31 de mai. de 2021

Perspectiva e Projeção do Mercado de Avestruzes

 

Perspectiva e Projeção do Mercado de Avestruzes.

Primeira fase – Breeding Phase. É a fase de criação e desenvolvimento do plantel nacional. Durante esta fase ainda não há abate, vendem-se apenas animais matrizes. Esta fase dura em média 20 anos.

• A venda de matrizes é pelo menos 10 vezes mais lucrativa que a venda de produtos.

• Nos U.S.A., a fase de Breeding durou 20 anos e um casal de matriz adulto chegou a custar U$ 60.000,00, hoje já caiu para preços bem mais razoáveis (U$ 8.000,00).

• Na Europa a fase de Breeding já dura 17 anos e ainda não está concluída.

• Para ser importador de matrizes de avestruz, é necessário ter uma firma que esteja devidamente credenciada pelo IBAMA (mais ou menos 9 meses) e pelo MINISTÉRIO DA AGRICULTURA (10 dias).

• Para ser criador de avestruzes, não é necessária nenhuma licença específica. A única exigência é que as aves que não forem nascidas no Brasil tenham sido compradas de um importador credenciado

.Segunda fase – Commercial Phase. É a fase de venda dos produtos do avestruz abatido: carne, couro e plumas.

• Quando o Brasil entrar na fase de abate das aves, surgirão especialistas em todas as etapas da criação: Incubação, Sexagem, Microchipagem, Abatedouro e Curtume.

• Para abater as aves é necessário um abatedouro especial, pois o avestruz por sua altura e pescoço não pode ser abatido nos abatedouros comuns.

• No início da fase de abate, os criadores usarão os abatedouros já existentes, feitos para outros animais: Ex. Gado e Suínos. Em seguida será desenvolvido um abatedouro próprio e exclusivo para avestruzes.

• Para que se possa vender os produtos do avestruz, é necessário garantimos:

1. Continuidade da oferta.

2. Homogeneidade na qualidade dos produtos.

3. Custos gerais homogêneos.


Potencialidade do mercado:

A carne do avestruz entrará no mercado como uma carne exótica e se difundirá devido a:

• Alta produtividade do avestruz.

• Grande capacidade da ave de se desenvolver em áreas marginais.

• Características saudáveis da carne.

• Diminuição dos custos de produção.

O Brasil tem algumas vantagens na criação pecuarista:

• Tradição na criação bovina e outros.

• Sensibilidade do consumidor para carnes exóticas (saudáveis e saborosas).

• Técnica de criação “natural” preocupada com o bem estar dos animais (grande espaço à disposição e alimentação não forçada).

• Tradição no tratamento e na utilização do couro.

• Por ser um mercado novo, desperta muito interesse dos pecuaristas, sendo que as matrizes apresentam ótima rentabilidade.

Os fatores limitantes para a criação de avestruzes são:

• Investimento alto e para poucos.

• Carência de informações.

• Falta de experiência dos veterinários.

• Dificuldades burocráticas em geral.





26 de mai. de 2021

Fase de Reprodução do Avestruz


 

Fase de Reprodução – de 2 anos em diante:

Características Gerais:

• Início da postura aos 2 anos, vida reprodutiva de 20 a 30 anos. Há casos de animais que começaram a botar ovos com 18 meses.

• A média de postura é de 50 – 60 ovos por ano. Há fêmeas que chegam a botar até 100 ovos por temporada reprodutiva.

• A temporada reprodutiva, neste hemisfério, é de setembro a março, colocando um ovo a cada 48 horas (coloca 8 a 10 ovos, para uns dias, recomeça fazendo assim a recuperação necessária etc...).

• Normalmente a postura é feita no terreno, pode-se fazer um ninho na área coberta do piquete para a fêmea, ou fazer um ninho conforme croquiz e induzir a ave por os ovos ali. Também costuma-se colocar um ovo de madeira (ovo de indes) neste ninho para estimular a postura.

• Machos e fêmeas têm comportamento bem definidos para o acasalamento. O macho faz a dança nupcial, mexendo todo o corpo, asas e pescoço. A fêmea abaixa e levanta a cabeça a toda hora em resposta à dança do macho.

Instalações:

• Piquetes de 400 – 500 m2 por animal (20 x 50 = 1.000 m por casal)ou até maiores.

• O piquete deve ser feito em terreno com boa drenagem, pouca inclinação e com porteira, com cerca de arame liso de acordo com nossa planta.

• Corredor de 3m de largura entre os piquetes e cerca externa de alambrado com 1,8m de altura com malha variando de 2,5 a 3,0 polegadas.

• Área coberta para comedouros, de 4 x 5m e altura mínima de 2.5 m, com porteira para confinamento temporário dos animais.

• Pastagem resistente ao pisoteio.

• Muito cuidado durante a construção dos piquetes! Não jogar pedaços de arame, pregos lascas de madeira, ponta de cigarros etc..

• Depois de terminada a construção dos piquetes deve-se fazer uma revisão MUITO cuidadosa para retirar todos os materiais que possam ser ingeridos (arames, pregos, tocos de madeira, etc.).

Manejo:

• Fora da temporada de reprodução, machos e fêmeas ficam em piquetes separados. No início da primavera são formados os trios de reprodutores sempre levando em conta a relação macho-fêmea que propicia a melhor produtividade em termos de ovos fecundados (casais ou trios).

• O manejo pode produzir organização no estado selvagem, com o macho sendo posto em um piquete com uma ou mais fêmeas.

Contudo uma das fêmeas será predominante, ou seja, será mais coberta pelo macho. As outras fêmeas serão menos cobertas e conseqüentemente botarão menos ovos fecundados (que não gerarão filhotes).

• Por este motivo não convém por muitas fêmeas para um só macho; em geral nos criatórios comerciais os animais são postos em piquetes formando casais ou no máximo trios.

Alimentação:

• Ração com 12 % de proteína e suplementação de cálcio.

• Entre 1.200 e 1.400 gr de ração\dia.

• Água à vontade. Cada avestruz adulto bebe em média 10 litros de água por dia.

Patologias mais comuns:

• Traumatismos - Por serem animais assustadiços e estabanados, podem esbarrar numa cerca ou escorregar, sofrendo fraturas, luxações ou lacerações. Têm ossos longos. As lacerações resolvem-se bem, mas fraturas e luxações não são tão simples assim.

• Oclusão digestiva - Significa ingestão em excesso.

Pode ser causada por stress, devido a viagem ou a adaptação (mudança de piquete) onde as aves ingerem grande quantidade de alimento(ração ou pasto), ou de outros materiais (folhas secas, areia, etc.) causando a interrupção do trânsito digestivo e a morte por desnutrição. Podemos tentar uma solução fazendo lavagem gástrica com Nujol, massageando a barriga da

ave ou colocando-a no soro(cura difícil).

• Perfuração digestiva – É causada pela ingestão de materiais estranhos nos piquetes, (pedaços de madeira, areia, cimento ou longas hastes de capim) e não tem cura.

• Doenças infecciosas - Trata-se de espécie robusta, recém introduzida no território e criada em boas condições sanitárias (piquetes amplos, expostos ao sol com poucos animais). Maior atenção deve ser dada ao aparecimento de micoses sob os dedos dos pés (em geral ligadas a um piso freqüentemente úmido e/ou com urina e fezes acumuladas) e a parasitoses intestinais como helmintoses ou ácaros. Usamos mais ou menos o mesmo tratamento do gado ou aves.

• As doenças genitais podem afetar a reprodução dos animais, e, portanto devem ser tratadas até a cura completa do animal.

Postura:

• Os ovos pesam entre 1.200 e 1.800 gr.

• Tem a casca bem resistente e porosas, geralmente para identificação usa-se escrever nas casca com uma caneta hidrográfica, grafite ou etiqueta.

• O ovo deve ser coletado o mais rápido possível para evitar contaminação.

• Apesar de não ser um animal agressivo, o avestruz tem forte instinto de defesa do seu território e dos ovos. Por isso é preciso Ter instalações que facilitem o manejo e a coleta dos ovos.

• As fêmeas costumam por 1 ovo a cada 2 dias, fazendo assim um rodízio de postura.

• Os ovos são coletados, desinfetado e armazenados em ambiente fresco (18/20 Graus) e limpo (desinfetado) e posteriormente colocados nas incubadeiras , de preferencia uma vez por semana.

• É perigoso deixar os ovos em descanso por mais de uma semana pois há risco de morte embrionária e conseqüente diminuição da taxa de eclosão.

Incubação:

• A maior vantagem da incubação artificial é que, a fêmea não precisa interromper a postura dos ovos para chocálos, nem para cuidar de seus filhos.

• Permite uma maior taxa de eclosão.

• A incubação dura entre 41 e 42 dias.

• A temperatura na incubadora deve estar sempre entre 36 e 37 graus Celsius.

• A umidade relativa do ar deve estar entre 50% e 60%.

• Deve-se fazer a primeira ovoscopia na primeira semana para avaliar se há desenvolvimento embrionário. Depois disso, acompanha-se o desenvolvimento do embrião com o ovoscópio a cada duas semanas.

• Ao constatar que não está havendo desenvolvimento embrionário em qualquer dos ovos, este deve ser imediatamente retirado da incubadora para evitar a proliferação bacteriana e fonte de infecção para os outros ovos.

• Viragem automática de 2 em 2 horas

• Uma incubadora para 18 ovos custa em torno de R$4.800,00.

• É interessante ter 2 ou 3 incubadoras menores em vez de uma só grande para que se possa ter mais opções de temperatura e umidade, sendo que, alguns ovos perdem mais umidade que outros, assim fica mais fácil controlar a umidade entre os ovos.

Eclosão:

• Período que precede a eclosão e dura entre 2 e 3 dias.

• A temperatura nesta época deve estar entre 35,5 e 36,5 graus Celsius.

• A umidade relativa do ar no mesmo período deve estar entre 45% e 59%.

• Neste período interrompe-se a viragem dos ovos.

• O pinto leva em média 48 horas para sair do ovo, sendo que às vezes é preciso ajudá-lo.

• Após o nascimento , o pinto fica mais 3 horas na chocadeira, passando para o berçário climatizado a 36 graus, reduzindo a temperatura um grau dia até atingir a temperatura ambiente.

Problemas com a diminuição da taxa de eclosão:

• A má posição do embrião dentro do ovo, com dificuldade em romper a casca e sair, causando a morte nas horas que imediatamente antecedem ou sucedem a eclosão, é um dos problemas mais freqüentemente encontrados.

• Pode estar havendo uma infecção dentro da própria incubadora, causando a morte embrionária.

• A inexperiência de alguns criadores pode ser fatal para sua granja, sugerimos portanto que o criador terceirise a incubação dos ovos produzidos no seu criatório, recorrendo a granjas bem equipadas e com técnicos preparados. Desta maneira, o criador economiza em

investimentos e aproveita a experiência de criatórios especializados.

Transporte:

• Ovos e pintinhos de um dia: Transporte bem fácil e barato, quase sem traumas.

• Filhotes até 6 meses: Transporte fácil, custo médio, com poucos riscos e traumas.

• Adultos: Transporte difícil, bem caro, com muitos riscos de perdas por stress e traumatismos diversos. Há ainda, o risco de stress pela adaptação no novo criatório.





20 de mai. de 2021

Fase de recria do Avestruz

 

Fase de recria – de 4 a 12 meses (Abate) , 4 a 18 meses (matriz)

Instalações:

• Piquetes longos e estreitos (como a pista do Jóquei Club) por que os avestruzes precisam correr para desenvolverem massa muscular e crescerem fortes e saudáveis.

• Os piquetes devem ter uma base de pasto resistente ao pisoteio, pois os animais pastam o dia inteiro. Alfafa por exemplo é um ótimo pasto, mas não suporta a presença constante de animais adultos. Em geral os animais ficam em piquetes com base de braquiara e se dá alfafa picada.

• Estes piquetes devem ter 1 fio de arame a cada 10 cm a partir dos primeiros 40cm inferiores, e passando a 20cm até completar 1,80 m. Todas as telas e arames devem ser bem acabados e sem pontas para evitar acidentes.

• Os piquetes devem ter uma área coberta mínima de 20m2, para abrigo da ave ( lugar este que deverá ficar o cocho de ração). Esta cobertura deve existir em todos os piquetes, inclusive nos de matrizes.

• Machos e fêmeas podem ficar juntos em áreas de 200 m2 por cabeça até 6 meses , 6 a 18 meses passamos para 600 m2 e acima de 18 meses passamos para 1000 m2.

• Água à vontade. O consumo de água é de 10 litros por dia /ave.

• O consumo de ração continua aumentando mês a mês. No quarto mês o avestruz come entre 500 – 580 gr de ração por dia, no quinto mês entre 600 - 700 gr, aumentando 100 gr por mês até que no décimo mês, a ave come entre 1.200 – 1.900 gr de ração por dia, levando-se em conta o tipo de pasto existente no piquete.

• Nesta fase a ração deve ter um nível de proteína 12 %,gordura 3%, fibra 8%, cálcio 1,5%, fósforo 0,7%. (Aconselhamos que seja feita analise do solo para complementar a ração em Cálcio e Fósforo.)

• O animal também precisa de pasto fresco que é a base do piquete ou é dado de 2 a 4 vezes por dia, na proporção de duas a três vezes a quantidade de ração diária (capim triturado, podendo ser braquiara , alfafa etc...).

Nesta fase as aves são bastante resistentes à doenças infecciosas. Os traumatismos, porém podem ocorrer em uma ave pequena, mas são problema típico de animais maiores, quando os ossos já são mais longos. Os avestruzes são animais sem papo, vorazes e sem paladar, podendo comer qualquer coisa (parafusos, pregos, pedaços de madeira, pregadores de roupas...). Portanto devemos prestar muita atenção na construção dos piquetes, para evitar a presença de pontas ou farpas nas estruturas e no chão, pois posteriormente os animais podem encontra-los, ingeri-los, sofrerem perfuração digestiva e morte.

Patologias mais comuns:

• Traumatismos - Por serem animais assustadiços e estabanados, podem esbarrar numa cerca ou escorregar, sofrendo fraturas, luxações ou lacerações. Têm ossos longos.

As lacerações resolvem-se bem, mas fraturas e luxações não são tão simples assim.

• Oclusão digestiva - Significa ingestão em excesso. Pode ser causada por stress, devido a viagem ou a adaptação (mudança de piquete) onde as aves ingerem grande quantidade de alimento(ração ou pasto), ou de outros materiais (folhas secas, areia, etc.) causando a interrupção do trânsito digestivo e a morte por desnutrição. Podemos tentar uma solução fazendo lavagem gástrica com Nujol, massageando a barriga da ave ou colocando-a no soro(cura difícil).

• Perfuração digestiva – É causada pela ingestão de materiais estranhos nos piquetes, (pedaços de madeira, areia, cimento ou longas hastes de capim) e não tem cura.

• Doenças infecciosas - Trata-se de espécie robusta, recém introduzida no território e criada em boas condições sanitárias (piquetes amplos, expostos ao sol com poucos animais). Maior atenção deve ser dada ao aparecimento de micoses sob os dedos dos pés (em geral ligadas a um piso freqüentemente úmido e/ou com urina e fezes acumuladas) e a parasitoses intestinais como helmintoses ou ácaros. Usamos mais ou menos o mesmo tratamento do gado ou aves.

O avestruz tem pouca sensibilidade na pele e também sangra muito pouco. Por isto a grande maioria das suturas são feitas sem anestesia. O grande golpe de defesa do avestruz é o chute, por isto ele deve ser imobilizado para que se possa fazer curativos e suturas. O melhor jeito de imobiliza-lo é colocando-o em um “cavalete” especial para curativos. Este cavalete terá outra tora de madeira um pouco mais para cima, para proteger o pescoço do animal que estará usando um capuz para não se assustar com a situação (cuidado especial com as asas e pescoço, são frágeis).

A figura abaixo nos dá uma idéia de como deve ser um cavalete para os curativos.baia.








10 de mai. de 2021

Manejo do Avestruz na Fase de Cria

 

Produção:

Fase de cria – de 0 a 3 meses:

Instalações:

• Mantê los abrigados à noite; quando há chuva, vento ou frio, em um galpão coberto com pelo menos 3m2 por animal, não inferior a 20m quadrados para estimular a movimentação.

• Mantê los aquecidos com campânulas a gás se a temperatura estiver inferior a 20 graus.

• O galpão coberto deve ter no mínimo 20m2, e uma base de cimento rústico e lavável.

• O galpão deve ser lavado e desinfetado todos os dias, a desinfeção deste galpão é essencial para a saúde das aves e deve estar muito bem desinfetado para recebê-las. ( Sugerimos desinfeção com cal e desinfetante a base de iodo).

• O piquete ao ar livre deve ter pelo menos 10m2 por animal nos três primeiros meses, devendo ser longo e estreito para estimular a movimentação e corrida, os cantos a quarenta e cinco graus para evitar acidentes, devem ter comedouros, bebedouros, cobertura e também um alambrado fino com 1,5m de altura para proteger a ave de outros animais,( dos três aos seis meses, o piquete deve ter pelo menos 100 m quadrados por animal ).

• Bebedouro: pode ser de alvenaria ou similares com uma bóia (para que esteja sempre cheio) e um extravasor para facilitar

escoamento da água e limpeza diária.

• Comedouro: pode ser feito com pneu , galão de plástico cortados ao meio ,ou similares, observando que o bebedouro e comedouro devem estar de lado oposto do piquete, para incentivar a movimentação da ave dentro do mesmo.

• Cobertura dentro do piquete: pode ser de eternit com tela ou bambu nas laterais.

• A base destes piquetes podem ser de terra batida ou pasto.

• Terra batida – À partir da Quarta semana (1 mês )já se dá capim picado (pedaços de mais ou menos 1,5cm).

• Pasto – Pode ser braquiara, napiê, ou até alfafa que por ter um ótimo nível de proteínas, é o melhor pasto.

Manejo:

• Nos primeiros 5 dias de vida a ave tem que fazer jejum total de comida, não esquecendo da água à vontade.

• Estimular a movimentação! Jejum e movimentação são fundamentais nos primeiros 5 dias de vida do animal.

• Ração com 20-22% de proteína contendo milho, farelo de soja, farelo de trigo e um núcleo (cálcio, fósforo, vitaminas e oligominerais), Proteína 20%, Gordura 3%, Fibra 8%, Cálcio 1,5 a 2,0%, Fósforo 0,7 a 1,0%.(Aconselhamos que seja feita analise

do solo para complementar a ração com Cálcio e Fósforo.)

• Introduzir o pasto aos poucos à partir do primeiro mês.

• Durante os primeiros três meses, a ração é à vontade e o pasto é dado 2 vezes ao dia. A partir do quatro mês, complementar a alimentação com pasto verde na razão de uma parte de ração para duas a três partes de pasto verde.


Consumo de ração nos primeiros três meses:

• Mês 1 - entre 000 – 300 gr por dia.

• Mês 2 - entre 300 – 400 gr por dia.

• Mês 3 - entre 400 – 500 gr por dia.


Consumo de pasto nos primeiros três meses:

• Mês 1 - entre 000 – 300 gr por dia.

• Mês 2 - entre 600 – 1.200 gr por dia.

• Mês 3 - entre 1.200 – 1.500 gr por dia.


Evolução da resistência dos animais ao frio e a chuva:

• Semana 1-Tomar todos os cuidados com os animais (Frio, vento etc...)

• Semana 2 - Soltar as aves duas vezes por dia para tomar sol (30mim).

• Semana 3 - Soltar as aves por mais tempo duas vezes por dia tomando cuidado com os ventos fortes e chuva.

• Semana 4 - Soltar as aves as 9:00hs e recolher as 15:00hs, tomando cuidado com os ventos fortes e recolher em caso de chuvas fortes, podendo ficar num chuvisco rápido.

• Semana 5 - procedimento normal soltando as aves pela manha (8:00 hs) e recolhendo a tarde (17:00hs).

• Semana 6 - idem (tomar cuidado com as aves em caso de chuvas fortes).

• Semana 7 - Podem agora ficar numa chuva rápida, cuidado com o tempo fechado.

• Semana 8 - As aves já podem agora ficar embaixo da chuva desde que seja fraca e rápida.

Obs: Um avestruzinho saudável está sempre em movimento, ciscando no chão, andando, correndo em grupo com a cabeça bem alta. Se um animal fica parado seja em pé ou deitado, anda com a cabeça baixa, não come, se isola do grupo, provavelmente está doente. Uma ave normal nasce com peso entre 800 gr e 1 kg. A

seguir relacionamos os problemas mais comuns enfrentados nesta fase de desenvolvimento e algumas sugestões de tratamento, mas consulte sempre um veterinário antes de medicar um animal.

Se qualquer ave ficar doente no piquete, observar o máximo possível, medicar de acordo com um veterinário, nunca separar a ave doente do grupo a menos que a doença for transmissível, quando houver necessidade de separar a ave doente, fazer a quarentena com outras aves que estiverem mais enfraquecidas para se fazer um tratamento adequado e evitar o Stress, o isolamento desta, pode provocar a morte, podendo ela estar doente ou não.


Patologias mais comuns:

• Entorses, deslocamentos, traumatismos – São causadas ou por instalações inadequadas ou pelo manejo violento das aves ou ainda por stress massagear a parte afetada com Calminex pomada. É mais comum à partir do terceiro mês.

• Deformidades nas patas – Podem ser causadas por herança genética do animal, podem também ter sido causadas por traumatismos repetidos (tombos,...), podem ainda ser conseqüência de uma alimentação deficiente ou decorrentes do intenso período de crescimento dos filhotes, onde há um ganho de peso excessivo e as pernas ainda são fracas. Temos rotação de dedos, pernas e coxas ou deformidades nos ossos e articulações. A solução é difícil: a colocação de talas, a cirurgia ou o uso de suplementos minerais não revertem uma deformidade já instalada.

• Incompleta absorção do saco vitelino – tem como conseqüência a infecção e morte do animal – é um dos maiores problemas encontrados nos primeiros 15 dias de vida. O tempo normal de absorção do saco é de 7 a 10 dias, sendo que este é um meio rico para bactérias que entram pela cicatriz umbilical. Pode ser causado por stress ( excesso de calor, frio, vento, barulho...). A solução é antibióticos terapia ou cirurgia, mas as chances de cura são pequenas.

• Diarréia ( fezes muito moles, misturadas com urina): se o animal está bem e ativo pode ser excesso de grama por isso diminua a quantidade de capim e de mais ração. Mas se o animal estiver apático, de cabeça baixa, antibiótico terapia + soro.

• Coprofagia (ingestão de fezes) é normal em todas as idades. Ajuda a formar a flora bacteriana do animal.

• Apatia, anda com a cabeça baixa – não é uma doença, é um sinal de que algo não está bem, seria necessário identificar a causa ( infecção, stress?): antibiótico terapia + soro. Para reconhecer um animal que tenha pernas tortas, observamos os seguintes itens: Pernas abertas, pernas em X, pernas em arco, dedos virados para dentro ou para fora e unhas viradas uma para a outra. Esta ave será um descarte do seu plantel e portanto será ave para abate. Se for possível esperar até que a ave tenha 1 ano para abatê –la, melhor pois ela renderá mais carne. Se a ave não estiver apresentando condições para esperar 1 ano, devemos abatê –la assim que pare de crescer e antes que morra por si só, para que possamos fazer o aproveitamento de sua carne derivados.

Durante os 3 primeiros meses de vida do animal, dizemos que ele está no berçário. As perdas neste período chegam até 20 %. Há casos registrados em criatórios que as perdas foram de 0%, isto porque dentro de um criatório novo, bem desinfetado não tem risco de contaminação, com o passar do tempo este se torna um risco eminente, normal para um criatorio é de 5% a 10%.