26 de mai. de 2021

Fase de Reprodução do Avestruz


 

Fase de Reprodução – de 2 anos em diante:

Características Gerais:

• Início da postura aos 2 anos, vida reprodutiva de 20 a 30 anos. Há casos de animais que começaram a botar ovos com 18 meses.

• A média de postura é de 50 – 60 ovos por ano. Há fêmeas que chegam a botar até 100 ovos por temporada reprodutiva.

• A temporada reprodutiva, neste hemisfério, é de setembro a março, colocando um ovo a cada 48 horas (coloca 8 a 10 ovos, para uns dias, recomeça fazendo assim a recuperação necessária etc...).

• Normalmente a postura é feita no terreno, pode-se fazer um ninho na área coberta do piquete para a fêmea, ou fazer um ninho conforme croquiz e induzir a ave por os ovos ali. Também costuma-se colocar um ovo de madeira (ovo de indes) neste ninho para estimular a postura.

• Machos e fêmeas têm comportamento bem definidos para o acasalamento. O macho faz a dança nupcial, mexendo todo o corpo, asas e pescoço. A fêmea abaixa e levanta a cabeça a toda hora em resposta à dança do macho.

Instalações:

• Piquetes de 400 – 500 m2 por animal (20 x 50 = 1.000 m por casal)ou até maiores.

• O piquete deve ser feito em terreno com boa drenagem, pouca inclinação e com porteira, com cerca de arame liso de acordo com nossa planta.

• Corredor de 3m de largura entre os piquetes e cerca externa de alambrado com 1,8m de altura com malha variando de 2,5 a 3,0 polegadas.

• Área coberta para comedouros, de 4 x 5m e altura mínima de 2.5 m, com porteira para confinamento temporário dos animais.

• Pastagem resistente ao pisoteio.

• Muito cuidado durante a construção dos piquetes! Não jogar pedaços de arame, pregos lascas de madeira, ponta de cigarros etc..

• Depois de terminada a construção dos piquetes deve-se fazer uma revisão MUITO cuidadosa para retirar todos os materiais que possam ser ingeridos (arames, pregos, tocos de madeira, etc.).

Manejo:

• Fora da temporada de reprodução, machos e fêmeas ficam em piquetes separados. No início da primavera são formados os trios de reprodutores sempre levando em conta a relação macho-fêmea que propicia a melhor produtividade em termos de ovos fecundados (casais ou trios).

• O manejo pode produzir organização no estado selvagem, com o macho sendo posto em um piquete com uma ou mais fêmeas.

Contudo uma das fêmeas será predominante, ou seja, será mais coberta pelo macho. As outras fêmeas serão menos cobertas e conseqüentemente botarão menos ovos fecundados (que não gerarão filhotes).

• Por este motivo não convém por muitas fêmeas para um só macho; em geral nos criatórios comerciais os animais são postos em piquetes formando casais ou no máximo trios.

Alimentação:

• Ração com 12 % de proteína e suplementação de cálcio.

• Entre 1.200 e 1.400 gr de ração\dia.

• Água à vontade. Cada avestruz adulto bebe em média 10 litros de água por dia.

Patologias mais comuns:

• Traumatismos - Por serem animais assustadiços e estabanados, podem esbarrar numa cerca ou escorregar, sofrendo fraturas, luxações ou lacerações. Têm ossos longos. As lacerações resolvem-se bem, mas fraturas e luxações não são tão simples assim.

• Oclusão digestiva - Significa ingestão em excesso.

Pode ser causada por stress, devido a viagem ou a adaptação (mudança de piquete) onde as aves ingerem grande quantidade de alimento(ração ou pasto), ou de outros materiais (folhas secas, areia, etc.) causando a interrupção do trânsito digestivo e a morte por desnutrição. Podemos tentar uma solução fazendo lavagem gástrica com Nujol, massageando a barriga da

ave ou colocando-a no soro(cura difícil).

• Perfuração digestiva – É causada pela ingestão de materiais estranhos nos piquetes, (pedaços de madeira, areia, cimento ou longas hastes de capim) e não tem cura.

• Doenças infecciosas - Trata-se de espécie robusta, recém introduzida no território e criada em boas condições sanitárias (piquetes amplos, expostos ao sol com poucos animais). Maior atenção deve ser dada ao aparecimento de micoses sob os dedos dos pés (em geral ligadas a um piso freqüentemente úmido e/ou com urina e fezes acumuladas) e a parasitoses intestinais como helmintoses ou ácaros. Usamos mais ou menos o mesmo tratamento do gado ou aves.

• As doenças genitais podem afetar a reprodução dos animais, e, portanto devem ser tratadas até a cura completa do animal.

Postura:

• Os ovos pesam entre 1.200 e 1.800 gr.

• Tem a casca bem resistente e porosas, geralmente para identificação usa-se escrever nas casca com uma caneta hidrográfica, grafite ou etiqueta.

• O ovo deve ser coletado o mais rápido possível para evitar contaminação.

• Apesar de não ser um animal agressivo, o avestruz tem forte instinto de defesa do seu território e dos ovos. Por isso é preciso Ter instalações que facilitem o manejo e a coleta dos ovos.

• As fêmeas costumam por 1 ovo a cada 2 dias, fazendo assim um rodízio de postura.

• Os ovos são coletados, desinfetado e armazenados em ambiente fresco (18/20 Graus) e limpo (desinfetado) e posteriormente colocados nas incubadeiras , de preferencia uma vez por semana.

• É perigoso deixar os ovos em descanso por mais de uma semana pois há risco de morte embrionária e conseqüente diminuição da taxa de eclosão.

Incubação:

• A maior vantagem da incubação artificial é que, a fêmea não precisa interromper a postura dos ovos para chocálos, nem para cuidar de seus filhos.

• Permite uma maior taxa de eclosão.

• A incubação dura entre 41 e 42 dias.

• A temperatura na incubadora deve estar sempre entre 36 e 37 graus Celsius.

• A umidade relativa do ar deve estar entre 50% e 60%.

• Deve-se fazer a primeira ovoscopia na primeira semana para avaliar se há desenvolvimento embrionário. Depois disso, acompanha-se o desenvolvimento do embrião com o ovoscópio a cada duas semanas.

• Ao constatar que não está havendo desenvolvimento embrionário em qualquer dos ovos, este deve ser imediatamente retirado da incubadora para evitar a proliferação bacteriana e fonte de infecção para os outros ovos.

• Viragem automática de 2 em 2 horas

• Uma incubadora para 18 ovos custa em torno de R$4.800,00.

• É interessante ter 2 ou 3 incubadoras menores em vez de uma só grande para que se possa ter mais opções de temperatura e umidade, sendo que, alguns ovos perdem mais umidade que outros, assim fica mais fácil controlar a umidade entre os ovos.

Eclosão:

• Período que precede a eclosão e dura entre 2 e 3 dias.

• A temperatura nesta época deve estar entre 35,5 e 36,5 graus Celsius.

• A umidade relativa do ar no mesmo período deve estar entre 45% e 59%.

• Neste período interrompe-se a viragem dos ovos.

• O pinto leva em média 48 horas para sair do ovo, sendo que às vezes é preciso ajudá-lo.

• Após o nascimento , o pinto fica mais 3 horas na chocadeira, passando para o berçário climatizado a 36 graus, reduzindo a temperatura um grau dia até atingir a temperatura ambiente.

Problemas com a diminuição da taxa de eclosão:

• A má posição do embrião dentro do ovo, com dificuldade em romper a casca e sair, causando a morte nas horas que imediatamente antecedem ou sucedem a eclosão, é um dos problemas mais freqüentemente encontrados.

• Pode estar havendo uma infecção dentro da própria incubadora, causando a morte embrionária.

• A inexperiência de alguns criadores pode ser fatal para sua granja, sugerimos portanto que o criador terceirise a incubação dos ovos produzidos no seu criatório, recorrendo a granjas bem equipadas e com técnicos preparados. Desta maneira, o criador economiza em

investimentos e aproveita a experiência de criatórios especializados.

Transporte:

• Ovos e pintinhos de um dia: Transporte bem fácil e barato, quase sem traumas.

• Filhotes até 6 meses: Transporte fácil, custo médio, com poucos riscos e traumas.

• Adultos: Transporte difícil, bem caro, com muitos riscos de perdas por stress e traumatismos diversos. Há ainda, o risco de stress pela adaptação no novo criatório.





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