Limpeza e Desinfecção
O sistema de manejo "todos dentro, todos fora", possibilita a limpeza e desinfecção completa das salas e a realização do vazio sanitário. Nas fases de cobrição e gestação, normalmente utiliza-se o sistema contínuo, sem realização de vazio sanitário. Por esta razão, para reduzir a contaminação do ambiente, deve-se lavar e desinfetar as baias ou boxes sempre que um lote de fêmeas for retirado.
A limpeza seca, com pá e vassoura na presença dos animais, deve ser feita diariamente de 1 a 3 vezes ao dia, dependendo do tipo de instalação.
- Iniciar a limpeza seca, com pá e vassoura, imediatamente após a retirada dos animais.
- Esvaziar as calhas ou fossas existentes.
- Desmontar e lavar todos os equipamentos da sala.
- Iniciar a limpeza úmida no máximo 3 horas após a saída dos animais.
- Umedecer previamente a instalação com água contendo um detergente para facilitar a remoção de toda a matéria orgânica aderida nas paredes e pisos.
- Fazer a limpeza úmida com lava jato de alta pressão (1000 a 2000 libras).
- Aplicar o desinfetante no dia seguinte ao da lavagem, com a instalação totalmente seca, usando cerca de 400ml da solução/m2 de superfície.
- Observar com cuidado a correta diluição do desinfetante, seguindo sempre a recomendação do fabricante.
- Desinfetar todas as superfícies da sala e todos os equipamentos.
- Nos meses de inverno, usar água pré aquecida a 37°C para diluir o desinfetante.
- Opcionalmente pode ser feita uma segunda desinfeção, usando pulverização ou nebulização, cerca de duas horas antes do alojamento do próximo lote animais.
- No caso de sala de maternidade, fazer essa segunda desinfeção com vassoura de fogo (lança chamas), como medida auxiliar no controle da coccidiose.
- Aguardar vazio sanitário mínimo de 5 dias, deixando nesse período a sala fechada.
- Montar os equipamentos e alojar os animais na sala limpa e desinfetadA
A monitoria sanitária é uma maneira sistemática e organizada de acompanhar no tempo e no espaço a saúde de um rebanho. Pode ser realizada com vários objetivos, como a certificação da granja livre de algumas doenças (GRSC), o diagnóstico e a avaliação de medidas de controle e de programas de vacinação. O Quadro 6 apresenta os tipos de monitorias aplicadas na produção de suínos.
Quadro 6. Tipos de monitorias sanitárias aplicadas em produção de suínos com seus respectivos métodos e suas vantagens e desvantagens.
Tipos de monitoria | Métodos | Vantagens | Desvantagens |
Clínico-patológica | Exame clínico e necropsia | Praticidade | Subjetividade |
Laboratorial | Sorológico, bacteriológico, virológico, parasitológico, histopatológico | Sensibilidade, especificidade, objetividade | Alto custo, demora |
Abatedouro | Anatomopatológico | Baixo custo, avaliação de maior número de animais, avaliação de várias enfermidades em um mesmo momento | Pouco preciso |
Fonte: (Referência n° 38) Soncini e Madureira Júnior (1998). Monitorias clínicasÉ importante que sejam realizadas pelo mesmo avaliador para diminuir risco de erro. Tais monitorias podem ser feitas a cada 15 dias ou uma vez por mês dependendo do objetivo e do tamanho do rebanho.
b)- aguardar por um minuto; c)- realizar a contagem de tosse e espirro simultaneamente; d)- movimentar os animais; e)- contar novamente; f)- movimentar os animais; g)- contar novamente. Média das três contagens / Número de animais no lote x 100 Freqüência de espirro menor que 10% indica pouco problema de rinite atrófica e freqüência de tosse menor que 2% indica pouco problema de pneumonias. Número de leitões com onfalite / Número de leitões examinados x 100 A freqüência de leitões com esse tipo de alteração não deve ser superior a 10%.
Monitorias laboratoriais
A monitoria de doenças usando recursos laboratoriais como testes sorológicos, microbiológicos, parasitológicos e histopatológicos possibilita o acompanhamento mais preciso da saúde do rebanho. Existe uma variedade de testes disponíveis no mercado para atender as diferentes doenças. A decisão de qual teste usar e para qual doença, deve ser tomada pelo veterinário responsável pela granja. O acompanhamento clínico do rebanho, uso de vacinações e/ou medicações devem ser considerados na interpretação dos resultados.
Os testes podem ser diretos como a identificação e caracterização do agente, muito úteis no diagnóstico e acompanhamento do rebanho, ou indiretos. Entre os indiretos, os mais comuns são os testes sorológicos que medem a presença de anticorpos contra determinado agente e são utilizados no auxílio ao diagnóstico, na avaliação de efeito da vacinação e no acompanhamento de duração de anticorpos maternos. A prova da tuberculina pareada, é um teste indireto imuno-alérgico utilizado para classificar o rebanho quanto a infecção por microbactérias.
Monitorias no abatedouro
A forma vertical da organização dos sistemas de produção de suínos, prevalente na região sul do Brasil, facilita a visita aos abatedouros para acompanhamento do abate de lotes de interesse. Desta forma pode-se estabelecer um programa de monitoria de doenças através da determinação da prevalência e gravidade de lesões observadas ao abate. Embora as lesões observadas no abate dizem respeito a infecções crônicas e sua evolução depende das condições sob as quais os animais foram submetidos, continua sendo uma prática muito útil pelo seu baixo custo e praticidade, mas necessita de pessoa treinada para executa-la
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