28 de out. de 2019

SISTEMAS DE PRODUÇÃO DE ANIMAIS SILVESTRES



SISTEMAS DE PRODUÇÃO 

Oliveira (2008) relata que existem no país três sistemas básicos de produção. O primeiro deles é o sistema de pequeno porte ou sistema de subsistência, pois o criador utiliza a carne produzida para o próprio consumo e eventualmente para a venda de alguns quilos de produto. Nessa categoria, estão aproximadamente 90% dos criadores. O segundo deles é o intermediário, no qual o criador em geral, tem em seu criatório cerca de 40 a 60 matrizes. Nessa categoria estão criadores que abatem animais duas ou três vezes ao ano, já atendendo alguns clientes com certa freqüência. Nesse caso, pode-se considerar a atividade como comercial, havendo uma visão empresarial do criatório, porém considerando que ainda se encontra em fase intermediária de estabelecimento. A terceira e última categoria dos sistemas de criação é o de grande porte, que podemos chamar de empreendimento. Nesse porte de negócio o criador já pensa no mercado atacadista e mesmo na possibilidade de exportação. A atividade pode até não ser a principal da fazenda, mas deve estar entre as principais e o criador tem em mente a necessidade de ganho em escala. 
O ideal é que todo criador comece na primeira categoria, permanecendo nela por no máximo dois anos para adquirir experiência em cima de um plantel pequeno e minimizando possíveis prejuízos. Entretanto é indispensável que o criador tenha capital para investir e passar para a segunda categoria, a intermediária, fugindo do sistema de subsistência e depois evoluir até o porte de criatórios da terceira categoria. Permanecer na primeira categoria por mais de dois anos é problemático para a cadeia produtiva e para o mercado, pois não existe economia de escala, a produção não viabiliza o frete e faz com que ocorra um aumento dos custos comerciais, tanto para quem vende e para quem compra. 
No transporte, no abate e até na embalagem de pouca mercadoria, o custo será muito alto, então a pequena propriedade poderá chegar a um nível de comercialização onde não há produto suficiente para vender e tornar viáveis todas as fases comerciais (ROCHA, 2001). 

Figura 1: Pesagem de capivara (Hidrochoerus hidrochoeris)

Para quem pretende entrar no negócio de criação de animais silvestres deve começar como pequeno criador, para ganhar mais experiência, entretanto permanecer por mais de dois anos é mau negócio, além disso, outro ponto a considerar é a legislação, seja referente ao meio ambiente, à vigilância sanitária ou à tributação. Antes de iniciar o projeto do criatório, o futuro criador deve se informar, nos órgãos governamentais afins, sobre os possíveis problemas legais e tributários que poderá enfrentar. O sistema de produção de animais silvestres possui barreiras bem evidentes, uma delas é a barreira legal. Para comercializar animais silvestres é necessário o registro no IBAMA (KINLAW, 1997). 





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