a perua pode ficar irritada no ninho e pisar os demais filhotes, matando-os.

Neste caso convém proteger os peruzinhos já nascidos, colocando-os numa caixa com agasalhos, em compartimento sem vento ou corrente de ar, já que os recém-nascidos são sensíveis ao frio, e esperar que os demais nasçam naturalmente.

Quando todos tiverem nascido, devem ser colocados junto com a perua, tomando muito cuidado com relação ao frio e ao vento. Quando houver sol, eles podem ser colocados ao ar livre.

Um espaço cercado para colocar a perua com os peruzinhos é recomendável, a fim de evitar que outras aves ou mesmo os machos causem danos aos filhotes.

Cuidados

A fase inicial dos peruzinhos é muito delicada, e o criador precisa ficar bem atento. Durante os três primeiros meses, os peruzinhos devem ficar sob a proteção da perua ou em abrigo apropriado, evitando correntes de vento e umidade e mantendo o calor artificial. Quando os peruzinhos estiverem com a perua devem ser enxugados e aquecidos,pois a água e a própria umidade são os piores inimigos dessas jovens aves.

Depois de terem ficado três meses com a mãe, podem ser transferidos para pastos mais amplos, ou mesmo soltos em locais onde encontrem alimentos naturais, e se exercitem o dia todo à procura de insetos, sementes e pas-to verde. Quando o calor for muito forte, eles podem descansar à sombra das árvores.

Ao anoitecer, os peruzinhos devem ser recolhidos aos abrigos, onde passam a noite, a fim de se acostumar ao local. Desta maneira, as fêmeas se habituarão ao galpão e, quando chegar a hora de iniciar a postura, utilizarão os ninhos ali dispostos, facilitando a colheita e o controle, ao contrário das aves acostumadas a procurar capoeiras para a postura.

Os peruzinhos, ao completarem oito semanas, deverão ser vacinados, principalmente contra a bouba. Não havendo manifestações de outras doenças nos arredores, as demais vacinas são dispensáveis.




11 de nov. de 2020

Criação de Perus - Introdução e Raças


 

De corpo volumoso, o peru pode ser considerado a mais bela ave de quintal.

Atualmente, essa ave ocupa papel preponderante na avicultura brasileira, pois já não é mais consumida somente nas grandes festas anuais, como Natal, Ano Novo e Páscoa, mas durante o ano todo.

Antigamente, a criação de perus era uma espécie de tabu. Diziase que era muito problemática, porque uma grande porcentagem de aves morria antes de atingir os três meses de idade. (Era até comum dizer que, entre dez perus que nasciam, nove não completariam os três meses).

O peru é uma ave originária dos Estados Unidos e do México. Seus antepassados viviam em plena liberdade, em estado selvagem, alimentando-se do que a natureza lhes proporcionava: insetos, vermes, grãos, caramujos, capins e outros verdes, e também grãos de areia para auxiliar a digestão dos alimentos.

Para a reprodução, ou seja, a incubação, o peru se abrigava em capoeiras e lugares bem seguros que o protegiam dos outros animais, o que colaborou para a preservação da espécie. Atualmente ainda existem perus selvagens.

Vemos assim que se trata de uma ave de grande rusticidade, já que sobrevive muito bem em plena liberdade.

Levado para a Europa por volta do século XVI, o peru era conhecido na época como “galinha da Índia”.

Com sua domesticação — e cruzamentos para formação de raças mais rendosas —, a criação de perus como fonte de renda complementar dentro de uma propriedade agrícola, quando bem planejada, pode ser conduzida a contento.

Os três primeiros meses de vida são muito importantes na criação de perus. Nesta fase, eles deverão ficar a salvo de chuva, umidade e frio. Deve-se evitar o forte calor, para que não contraiam a “crise do vermelho”, uma espécie de insolação.

Após esse período de máximo cuidado, a rusticidade do peru é muito grande, e ele pode viver em plena liberdade, desde que haja espaço suficiente para seu desenvolvimento. Áreas com pastagens são mais recomendáveis, pois o peru se alimenta de capim, insetos e outros bichinhos. Temos observado criações em que os perus permanecem livres, sempre em pequenos bandos. Até mesmo os abrigos são substituídos por árvores. A alimentação é constituída apenas do que encontram nos campos; numa criação com melhor manejo, porém, será necessário alimentá-los com ração pelo menos duas vezes ao dia, não só para suprir as necessidades de proteínas como para habituá-los à convivência com o criador.

A melhor maneira de carregar um peru.


Raças

Todas as raças de perus domésticos descendem dos perus selvagens, cuja origem, como já vimos, é dos Estados Unidos e do México. Os índios daquelas regiões caçavam os perus, enriquecendo sua alimentação e aproveitando as penas em seus adornos.

Com a domesticação dos perus, por meio de cruzamentos e trabalhos de genética, conseguiu-se chegar a várias outras raças com características próprias, não só na mutação de cores como também no peso de cada espécie.

Há uma raça de peru que está em grande evidência nos Estados Unidos e não atinge um peso exagerado, servindo mais, como se costuma dizer, para o consumo familiar: é o peru beltsville branco. O macho chega a pesar 8 quilos quando adulto e a fêmea, 6 quilos. Perus jovens, com seis meses de idade, pesam cerca de 3,5 quilos e uma fêmea com um ano, 5 quilos.

Essa raça pode ser encontrada à venda com facilidade. Os exemplares com 21 dias já passaram pela fase crítica da vida, mas não queremos dizer com isso que se-jam aves às quais não deverão mais ser dispensados os devidos cuidados. Até os três meses o peru é muito delicado e precisa de resguardo, principalmente quanto a chu-vas, umidade, frio e calor. Depois dessa fase crítica, os perus readquirem seus hábitos ancestrais, tornando-se aves bem resistentes quando tratadas com os princípios básicos de higiene e alimentação.

Além do peru beltsville branco, as raças mais criadas no Brasil são as do peru standard bronzeado, a bronze peito largo, a holandês branco, a bourbon vermelho, a narragansett, a negro de Norfolk e a ardósia. O macho holandês branco chega a pesar 15 quilos, e sua fêmea, 8 quilos.

Já o macho bourbon vermelho atinge 16 quilos, enquanto sua fêmea pode ter até 9 quilos.



Peru holandês branco .

Originário do continente americano, o peru foi domesticado há mais de 200 anos pelo povo nativo do México. Apesar do peru comum ser o mais conhecido, há uma grande variedade de espécies. Neste artigo, conheça 8 delas.

O peru é uma ave conhecida mundialmente. Sua carne, apesar de ser considerada sem graça por alguns, é a mais vendida no período natalino. Por isso, a criação de perus tem se estendido por todo o mundo. Você sabe quais tipos de peru existem? Contaremos a seguir!

 

8 tipos de peru

Certamente há duas espécies que você já conhece, o peru comum e o pavão. Porém, estas não são as únicas. Vamos apresentar muitas outras a seguir.

Bronzeado americano

Esse tipo de peru – imagem principal do artigo – é muito parecido com o peru selvagem, porém seu tamanho é muito maior. Ele pode chegar a pesar até 15 kg, um tamanho que provavelmente não cabe em nenhum forno durante o Natal.

 

Suas asas são brancas, sua cauda é negra e partes do pescoço e da cabeça apresentam tons avermelhados. Um arco-íris de plumagem!

 

Holandês branco

Como seu próprio nome sugere, a maior parte de sua plumagem é branca, possuindo poucas manchas de outras cores alterando essa uniformidade. Sua cabeça parece se unir completamente à sua papada e ambas possuem uma cor vermelha intensa.

 

Peru holandês branco

Raça negra

Ao contrário do peru branco, esse é totalmente preto. Sua cor é brilhante, quase metálica, com um reflexo esverdeado que o caracteriza. Talvez esta seja a raça que mais se parece com o peru comum, o mais conhecido.

 

Peru negro

Vermelho bourbon

Esta raça possui uma mistura explosiva de cores. Sua plumagem brilhante possui um tom marrom chocolate, fazendo com que o branco em suas asas e cauda se destaque.


 

Peru vermelho Bourbon

Sua pequena cabeça com bico largo, seu pescoço e sua papada avermelhada são muito pequenos em relação ao resto do corpo, que se assemelha a um pompom gigante.

 

Branco de Beltsville

Esses perus chegam a pesar quase 8 kg e são animais caracterizados por serem muito saudáveis, possuindo um forte sistema imunológico. Por isso, muitos criadores escolhem essa espécie para começar sua produção.

 

Peru Branco de Beltsville

Possui grandes aptidões para a reprodução, sendo capaz de colocar até 158 ovos por época, dos quais 70% chegam a nascer. Incrível!

 

Bronzeado gigante

Esse tipo de peru é capaz de chegar aos 20 kg. Caracteriza-se por seu peito duplo, que é gigantesco, como é de se imaginar. Sua cauda em forma de um pequeno abanador possui a mesma cor uniforme de sua plumagem, que geralmente é marrom.

 

Perus bronzeados gigantes

As bordas das plumas possuem um tom grisalho, e na parte superior de seu pescoço destaca-se uma cor roxa, ressaltada com o vermelho da região.

 

Branco gigante

Esse também pode pesar entre 15 e 20 kg e, curiosamente, sua plumagem pode variar de tons dourados ao branco puro. No entanto, esta última cor foi mais aceita e os dourados foram descartados, dando lugar a uma raça totalmente branca.

 

Peru branco gigante

Esta escolha foi feita porque as plumas brancas fazem com que o animal tenha menos imperfeições na pele, algo muito mais aceito entre os consumidores da carne.

 

Ardósia

A cor de sua plumagem geralmente é cinza, apesar de algumas partes serem brancas. Seu pescoço é vermelho e sua cabeça possui uma tonalidade azulada.

 

Peru ardósia

Na cauda, ele apresenta uma bela linha preta que separa claramente as duas cores, o cinza e o branco, como se fosse um desenho da natureza.

É curioso que, apesar de haver muitas raças de perus, as mais utilizadas para consumo são as geradas em incubadoras, que são híbridos criados pelo homem. A maioria destes híbridos é descendente do Holandês branco.