A criação de búfalos no Brasil adquiriu grande dimensão em razão da adaptação dos animais às várias regiões e ao desempenho na produção de carne e leite,
além da importância como animais de trabalho. Há rebanhos de grande valor zootécnico
em todas as regiões do País, e os seus produtos já são diferenciados pela qualidade.
Este livro, editado na coleção 500 Perguntas, 500 Respostas – O produtor
pergunta, a Embrapa responde, atende à demanda de uma atividade em ascensão,
visando às necessidades mais básicas dos criadores e técnicos envolvidos com a
criação de búfalos, seguindo a trilha do êxito já obtido com outras espécies animais
e agrícolas. Justifica-se a sua edição dadas as particularidades relacionadas com a
espécie bubalina, que vão desde os hábitos e alimentação até as peculiaridades no
comportamento reprodutivo.
A sua elaboração partiu de perguntas formuladas por criadores e técnicos de
todo o País, contatados individualmente ou por meio das associações de criadores
dos estados que responderam nossas consultas. Participaram como revisores alguns
dos mais renomados criadores e técnicos que, também, nos atenderam com a humildade
dos que sabem quase tudo. Sem alarde ou estrelismo. Foi assim que Wanderley
Bernardes, um dos expoentes máximos da bubalinocultura mundial, até poucos dias
antes do seu desencarne, revisou pela segunda vez este livro, enriquecendo-o com
suas observações práticas e acuidade de quem viveu toda uma vida junto aos búfalos.
Durante décadas ele fez de Sarapuí, da sua Paineira da Ingaí, o ponto de convergência
da criação de búfalos no Brasil. Do mesmo modo que, da imensidão dos seus
conhecimentos, lúcido e sábio, o zootecnista e professor Abnor Gurgel Gondim, no
aconchego da sua Fortaleza, CE, precisou de apenas poucos dias para devorar todas
estas páginas, enriquecendo-as com suas sugestões e conhecimentos.
Assim, este livro foi elaborado! Apenas organizamos o trabalho de pessoas
sábias em búfalos pelo tempo e vivência; outras no auge do querer saber e já aprendendo
cada vez mais. Basta ver a relação dos revisores e dos autores. Muitos bastante
conhecidos e outros, se não o são, já sabem muito, pois são “doidos” por búfalos.
Mesmo assim, sentimos falta daqueles que poderiam estar aqui, também, e, por
motivos diversos, não puderam nos atender, participando desta empreitada. Por esses
motivos e pelas diversas aptidões da bubalinocultura, além da dimensão do nosso
país, o assunto não foi esgotado e está longe de ser.
Os conhecimentos foram sintetizados em dez capítulos, envolvendo grandes
áreas ligadas à criação dos animais domésticos, procurando condensar as informa-
ções mais básicas, para que criadores, técnicos e estudantes tenham um ponto de
partida para resolver os seus problemas mais prementes.
Procurou-se, sempre que possível, uma linguagem fácil, sem rebuscos cientí-
ficos para que seja acessível a todos, com o objetivo de colaborar na eficácia do
gerenciamento da propriedade e manejo adequado dos animais, visando o aumento
da produtividade da atividade bubalina no País.
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