26 de nov. de 2021

A ORIGEM DOS CANÁRIOS

 

A origem do canário belga é, obviamente, a Bélgica. No entanto, apenas a linhagem a que ele pertence é que veio de lá, pois os antepassados dos exemplares dessa e de outras variedades têm raízes nas ilhas Canárias, um arquipélago do Atlântico junto ao continente africano. Os canários-do reino, por exemplo, são da mesma espécie do belga, mas ganharam essa denominação por que as aves costumavam chegar ao Brasil vindas do ‘reino’ de Portugal. Já o canário-da-terra, sim, faz parte de uma outra espécie, nativa do Brasil.

Pertencente à família dos Fringilídeos, o canário-belga mede entre 14 e 15 centímetros da ponta do bico à extremidade da cauda. A cabeça é pequena e estreita, as pernas longas, o peito arredondado e cheio. A plumagem é compacta e lisa, sem frisos. Como é um animal de origem estrangeira, a criação não precisa de autorização do Ibama – Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Renováveis.

Existem mais de 400 cores de canários reconhecidas no mundo. Mas é a amarela, da linhagem belga, a mais popular por aqui. A busca por novas e diferentes tonalidades e combinações é um dos principais objetivos de boa parte dos criadores, que também se interessam pela definição do porte do pássaro. Apresentação em exposições e melhoramento genético da raça são outras finalidades da criação comercial do canário, que ainda desperta a atenção pelo seu belo canto.

O canário não dá trabalho. Exige pouco espaço, e sua criação pode ser mantida na cidade ou em áreas rurais, servindo até como terapia para algumas pessoas. Entretanto, como é pequeno e frágil, demanda cuidados no manejo. Quando em grupo, os pássaros podem ser acomodados em viveiros; casais podem ficar em gaiolas separadas. As gaiolas mais recomendadas são as de arame galvanizado, que podem ser encontradas facilmente no varejo.

Apesar de vulneráveis a doenças respiratórias, os canários logo se curam se prontamente tratados com medicamentos vendidos em lojas especializadas. Mas é preciso separar o pássaro doente, no caso de enfermidades mais prolongadas. É recomendável manter limpo o local de criação e fora do alcance do sol e do vento. Para evitar acúmulo de sujeira e falta de ventilação, mantenha a posição da gaiola a dois centímetros da parede.

Os objetivos da criação de canários podem ser:

1 – Diletantismo ou lazer (“hobby”);

2 – Terapia ocupacional;

3 – Ganhar concursos;

4 – Interesse científico;

5 – Criação de novas raças ou mutações;

6 – Melhoramento das espécies;

7 – Interesse financeiro;

8 – Interação social;

9 – Outros.

Quaisquer que sejam os objetivos, o início será sempre o mesmo – aprender acriar. Só depois é que se poderá  pensar na consecução dos objetivos pretendidos.

A proposta desta publicação é exatamente esta – ensinar os conceitos básicos, regras e procedimentos, orientando os interessados a dar os primeiros passos na criação de canários.

Como só se aprende a fazer, fazendo, a criação de canários ensejará muitas oportunidades para praticar esses ensinamentos e evidenciará a necessidade de aprofundar os conhecimentos, mediante pesquisas e estudos complementares.

Convém esclarecer que não existe obstáculo legal quanto à criação do canário doméstico e que a matéria é regulada pela Instrução Normativa nº03/2011, de 1º de abril de 2011, do IBAMA.

Quanto à questão de manter os canários aprisionados em gaiolas, por muitos considerado como maldade, saibam todos que libertá-los é que seria uma tremenda maldade, pois não encontrariam alimentos, não resistiriam às intempéries e muito menos saberiam se proteger dos predadores, não conseguindo sobreviver, isto porque há séculos que o mesmo é criado em cativeiro, tendo sofrido várias modificações através dos anos, inclusive em seu código genético, que, hoje, é muito diferente do pássaro silvestre de origem. Tanto é verdade que até muitos canários já não criam seus filhotes.

A contrapartida do esforço e dedicação empregados na criação de canários é a alegria de vê-los saudáveis, cantando e as emoções da reprodução, com o nascimento e crescimento de filhotes e para alguns, a felicidade de ver seus pássaros premiados em concursos e ter canários campeões.

Aqueles que desejarem participar de concursos e exposições deverão filiar-se a algum clube de criadores de canários e identificar seus pássaros com anéis da FOB – Federação Ornitológica do Brasil, fornecidos pelo clube.




10 de nov. de 2021

Sistemas de Criação de Galinhas Caipiras no Brasil

 

Definir um sistema que seja adequado para a propriedade é fundamental para o processo de criação de aves. 

Com base no sistema escolhido o avicultor vai projetar os espaços necessários para o manejo adequado de sua criação. 

A ocupação dos galpões deve ser de no máximo 10 aves por metro quadrado de área e os piquetes de 4 a 5 metros de área para cada ave. 

Para manter um bom programa de biosseguridade o avicultor deve obedecer o sistema de criação onde todas aves alojadas tenham a mesma idade, essa pratica é conhecida popularmente como “todos dentro todos fora”. Assim, é possível fazer uma limpeza e higienização de forma mais efetiva e que combinada com o vazio sanitário possa eliminar boa parte das bactérias do lote anterior. 

Sistema Intensivo

Assim como na criação industrial de frangos de granja, o sistema intensivo também se aplica na criação de galinha caipira. As aves são mantidas em confinamento do nascimento até a data de abate e é fundamental manter a densidade correta de aves para a capacidade do galpão, obedecendo um limite de no máximo 8 aves por metro quadrado. 

Sistema Semi Intensivo

O sistema semi-intensivo é bastante usado na criação de galinhas caipiras ele é uma combinação da criação intensiva com a criação solta, para isso é necessário a utilização de piquetes para as aves fazerem o pastoreio durante algumas horas do dia. O espaço para o piquete deve ser de no mínimo 4 metros quadrados por ave. 

Sistema Extensivo

Esse é o sistema que oferece as melhores condições para a criação de galinhas caipiras. Nesse sistema as aves passam o dia todo soltas, ciscando e se alimentado com gramíneas e restos de frutas e verduras produzidas na propriedade. Ao entardecer, são recolhidas no galpão onde possam se proteger contra predadores as intempéries climáticas e onde possam receber ração balanceada. O limite de ocupação dos piquetes é de uma ave para cada 5 metros quadrados de área.