No Brasil o peso médio das carcaças de suínos têm apresentado crescimento constante. Entre os anos 1995 e 2000 esse crescimento foi de 8,07%, indo de 73,1 para 79,0 quilos, estimando-se que continue nos próximos anos, já que em 2002 o peso ultrapassa os 83 quilos.
A melhora na qualidade das rações e do material genético tem viabilizado a manutenção dos animais na granja até alcançar maior peso sem grandes perdas em termos de conversão alimentar, possibilitando a obtenção de melhores resultados econômicos. A conseqüência direta disto é maior oferta de carne com o mesmo número de animais produzidos e mais qualidade na carne ofertada ao consumidor e para o processamento industrial.
Os animais que estão sendo abatidos atualmente tem peso vivo médio ao redor de 110 quilos.
Quadro 8. Peso médio em kg das carcaças de suínos no Brasil.
Anos
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1995
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1996
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1997
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1998
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1999
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2000
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2001(*)
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2002(**)
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Peso | 73,1 | 75,3 | 75,5 | 75,8 | 78,0 | 79,0 | 81,5 | 83,2 |
Fonte: ABIPECS. (*) Estimativa, (**) Dados de Setembro/2002.Opções de produção / comercializaçãoEm função do grau de independência em relação a agroindústria, o produtor de ciclo completo pode se estruturar para a produção de suínos de duas formas:Produtor independenteÉ o produtor que executa todas as fases, ou seja, cria o leitão do nascimento até o abate, não tendo nenhuma espécie de vínculo com agroindústrias. Compra animais reprodutores e insumos (alimentos e produtos veterinários) no mercado sem fornecedor fixo. O valor recebido pelo animal pronto para o abate, dependendo da quantidade de carne na carcaça é acrescido de uma bonificação (cerca de 6 a 12%) sobre o valor pago por quilo de suíno vivo. Em épocas de excesso de oferta de suínos para o abate, este tipo de produtor encontra certas dificuldades em colocar seus animais no mercado e é forçado a reter os suínos por mais tempo na propriedade até conseguir comprador.Produtor integradoNa cadeia do suíno, o produtor historicamente é o elo mais fraco, é o mais desorganizado, o mais descapitalizado e com menor grau de profissionalização. O grande número de pequenas unidades produtoras de suínos, bem como sua dispersão geográfica, dificulta a organização dos produtores, enfraquecendo o poder de negociação no processo de determinação dos preços. Analisando o desempenho da suinocultura a partir de 1995, com base em dados de Santa Catarina, percebe-se que daquele ano em diante a atividade apresentou ciclos de resultados positivos em média a cada dois anos. Todavia, a duração destes ciclos em que o produtor viu o preço pago pelo quilo de suíno vivo remunerar os custos fixos e variáveis de produção e ainda ter alguma "sobra", não passaram de 05 (cinco) meses, (Gráfico 1). Nas médias anuais do período 1995 - 2002, sempre os preços médios recebidos pelos suinocultores foram inferiores as médias do Custo de Produção.
A situação se apresentou um pouco menos critica para os produtores com maior índice de produtividade que conseguiram terminar 22 leitões/porca/ano.
A partir do final do 1º trimestre de 2.002 o preço recebido pelo suinocultor, mesmo para os produtores que conseguem altos níveis de produtividade não está sendo suficiente para cobrir os custos de produção. O estabelecimento de uma política de abastecimento de insumos, principalmente de milho, uma melhora na organização da produção, evitando excesso de oferta, e o crescimento do mercado interno e externo para a carne suína poderão garantir melhor remuneração para o suíno, tornando a atividade menos vulnerável do ponto de vista econômico.
Aquisição de insumos
Em épocas de crise as decisões que o produtor precisa tomar no gerenciamento de sua propriedade, podem significar a sua permanência ou não no mercado. O descarte de matrizes é uma delas. Esta medida deve ser tomada visando principalmente reduzir a demanda de milho, soja e outros insumos. O produtor não pode esquecer que é muito importante, em qualquer época de crise ou não, buscar sempre produzir o maior número possível de leitões por porca/ano. Outra medida importante refere-se a compra de milho. Sugere-se que o produto seja adquirido somente em época de safra, levando-se em conta as condições e capacidade de armazenagem. Historicamente a melhor época vai de fevereiro a maio de cada ano, (Gráfico 2).
Além destas sugestões, o produtor deve analisar também as outras variáveis que compõem o seu custo de produção, buscando sempre otimizar o uso dos seus fatores de produção.
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