24 de mar. de 2016

Proteção para o Apicultor



4. Proteção

4.1 Como se proteger durante o manejo?

O apicultor protege-se principalmente de duas formas: com o uso de vestimenta adequada e o emprego de fumaça.

4.2 Como deve ser a vestimenta do apicultor?

Botas, jaleco e calças ou macacão, luvas e máscara. O ideal é que sejam usadas apenas cores claras, de preferência o branco, pois elas estimulam menos a agressividade das abelhas.
As botas devem ser de borracha branca, melhor se tiverem o cano firme e estreito, que proteja até o meio da panturrilha, aproximadamente.
O macacão, ou o conjunto de jaleco e calça, pode ser feito de algodão (brim) ou de tecidos sintéticos, como nylon ou albene. Há inúmeros modelos, alguns ventilados, alguns com máscara integrada, alguns com mais de uma camada. Ao fazer um curso de apicultura, você provavelmente será apresentado a vários modelos e poderá escolher o que lhe parecer melhor. Mas como primeira escolha, eu recomendaria um macacão de brim branco, bem simples. É o que eu uso até hoje, e garanto que você não jogará dinheiro fora. Ele deve ser bem folgado, pelo menos dois números acima do seu, para evitar que fique muito esticado sobre a pele e facilite a vida das abelhas agressoras. Por baixo do macacão, é bom usar sempre uma camiseta de algodão e uma bermuda, para que o macacão, quando molhado de suor, não fique colado ao corpo. Para mexer em enxames muito agressivos, a roupa de baixo pode ser reforçada.
A máscara deve ter uma área de visão ampla, protegida por uma tela preta (para evitar ofuscamento). De preferência, essa tela deve contornar toda a cabeça, para permitir uma ventilação melhor. Eu uso máscaras independentes do macacão. O modelo tradicional, feito com chapéu de palha e tela metálica, é confortável, seguro, fresco e durável, e você pode apostar nele sem medo. Para iniciantes, porém, o modelo de máscara integrada ao macacão pode ser preferível, pois dá uma sensação de segurança maior.
As luvas podem ser feitas de borracha, courvin ou couro (vaqueta). Eu gosto das luvas de couro, que dão proteção máxima em qualquer situação, e são muito resistentes.
Essas são as minhas preferências, certamente diferentes das de outros apicultores. Só depois de adquirir alguma experiência, você poderá definir bem qual é o seu conjunto ideal.

4.3 Como vestir todo esse equipamento?

Simples: as peças das extremidades devem recobrir o macacão. A máscara (quando separada) recobre a gola, as luvas recobrem os punhos e as botas recobrem as pernas do macacão.

4.4 Não se morre de calor?

Pelo menos, não muitas vezes.
Na verdade, o calor pode ser um inimigo terrível do apicultor, e ainda assim será preferível a uma porção de ferroadas. Mas alguns procedimentos podem diminuir um pouco o sofrimento:
· Mantenha as colméias a meia-sombra no verão.
· Leve água ao apiário. Se ela puder ser mantida gelada ou fresca, melhor. Para beber, providencie um buraco na máscara, à altura da boca, de forma que seja possível beber com um canudo. Faça uma tampa para esse furo (com velcro, por exemplo).
· Carregue dentro da máscara uma toalhinha para secar o excesso de suor do rosto. Segure-a pelo lado de fora da máscara.

4.5 Mas as abelhas não entram pelas frestas?

No ajuste da máscara e das luvas, não devem sobrar frestas, ou as abelhas poderão entrar. Algumas abelhas agressivas dentro da máscara não é uma situação nada agradável de se enfrentar.
Entre o macacão e as botas, o problema é menor, porque elas raramente descem para ferroar. Se o cano não for muito largo, as canelas e o pé serão os locais com menor risco de serem ferroados.

4.6 O que eu faço se entrarem abelhas na máscara?

Uma saída é afastar-se bastante do apiário e tirar a máscara, mas isso raramente é possível. Quando essa situação ocorre, o nível de ataque é muito alto, e você acabará sendo perseguido por outras abelhas que o impedirão de livrar-se da máscara (veja também item 4.12 abaixo).
O que eu faço é matar as abelhas que entraram com golpes rápidos, esmagando-as contra a minha cabeça. Mas o melhor mesmo é ter muito cuidado ao colocar a máscara, ou usar máscaras integradas ao macacão, que impedem a entrada de abelhas (a não ser que haja um furo, é claro).

4.7 Como se proteger contra enxames muito agressivos?

Enxames hiperagressivos podem ser um problema sério. Felizmente, eles não costumam existir em grande número no apiário. Para começar, deixe a sua manipulação por último, para que a resposta agressiva não atrapalhe o manejo das demais colônias. Tente fazer um manejo rápido, aplicando mais fumaça do que de hábito. Se possível, evite dias sombrios, úmidos ou ventosos.
Por baixo do macacão, use algo grosso, como um abrigo esportivo. Use meias duplas e recubra-as o máximo possível com as extremidades do abrigo e do macacão. Cuide especialmente para não deixar frestas junto às luvas e às máscaras. Deixe qualquer equipamento furado ou descosturado em casa.
Alguns apicultores recomendam o uso de macacões de nylon nessas circunstâncias. O nylon é fino e não dá uma boa proteção, mas as abelhas têm dificuldade em ferroar por não conseguirem se agarrar bem à roupa. Com isso, muitas que morreriam ao ferroar um macacão de brim acabam se salvando.

4.8 A fumaça tonteia as abelhas?

Não, ela inibe a percepção dos feromônio de alarme que são liberados pelas abelhas quando elas se sentem ameaçadas. Há também uma teoria que prega que a fumaça desencadeia na colméia um comportamento de preparação para abandono, que faz com que muitas abelhas se encham de mel, ao invés de assumir uma posição de revide à ameaça. Supostamente, uma abelha cheia de mel teria também mais dificuldade em flexionar o abdômen para ferroar.

4.9 Como usar a fumaça?

Aqui há duas abordagens. Eu prefiro usar o mínimo indispensável. Por isso, preciso estar sempre com o fumegador à mão e usá-lo freqüentemente, com pequenas fumegadas. Não há dúvida que dá mais trabalho, especialmente quando se trabalha sozinho, mas as abelhas e os consumidores do seu mel agradecem.
A outra abordagem é o oposto: aplicar bastante fumaça. Com isso, inibe-se de uma vez quase toda a capacidade de resposta agressiva da colméia. Esse método é freqüentemente usado por quem possui um número grande de colméias e não pode perder muito tempo em cada uma delas. Na minha opinião, se alguém não consegue cuidar direito de suas colméias, deveria pensar em reduzir o seu número ou contratar ajudantes, não em piorar a qualidade do manejo.

4.10 Por que a fumaça é indesejável?

A fumaça causa um transtorno geral na colméia, atrapalhando todas as atividades. A volta à normalidade na colméia pode levar horas. Além disso, ela impregna todo o interior da colméia, inclusive o mel que será colhido pelo apicultor. Se você consome mel habitualmente, com certeza já provou mel com gosto de fumaça. Ele foi extraído por um apicultor que usou fumaça demais quando havia mel não operculado na colméia.
Mas o sabor ruim não é o pior da história. A fumaça proveniente da queima incompleta dos restos vegetais, que é o que ocorre no fumegador, é composta por uma quantidade muito grande de substâncias químicas tóxicas e carcinogênicas. Hidrocarbonetos, como metano, propano e octano, cetonas, álcoois, aldeídos, ácidos, entre outros, são produzidos no fumegador, e parte deles é expelida junto com o vapor d'água, as cinzas e o alcatrão que também compõem a fumaça [FIS02]. Para resumir: fumaça é sujeira, evite-a tanto quanto possível.

4.11 Quanto tempo devo esperar para abrir a caixa após pôr fumaça?

Uma recomendação freqüente na literatura é que se coloque algumas baforadas no alvado e se espere alguns minutos, "tempo suficiente para que as abelhas se encham de mel". Mas admito algum ceticismo em relação a este raciocínio. Eu nunca espero tempo nenhum e nunca encontrei diferença quando tentei experimentá-lo.
Ocorre que as abelhas dispostas a atacar e ferroar normalmente compõem um percentual muito pequeno do enxame, de algumas dezenas a poucos milhares. Se fosse diferente, o enxame facilmente poderia se inviabilizar pela morte de muitas adultas. Assim, para que a teoria de "encher-se de mel" funcione, é necessário que exatamente essas poucas abelhas guardas corram aos favos de mel, disputando-os com uma população de operárias centenas de vezes maior. É um pouco difícil de acreditar.
A minha recomendação é fumegar três ou quatro vezes pelo alvado, deslocar-se para trás da colméia, levantar a tampa e, a partir daí, usar o fumegador apenas quando necessário e apenas com intensidade suficiente. Deve-se ter cuidado especial quando há melgueira com mel desoperculado, para não contaminá-lo.
Obviamente, há condições de exceção que precisam ser tratadas de forma especial. Enxames excessivamente agressivos não podem ser controlados com pouca fumaça. Em dias sombrios, a concentração de abelhas nas colméias é maior, e a agressividade geralmente também. A presença de vento dissipa muito rapidamente a fumaça e, conseqüentemente, os seus efeitos. Nesses casos, um volume maior de fumaça e o seu uso com maior freqüência é inevitável.
Da mesma forma, enxames pequenos podem muitas vezes ser manipulados sem fumaça nenhuma, ou com quantidade absolutamente mínima. Por isso, nunca trate da mesma forma seus enxames diferentes.

4.12 Como posso me livrar das abelhas que me perseguem?

Dentro do apiário, não é possível, você apenas deve manejá-las o mais suavemente possível para manter a resposta agressiva no nível mais baixo que puder.
Fora do apiário, há um método que funciona muito bem: atravesse um mato fechado em zig-zag. Às vezes, uma ou duas entradas e saídas num mato já despista quase todas as abelhas perseguidoras. Prevendo isso, você pode já deixar caminhos irregulares prontos para uso.

4.13 O que fazer quando eu levar uma ferroada?

Uma recomendação repetida por quase todos os apicultores é que o ferrão não deve ser removido com os dedos em movimento de pinça. Ele deve apenas ser raspado rapidamente, com a ponta do formão ou mesmo da unha (essa recomendação não é consensual, veja o item 4.14 abaixo). Depois, se for possível, limpe ou cubra a região, para que os feromônios ali depositados não provoquem outras ferroadas.
Se a ferroada atingir a pele através da roupa, veja se o ferrão ficou preso e remova-o. Em seguida, aplique um pouco de fumaça no local, para disfarçar o feromônio.

4.14 Por que devo retirar o ferrão rapidamente e sem usar os dedos?

Porque junto com o ferrão, normalmente é deixado também o saco de veneno. Quando isso ocorre, o veneno permanece sendo injetado por algum tempo e quanto mais rápida for a sua retirada, melhor. No entanto, muitos acreditam que se isso for feito com os dedos, é provável que o saco seja espremido, e o resto do veneno seja introduzido de uma só vez.
Um estudo recente, porém, contesta a hipótese de impropriedade de uso do dedo para a remoção do ferrão [VIS03]. Para isso, foram provocadas diversas picadas em voluntários, e variou-se o tempo (0,5 a 8 segundos) e a forma de remoção dos ferrões (arrancamento com os dedos e raspagem). Por fim, foram analisadas as respostas locais ao veneno injetado. A conclusão foi que, quanto mais rápida é a remoção, menor a quantidade de veneno injetada. Por outro lado, o método de remoção não teve nenhuma influência na resposta e o arrancamento com os dedos não causou a injeção de mais veneno. A explicação para isso é que o veneno de fato continua a ser bombeado após a deposição do ferrão, mas é um sistema de válvulas que controla o fluxo e não contrações do saco (cujas paredes nem sequer possuem músculos) ou a sua compressão.
Resumindo, quando você for ferroado, retire o ferrão o mais rápido possível, do jeito que der.

4.15 Como é que alguns apicultores trabalham sem proteção?

Com o tempo e a experiência, é possível dispensar alguma proteção, especialmente as luvas. Muitos apicultores profissionais, que trabalham com muitas colméias, acabam habituando-se às ferroadas e preferem evitar o uso das luvas, que sempre atrapalham um pouco. Num manejo simples, em dia favorável, você pode fazer uma experiência e ver como se sente.
Em nenhuma hipótese, porém, trabalhe sem a máscara. O pescoço e o rosto são áreas muito sensíveis, e não vale a pena correr o risco. Uma ferroada no olho é um acidente grave e pode deixar seqüelas que farão você se arrepender dessa imprudência pelo resto da vida.

4.16 Então, por que há gente que trabalha sem máscara?

Talvez pelas mesmas razões que as pessoas que guiam motos sem capacete ou que trabalham na construção civil sem EPIs: para evitar o desconforto e por excesso de confiança. No caso da apicultura, pode haver um componente adicional: o desejo de impressionar os amigos com uma demonstração de coragem.
Mas, desprotegido, o apicultor não apenas corre um risco desnecessário. Ele geralmente precisa diminuir esse risco com o uso exagerado de fumaça, o que é pior também para as abelhas.

4.17 Então não devo fazer uma barba de abelhas também?

Faça, se quiser, mas por sua conta e risco. É perigoso com abelhas européias e muito mais com africanizadas. Aliás, isso não é apicultura, é apenas espetáculo.

4.18 Por que as abelhas ficam naquela forma de barba?

A pessoa coloca a rainha de uma colméia numa gaiolinha, pendura-a no pescoço e sacode as abelhas ao lado. Em seguida, elas se agrupam em torno da rainha.



Incubadeira de isorpor



INCUBADEIRA DE ISOPOR
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Uma solução simples e barata, caso você tenha pequenas quantidades de ovos fertilizados e pretenda chocá-los, e construir uma incubadeira de isopor. É uma chocadeira que será útil não apenas aos ovos de codorna, mas também a ovos de outras aves.
Para a construção desta incubadeira, você precisará dos seguintes materiais:
· uma caixa de isopor com um volume aproximado de 50 litros, ou seja, com 45cm de comprimento x 35cm de largura x 38cmde altura;
· uma placa de vidro (de vidraça) medindo 12cm x 24cm;
· 50cm x"40cm de tela plástica de trama fina e resistente;
· duas ripas de madeira de 1 cm de espessura, cada, com 37,5cm de comprimento x 1 cm de altura;
· duas ripas de madeira de 1 cm de espessura, com 26,5cm de comprimento x 1 cm de largura;
· 47 pregos de metal;
· cinco seringas descartáveis de 50ml;
· duas seringas descartáveis de 5ml;
· uma chapa de isopor de 30cm x 30cm;
· 19 parafusos de plástico;
· 30cm de cano de PVC de 4cm de diâmetro;
· um soquete;
· uma lâmpada de 15 watts e 110 volts, transparente; . uma tomada elétrica;
· 1 metro de fio elétrico comum;
· 10cm de arame liso;
· 20cm de fio de náilon (de pesca);
· um prato de meta/, redondo, com 15cm de diâmetro e 3cm de profundidade;
· duas canaletas de metal com 35cm de comprimento x 4cm de largura x 4cm de profundidade;
· um tubo de cola branca.

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INCUBADEIRA

Adquirido o material, inicie a obra construindo a tampa da chocadeira. Para isso, recorte com cortador de isopor, numa das laterais menores, um retângulo de 29cm de altura x 31 cm de largura. Este deve ser cortado em diagonal (como mostra a figura); assim, a tampa terá maior durabilidade.
A seguir, faça uma abertura de 10cm de altura x 22cm de comprimento. Ao redor deste vazio, corte um retângulo de 12cm x 24cm, mas o talho deve ser feito até a metade da espessura do isopor. Destaque esta moldura com cuidado.
Feita a abertura, encaixe a placa de vidro (visor) sobre as dobras, fixando-a com cola branca. Depois, cole a moldura sobre ele.
Para abrir a tampa, fixe um pouco acima da placa de vidro, a ponta de um êmbolo de seringa de 50ml. Firme este puxador fazendo um corte em cruz e utilize-se de cola. A tranca desta tampa será feita com o suporte para a agulha que se prenderá ao puxador com o fio de náilon.
A bandeja onde serão depositados os ovos é feita juntando-se as quatro ripas em forma de retângulo, fixando cada canto com dois pregos. A seguir, cubra-o com tela que se fixará com pregos de metal. Para evitar que estes se enferruje, passe cola sobre eles.
A ventilação nas chocadeiras se dará através de onze aberturas circulares, sendo que sete (na parte superior) tem um diâmetro de 4cm, enquanto que as outras quatro (na parte inferior) tem apenas 1 cm.
Os círculos menores serão corta dos perto dos pés da incubadeira, cobertos com tela e revestidos com tubos de seringas de 50ml, que auxiliará fixação da tela.
Também os círculos maiores serão cobertos por telas (com exceção do círculo central), porém revestidos

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com pedaços de cano de PVC, cola dos com cola. A disposição deles será a seguinte: quatro ficarão em cada canto da caixa, dois no centro de cada metade e o sétimo no meio da parte superior. Neste último, será encaixado um soquete da lâmpada que se fixará com arame.
Não despreze as tampas de isopor que foram cortadas, pois serão aproveitadas para aquecer a incubadeira.
A partir do 14° ao 15° dia, é necessário baixar a temperatura e a umidade da chocadeira porque os fetos aumentam a temperatura interna em 2°C e precisam de mais ar. Para isso são feitas janelas retangulares de 10cm x 12cm. Faça-as cortando, diagonalmente, ao redor dos dois círculos centrais, de cada metade, na par te superior da caixa. Utilize pedaços de êmbolos de seringas de 5ml como puxadores. Nas janelas são feitas marcas (nos lados de 10cm) que indicarão a abertura delas de acordo com o período. A primeira marca é feita a 1,5cm da borda e a segunda a 3cm também da borda.
Quanto ao interior da chocadeira, a bandeja se apoiará em suportes com forma de trapézio (21cm na base maior, 15 na menor e 4cm de altura). Estes apoios são feitos com o que sobrou do corte do visor. Cada supor te é fixado por três parafusos plásticos, nas maiores laterais da caixa, a 6,5cm do fundo da caixa de isopor.
A seguir, prenda em cada lateral um trapézio com a mesma medida dos anteriores, a uma distancia de 4cm dos apoios da bandeja. Na base maior destes trapézios, cole abas de isopor de 25cm de comprimento x 4cm de largura. As canaletas de água ficarão sobre as abas. Estas canaletas, por sua vez, poderão ser de metal ou de plástico. Para o primeiro caso, deve-se usar metais inoxidáveis (flandres, alumínio etc.), ou ainda, se o metal for oxidável. é recomendável passar uma boa camada de zarcão para evitar a ferrugem. Sob a bandeja de ovos, coloque um prato de água. Verifique para que ele não esteja sobre os círculos de ventilação.
Construída a chocadeira de isopor, fixe a parte- de cima sobre a caixa com parafusos de plástico. A seguir, coloque em cada um dos cantos, na parte inferior da caixa, um êmbolo de seringa de 5Oml e, assim, você terá os pés da incubadeira.

SAIBA COMO USAR

Instale a chocadeira num lugar fresco e calmo para evitar que se derrame a água das canaletas. Para usar a incubadeira prepare-a 24 horas antes de colocar os ovos. Encha ascanaletas e o prato com água. Depois ligue a tomada e utilize os tampões para fechar as quatro aberturas da parte superior.
Reserve para os 16 dias de incubação, no mínimo, cinco lâmpadas que serão usadas em caso de emergência. Caso falte eletricidade, não mexa nos ovos até que ela volte.
Passado 24 horas do funcionamento da chocadeira, coloque os ovos. Se você os depositou no refrigerador (10° a 15°C), ponha-os na chocadeira antes que comecem a "transpirar".
Não se deve mexer no aparelho durante 48 horas. Decorrido esse período, retire os tampões de isopor das quatro aberturas da parte superior e mova os ovos de modo que fiquem em pontos diferentes da bandeja, sem que varie as quantidades de calor a ser fornecida a eles. Para esse trabalho, estabeleça um horário fixo, reservando duas horas do dia, até três dias antes do nascimento das codorninhas.
A cada três dias, complete a água da incubadeira no horárioem que o sol estiver intenso.
O resfriamento da chocadeira tem inicio no antepenúltimo dia do nasci mento, deslocando as janelas da par te superior até aprimeira marca. Faltando dois dias, mude as janelas para a segunda marca e, apenas no último dia, retire-as definitivamente.
As codorninhas devem ser retira das somente após 24 horas do nasci mento.

Ovos

O Ovo é uma célula produzida por uma fêmea, com a capacidade de se desenvolver em um novo indivíduo. O desenvolvimento pode acontecer tanto dentro do corpo da mãe como fora, quando então terá uma capa protetora de calcário a casca. O vitelo nutre o embrião em desenvolvimento. Ovos que se desenvolvem dentro da ave mãe, geralmente têm pouco vitelo, pois o embrião é nutrido pela própria mãe. Ovos que se desenvolvem fora, também podem possuir pouco vitelo caso eles sejam de animais cujos recém nascidos passam por um estágio larval e que se alimentam enquanto não atingem a fase adulta. Os ovos com casca das aves contêm vitelo suficiente para sustentar o embrião até o nascimento de uma versão jovem do adulto.
Perguntas mais freqüentes sobre incubação de aves:
1- Quanto tempo os ovos podem ser armazenados até serem colocados na chocadeira?
Depende da temperatura ambiente. Os ovos podem ficar 1 a 2 dias (em 34ºC), 4 dias (em 30ºC) e até 7 dias ou mais (em 28ºC) antes de serem chocados na chocadeira.
2- Como guardar os ovos?
Retire-os todos os dias dos ninhos (os ovos não devem Ter contato com o chão), de preferência guarde-os em cartelas próprias sempre com o bico para baixo. Evite colocá-los em geladeira, pois podem perder umidade, ou lugares muito quente (acima de 34ºC).
3- A temperatura do ambiente prejudica os ovos?
Sim, em lugares muito frio (abaixo de 4ºC) os embriões podem morrer e em lugares muito quente acima de 34ºC o embrião começará a desenvolver-se.
4- Devo botar na chocadeira ovos trincados ou rachados?
Não. Pois a temperatura dentro da chocadeira fará com que os ovos estoure, sujando e infectando os outros ovos.
5- Depois de ligada a chocadeira e ajustada a temperatura como colocar os ovos?
Depois de estabilizada a temperatura da chocadeira vá colocando os ovos deitados em fileira na grelha deixando espaço para que os mesmos possam ser movidos.
6- Com quantos dias depois posso começar a mexer os ovos?
Depois de postos na chocadeira mexer cuidadosamente após 3 dias (ou 72 horas), sempre devagar e no mínimo 3 vezes ao dia.
7- Tem horário rígido para o meximento?
Não, porém lembre-se que são pelo menos 3 vezes ao dia, preferencialmente uma vez pela manhã, uma vez a tarde e outra à noite.
8- Como deve ser o meximento?
Nunca puxe a ponta da grelha que fica na gaveta em movimentos vai e vem. Você deve apenas puxá-la na primeira mexida, empurrá-la na Segunda e puxá-la novamente na próxima e assim por diante até faltar um dia para a data prevista do nascimento (ver tabela de eclosão no manual do usuário).
9- Posso abrir a(s) gaveta(s) para verificar os ovos?
Não recomendamos fazê-lo, pois dependendo das condições ambientais externas (que varia de cidade para cidade) podem haver perdas durante o nascimento. Entretanto aqueles que desejarem arriscar devem fazê-lo à noite, com a chocadeira desligada, após 1/3 do tempo de eclosão da ave (p.ex. galinha » 21x1/3 » 7dias) e com a maior brevidade possível. Os que não estiverem fecundados poderão ainda ser aproveitados em bolos, tortas etc.
10- Como saber se estão fecundados?
Os ovos devem ser examinados com o bico para baixo e sob um feixe lateral de luz. Os ovoscópios de luz monocromática (p. ex. a raios laser) são os melhores para visualizar detalhes do embrião, entretanto qualquer bom ovoscópio pode revelar o contraste que caracteriza a fecundação.
11- Retirados os ovos não fecundados posso colocar outros ovos no espaço daqueles retirados?
Não recomendamos pois geralmente altera as condições de temperatura, umidade e oxigenação naquele momento.
12- Perto do dia do nascimento o que devo fazer?
Na véspera do dia da eclosão evite mexer os ovos, pois os pintos já buscam a posição adequada para eles nascerem. Após o nascimento, deixe-os no mínimo duas horas dentro da chocadeira e no máximo 6 horas (eles podem atrapalhar o nascimento dos demais pintos, apesar de terem reserva nutritiva para até 48 horas sem comida). Aqueles que possuírem uma nascedeira, devem utilizá-la para evitar a infecção da chocadeira com as fezes dos pintinhos.
13- Quanto tempo devo tirar os ovos da chocadeira?
Espere até dois dias após o período de eclosão estabelecido para a ave (ver tabela de eclosão no manual do usuário) para então realizar a limpeza na chocadeira.
14- Após a retirada dos ovos que não nasceram, posso colocar imediatamente novos ovos na chocadeira?
Não recomendamos. A chocadeira deve ser limpa com solução anti-séptica e em seguida permanecer de 8 a 12 horas sob ventilação (com as gavetas retiradas e a porta inferior aberta).
15- Depois de tirados da chocadeira quais os cuidados que devemos ter com os recém nascidos?
Se você não tem o pinteiro (ou criadeira) poderá improvisar um utilizando uma caixa de papelão ou madeira com piso abrasivo (para evitar o aleijamento das aves). Uma fonte de calor (lâmpada de 40W) e um ou mais bebedouro de passarinho são essenciais para evitar altos índices de mortalidade, bem como ração de crescimento de boa qualidade (rica em proteínas). A água do bebedouro tem que ser trocada diariamente pois a higiene nos primeiros dias é muito importante.
16- A alimentação das aves-mães influi na taxa de nascimento em chocadeiras?
Sim. Aves-mães devem ter tratamento diferenciado em termos de ração (rica em proteínas e sais minerais) e suplementos alimentares (vitaminas e aminoácidos)
17- Como a consangüinidade pode afetar as aves recém-nascidas?
Depende da ave. Em codornas o incesto causa nascimento precoce (14 dias) e os pintos não se desenvolvem como seus pais (raquitismo). Em gansos os ovos podem nem sequer nascer. Em galinhas caipiras a consangüinidade é bem tolerada e seus efeitos podem levar anos para serem percebidos.
18- Quanto tempo pode faltar energia elétrica sem prejudicar a chocada?
Durante as primeiras 48 horas no máximo 15 minutos, após esse tempo, é tolerada até quatro horas a partir de então começam as perdas (que depende da ave).
19- Podemos anotar nos ovos a data que eles estão indo para a chocadeira?
Sim, mas somente com carvão vegetal ou lápis grafite. Nunca com tinta ou esmaltes, pois o ovo respira pela casca.
20- Existe uma proporção macho-fêmea ideal para otimizar a fecundação?
Depende da ave. Em codornas é de um macho para quatro fêmeas (1»4), em galinhas de raça aprox. 1» 5, em gansos é de aprox. 1»3 etc.
21- Posso chocar aves de diferentes espécies ao mesmo tempo na mesma chocadeira?
Sim. Desde que haja faixas de temperatura em comum. Por exemplo, em 37,5ºC (99,5ºF) pode-se chocar galinha, angola, codorna e pata. A taxa de nascimento não será máxima para todas as aves porque a temperatura não é a ótima para todas elas e também o período de eclosão por ser diferente altera as condições dentro da chocadeira.
Dicas
  • A estocagem dos ovos não deve ser superior a sete (7) dias.
  • A temperatura para estocagem é de 12,7o C, e a umidade de 75%.
  • Os ovos estocados devem ser girados no mínimo duas vezes por dia.
  • Os ovos devem ser estocados com a ponta para baixo.
  • O transporte dos ovos deve ser feito com bastante cuidado, evitando que não haja impactos, abafamento ou exposição sol.
  • A coleta dos ovos deve ser feita pelo menos duas vezes por dia para evitar que as aves antecipem a incubação.
  • O controle sanitário, a idade e a alimentação das matrizes, devem ser rigorosos. Vermifugar o plantel anualmente,usar água limpa e fresca e ração balanceada, são também imprescindíveis.
  • As regulagens de temperatura e umidade são muito importantes.
  • Para chocadeiras que trabalham com cargas múltiplas, recomendamos o uso do nascedouro (eclodidor), para que não haja contaminação dos ovos durante o nascimento.
  • Em chocadeiras que não dispõe do giro automático, os ovos deverão ser virados, no mínimo, três vezes ao dia.
  • Recomendamos lavar os ovos de ganso, pato e marreco com bombril e água, antes de colocar para chocar
  • Evite ficar abrindo a chocadeira. Só abra quando necessário e no máximo três vezes ao dia.
  • Havendo dúvida quanto a procedência dos ovos, recomendamos que se faça uma ovoscopia antes de colocá-los na chocadeira.