Foi um dos mais notáveis reprodutores da raça Campolina em todos os tempos. Produziu 45 Campeões Nacionais e 16 Reservado Campeões Nacionais, entre potros, potras, éguas e garanhões. Nasceu na Fazenda Palestina, município de Entre Rios de Minas. Foi vendido para o proprietário da Fazenda Serra do Paraiso, criatório sufixo "Angelim", em Potyragua, Bahia, onde foi o responsável pela notoriedade alcançada por aquele criatório. De lá, foi transferido para o Estado do Rio de Janeiro, por volta dos 16 anos de idade, pela quantia de Um milhão de dólares, na época o maior negócio já realizado na América do Sul envolvendo um garanhão. Foi comprado por um grupo de criadores cariocas, que constituíram um condomínio.
Gas Dengoso, conhecido no Brasil apenas como Dengo, reinava em uma fazenda montada só para ele e seu vasto harém. Diariamente chegava alguma égua para ser servida. A sua herança proliferava. Mas o destino foi cruel para este garanhão fora de série. Uma úlcera fulminante terminou com seu reinado antes de completar um ano de permanência no Rio de Janeiro. Mas sua herança continua viva em centenas de filhos, filhas, netos, netas ....
A vida dos garanhões corre sérios perigos com os distúrbios intestinais, provocados, principalmente, pela ingestão de quantidades excessivas de ração concentrada, de capim picado fermentado, muito fibroso ou mal triturado. Em um livro publicados pelo Zootecnista Lúcio Sérgio de Andrade e o criador de campolinas José Eugênio Câmara Filho - Pesquisa Histórica e de longevidade de garanhões notáveis da raça Campolina -, foi constatado que quase 50% das mortes prematuras dos animais foi devido às cólicas intestinais.
- Nesta mesma obra é relatada a morte de um reprodutor que fez história na raça Campolina, o Xerife de Passa Tempo. Nascido na Fazenda Campo Grande, sudoeste mineiro, Xerife foi transferido ainda jovem para outra fazenda no norte de Minas, onde vivia com muita saúde, apesar de dois casos de cólicas renais após viagens de caminhão para deslocamento até outras propriedades com a finalidade de servir éguas.
Aos 23 anos de idade, em 1982, Xerife foi homenageado na Semana Nacionaldo Cavalo Campolina, em Belo Horizonte. Naquela mostra,estiveram presentes no Parque "Bolivar de Andrade" (criador do Xerife de Passa Tempo) 250 descendentes diretos, entre filhos(as) , netos (as) e bisnetos (as). Era impressionante o fato de um garanhão nascido há duas décadas atrás ainda se apresentar atual, e com uma virtude extra, uma marcha batida clássica de fazer inveja aos campeões nacionais de marcha daqueles tempos. Antes de retornar para o norte de Minas, Xerife fez uma escala para descanso e recuperação do estresse na Fazenda Campo Grande. Mas com 15 dias, sobreveio uma forte cólica renal.
O competente e renomado Médico Veterinário Prof. Biondini, passou dois dias e noites cuidando do Xerife, mas não houve solução. Lá se foi o "Xerife da raça Campolina"...Um outro reprodutor notável da linhagem "Passa Tempo" na raça Campolina foi o Expoente de Passa Tempo, o nome fala por este garanhão. Era mesmo fora de série. Além da sua trajetória vitoriosa nas pistas, tendo conquistado todos os títulos nacionais possíveis já aos 4 anos de idade, Expoente também fez história como reprodutor, tendo deixado inumeros campeões nacionais.Mas dois fatos chamam a atenção na vida deste garanhão. Um, o de não ter produzido fêmeas tão boas quanto os machos.
O segundo, por ter gerado algunas cavalos que se tornaram famosos pelo mal comportamento, sendo que um deles, o Quinau de Passa Tempo, encerrou um julgamento em Goiânia/1979, ao morder as costas de seu apresentador e tomar o cabresto, provocando uma badérnia jamais vista em uma pista de julgamento. Ocorre que havia uma tropa de cavalos de rodeio e bois no centro da pista, aguardando o momento do Rodeio. Quinau pulou para dentro daquela pista e foi cavalo e boi para todo lado,acabando com todos os julgamentos que aconteciam simultaneamente ao da raça Campolina. Expoente era um cavalo de uma docilidade a toda prova.
Mas o mesmo não poderia ser dito para seu pai, o Miraí Rififi. Este sim,era um leão, somente o seu tratador entrava na baia. É a genética do temperamento, que foi buscar no avô, os genes indesejáveis.Assim como o temperamento, muitos outros aspectos da criação de equinos são fortemente marcados pela genética, que é uma ciência fria, calculista, muitas vezes ignorada ou mal avaliada por aqueles que se consideram selecionadores.
Rio Verde não foi cria da Fazenda Campo Grande, linhagem "Passa Tempo", onde chegou ainda potro, no ano de 1928, recebido pelo Cel. Gabriel Andrade de presente, dado pelo amigo José Octavio Carneiro, na época, destacado criador no sul de Minas, em Conceição do Rio Verde. Por um descuido, Rio Verde foi vendido antes de ter sido testado na reprodução. Como Rio Verde era a melhor montaria da fazenda, o Cel. Gabriel gostava de oferecê-lo para as visitas montarem. Porém, cavalo árdego e muito sensível, Rio Verde não aceitava comandos inexperientes. Após a queda de um amigo, o Cel. Gabriel se aborreceu e resolveu vender Rio Verde. Quando sua primeira e única prole nasceu, foi um espanto geral. Bolivar de Andrade (filho caçula do Cel. Gabriel) de imediato disse: "Reprodutor igual ao Rio Verde, somente outro Rio Verde". Durante alguns anos a familia e amigos procuraram sem sucesso pelo paradeiro do Rio Verde. Quando esperanças já não existiam, um telefonema de um amigo trouxe notícias animadoras. Um cavalo castanho escuro, preenchendo a descrição do Rio Verde, foi visto no extremo nordeste do Estado, divisa com a Bahia, nas mãos de um cigano, servindo, até mesmo, como animal de carroça. Bolivar enviou um amigo para conferir, levando um cheque assinado em branco. Era mesmo o Rio Verde. Após nove anos, finalmente tinha sido encontrado. Havia sido vendido por 2 contos e oitocentos mil réis. Foi readquirido por 3 contos de réis. Assim, Rio Verde retornou, para desempenhar a mais nobre das funções: estruturar definitivamente a base genética da tradicional linhagem Passa Tempo e consolidar a trajetória gloriosa dos exemplares "marca F". Rio Verde morreu aos 31 anos de idade, deixando cinco éguas prenhes. Morreu de parada cardíaca, logo após servir uma das éguas. Por iniciativa futura e oportuna de Márcio Andrade (sucessor de Bolivar de Andrade) um monumento do Rio Verde foi erguido em frente à casa sede da Fazenda Campo Grande, com todas as medidas lineares, em cuja placa encontram-se gravadas as seguintes palavras: "Entre todos o mais inteligente; montado, o melhor; como reprodutor, incomparável" Nasceu em 1926 e morreu em 1957.
Rio Verde não foi cria da Fazenda Campo Grande, linhagem "Passa Tempo", onde chegou ainda potro, no ano de 1928, recebido pelo Cel. Gabriel Andrade de presente, dado pelo amigo José Octavio Carneiro, na época, destacado criador no sul de Minas, em Conceição do Rio Verde. Por um descuido, Rio Verde foi vendido antes de ter sido testado na reprodução. Como Rio Verde era a melhor montaria da fazenda, o Cel. Gabriel gostava de oferecê-lo para as visitas montarem. Porém, cavalo árdego e muito sensível, Rio Verde não aceitava comandos inexperientes. Após a queda de um amigo, o Cel. Gabriel se aborreceu e resolveu vender Rio Verde. Quando sua primeira e única prole nasceu, foi um espanto geral. Bolivar de Andrade (filho caçula do Cel. Gabriel) de imediato disse: "Reprodutor igual ao Rio Verde, somente outro Rio Verde". Durante alguns anos a familia e amigos procuraram sem sucesso pelo paradeiro do Rio Verde. Quando esperanças já não existiam, um telefonema de um amigo trouxe notícias animadoras. Um cavalo castanho escuro, preenchendo a descrição do Rio Verde, foi visto no extremo nordeste do Estado, divisa com a Bahia, nas mãos de um cigano, servindo, até mesmo, como animal de carroça. Bolivar enviou um amigo para conferir, levando um cheque assinado em branco. Era mesmo o Rio Verde. Após nove anos, finalmente tinha sido encontrado. Havia sido vendido por 2 contos e oitocentos mil réis. Foi readquirido por 3 contos de réis. Assim, Rio Verde retornou, para desempenhar a mais nobre das funções: estruturar definitivamente a base genética da tradicional linhagem Passa Tempo e consolidar a trajetória gloriosa dos exemplares "marca F". Rio Verde morreu aos 31 anos de idade, deixando cinco éguas prenhes. Morreu de parada cardíaca, logo após servir uma das éguas. Por iniciativa futura e oportuna de Márcio Andrade (sucessor de Bolivar de Andrade) um monumento do Rio Verde foi erguido em frente à casa sede da Fazenda Campo Grande, com todas as medidas lineares, em cuja placa encontram-se gravadas as seguintes palavras: "Entre todos o mais inteligente; montado, o melhor; como reprodutor, incomparável" Nasceu em 1926 e morreu em 1957.
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